quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sociedade civil apela a uma resolução pacífica e legal

Bissau - A Sociedade civil guineense reagiu ao caso político e diplomático do ex-Chefe de Estado-maior da Armada, Bubo Na Tchuto, pedindo uma resolução pacífica e legal.
No comunicado emitido esta terça-feira, o Movimento Nacional da Sociedade Civil apela às «partes envolvidas» (autoridades guineenses e a representação das Nações Unidas na Guiné-Bissau) a resolução pacífica e legal do caso, assim como uma «maior contenção no sentido de preservar o clima de tranquilidade e paz que se vive no país».

«Não obstante as crises institucionais registadas no ano passado, associadas aos assassinatos de altas figuras públicas, cujos responsáveis estão ainda por encarar a justiça, seria escusado referir que nos últimos tempos, tem-se observado uma espécie de melhoria substancial em termos de governabilidade, funcionamento das instituições públicas, atenuação da crise social, concertação e homogeneidade aparente nas Forcas Armadas, bem como ressurgimento do sector privado», refere a organização. O Movimento Nacional da Sociedade Civil acredita que estes cenários «positivos» representam, e são fruto, de uma estabilidade, embora precária, mas conducente a uma paz duradoura e sustentável, mas que podem ser comprometidos se o caso Bubo Na Tchuto for mal gerido.

O Movimento Nacional da Sociedade Civil guineense, que agrupa centenas de organizações não governamentais, concluiu que o caso contempla na sua abordagem material, efeitos jurídicos e políticos, aos quais o equilíbrio de interesses deve constituir o pilar central para a resolução das negociações.

De referir que, ainda esta terça-feira, o Representante do Secretário-geral da ONU, em Bissau, Joseph Mutaboba, esteve reunido com o chefe do Governo, Carlos Gomes Júnior, para debater a situação, tendo sido recebido mais tarde pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanhá.

Lassana Cassamá
(c) PNN Portuguese News Network

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