sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Encontro sobre branqueamento de capitais na África Ocidental

Bissau – Representantes de países da África Ocidental discutem, em Bissau, as formas de branqueamento de capitais e o tráfico de droga no espaço da CEDEAO.
É um encontro de dois dias que juntou representantes de todos os Estados membros do Grupo Intergovernamental de Acção Contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental (GIABA). O organismo tem o objectivo, entre outros, de elaborar tipologias para determinar as tendências, os métodos e os intermédios do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

Segundo o seu relatório, publicado há dois anos, os fluxos de branqueamento de capitais estimam-se em mais de triliões de dólares, branqueados anualmente por criminosos, como traficantes de droga, de armas e pessoas.

O estudo refere ainda que nos últimos anos, registaram-se rápidas mudanças na indústria dos serviços financeiros e expectativas e pressões reguladoras crescentes. No mesmo capítulo, nota que o combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo continua a ser um grande problema, principalmente para o sector bancário, como guardião do sistema financeiro.

O GIABA destaca o sector imobiliário como o mais atraente para as figuras ligadas ao crime organizado. É que o estudo feito pela organização revela que o branqueamento de capital através do imobiliário poder ser facilmente dissimulado como se tratasse de transacções comerciais genuínas entre o grande número de transacções realizadas na região oeste africana.

A conferência que decorre, em Bissau (a segunda), vai permitir que todos os países membros do GIABA, através dos seus representantes, apresentem os trabalhos realizados e as perspectivas sobre o combate ao tráfico de droga e branqueamento de capitais nos seus respectivos países.

Teresa Veiga, correspondente do grupo em Bissau, contou que, sem dúvida, o tráfico de droga é um grande problema para um país como a Guiné-Bissau, daí a necessidade de concertação permanente entre os países membros da CEDEAO no combate a estes flagelos.

Lassana Cassamá
(c) PNN Portuguese News Network

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