Cinco municípios portugueses juntam-se para ajudar quatro regiões guineenses a "crescer" na educação. Formação intensiva de professores faz parte do projecto que já arrancou. |
Djunta mon significa, em guineense, juntar as mãos. Mas é mais do que isso. É um conceito de entreajuda usada pela sociedade guineense, com a intervenção comunitária na sua origem. A expressão é utilizada no nome de um projecto de cooperação na área educativa que está a ser desenvolvido na Guiné-Bissau, desde Setembro do ano passado, pela Fundação Evangelização e Culturas (FEC). Djunta Mon - Ensino de Qualidade em Português reúne cinco municípios - Santa Maria da Feira, Santa Maria de Vagos, Santarém, Portimão e Faro - que partilham os mesmos objectivos. Contribuir para a afirmação da língua portuguesa no interior do país africano é o principal propósito. A formação intensiva de professores do Ensino Básico nas áreas do Português, Matemática e ciências integradas é uma das componentes do projecto educativo. Os directores e responsáveis por escolas de autogestão e privadas estão também preparados para aprender questões sobre gestão e administração. O processo inclui ainda o apetrechamento dos espaços escolares com baús e armários pedagógicos, mesas e bancos. Djunta Mon destina-se a docentes, directores e subdirectores do Ensino Básico elementar, dirigentes comunitários e escolares, futuros formadores de escolas com raízes comunitárias, inspectores estatais, técnicos de rádio e associações de jovens. Melhorar a qualidade do ensino e aumentar a frequência da língua portuguesa no dia-a-dia da Guiné, não esquecendo que a escola e a rádio são os veículos de difusão do Português, são duas estratégias do processo que abrange as regiões de Bafatá, Cacheu, Tombali e Quínara. O projecto surge na sequência de um outro programa piloto, o Mais Escola, também da FEC, que durou dois anos e terminou em Agosto de 2009. "O Djunta Mon é uma espécie de prolongamento e, neste momento, temos uma equipa de dez pessoas que executa o projecto", adianta João Amado, da FEC. "Damos formação aos professores, não aos alunos, porque o objectivo é melhorar o ensino na Guiné-Bissau e não fazer o ensino", acrescenta. O projecto envolve 164 estabelecimentos de ensino, 255 professores e 168 directores e responsáveis por escolas na Guiné, ao longo dos próximos três anos lectivos. "O objectivo é chegar, poder capacitar e depois confirmar a sustentabilidade para, eventualmente, partir para réplicas", reforça João Amado. A FEC tem um orçamento específico para a compra do material escolar que chegará às escolas da Guiné. Mesmo assim, a realização de uma minicampanha de angariação de objectos é uma possibilidade que está a ser analisada. O projecto representa um investimento de mais de um milhão de euros. Os cinco municípios envolvidos, que têm laços de geminação com cidades do Sul e do Leste da Guiné-Bissau, comparticipam com um total de 60 mil euros, 5% do valor global, durante três anos. Além das autarquias, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, as dioceses de Bissau e Bafatá, o Ministério da Educação da Guiné-Bissau e a Caritas de Bissau, entre outras entidades, são parceiros e financiam o Djunta Mon. A Fundação Evangelização e Culturas coordena os passos. |
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Dar as mãos por escolas da Guiné
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