quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Inauguração de museu assinala dia dos Heróis Nacionais

Bissau - A inauguração de um museu sobre a luta pela independência da Guiné-Bissau é o momento alto das comemorações do dia dos Heróis Nacionais, a celebrar hoje em Guiledje, no sul do país, noticia a LUSA.

Na inauguração do Museu Histórico construído naquela localidade próxima da Guiné-Conakry vão participar o Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, bem como outras autoridades do país e corpo
diplomático.

Uma nota distribuída à imprensa pela organização dinamizadora da ideia da transformação do antigo quartel da tropa colonial em museu de Guiledje, refere que o espaço pretende "perpetuar a história da luta pela independência da Guiné-Bissau (...) assim como a presença dos militares portugueses que construíram o quartel e nele viveram cerca de 10 anos".


O museu permitirá aos visitantes o acesso a documentos fotográficos, mapas, textos escritos, vídeos e cartas pessoais dos protagonistas guineenses, cabo-verdianos, cubanos e portugueses, onde testemunham a sua vida durante a guerra colonial.

As armas, a logística e os aspectos ligados à religião católica e muçulmana dos protagonistas da guerra colonial à volta de Guiledje serão ainda outros dos acervos que poderão ser consultados no museu.

O espaço também será orientado para servir de pólo de desenvolvimento social de Guiledje e arredores, dando maior ênfase aos aspectos ligados a conservação do meio ambiente.

O museu servirá igualmente como centro de aprendizagem de ofícios da juventude da região e ainda pólo de turismo histórico a partir do qual os ex-militares que combateram na zona poderão aceder aos antigos quartéis de Cacine, Dadamael, Iemberem, Cadique, Cabedu e Bedanda.

O quartel de Guiledje foi construído pela tropa colonial portuguesa em 1964, na actual região de Tombali, a uma dezena de quilómetros da fronteira entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conakry.

Devido à sua importância e posição estratégica, a queda a favor dos independentistas do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) alterou o curso da guerra colonial a favor do movimento de libertação da Guiné-Bissau.

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