quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sector do ensino continua em greve



Bissau – Os professores de diferentes níveis de ensino da Guiné-Bissau continuam a aderir às greves decretadas pelos sindicatos do sector.

Entre os pontos que constatam no caderno reivindicativo dos sindicatos, nomeadamente Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) e Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), estão o não pagamento de salários de alguns meses em atrasos aos professores chamados novos ingressos, professores contratados e professores reintegrados.

O não pagamento dos salários diz respeito ao ano de 2008, um assunto que foi alvo de um memorando de entendimento em que os sindicatos acusam o Governo de Carlos Gomes Júnior de não respeitar. Outras exigências dos sindicatos ao Governo, prendem-se com o pagamento dos meses de Setembro e Novembro aos professores afectos aos maiores liceus do país, com sedes em Bissau.

Sobre os primeiros três dias destas greves, o Presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Luís Nancassa, considerou positiva a adesão dos seus associados às paralisações, que afectaram as escolas públicas, com excepção das escolas que funcionam sob o regime particular.

Luís Nancassa acusou, por outro lado, a direcção do Liceu Regional Fona Luís Tchuda, em Gabú, no leste da Guiné-Bissau, de intimidar os professores, razão pela qual estes não aderiram a greve. A acusação já foi desmentida pelo director da escola, Adulai Bobo Sissé.

Sobre a greve que sacode o sector do ensino desde início desta semana, o Governo ainda não se pronunciou. Esta é uma paralisação que, ao que tudo indica vai durar, tendo em conta que os dois sindicatos, SINAPROF e SINDEPROF emitiram um novo pré-aviso de greve de três dias, com início previsto para o dia 2 de Março.

Sumba Nansil

(c) PNN Portuguese News Network

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