quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

China vai recuperar Palácio da República danificado na guerra civil

Bissau, 23 Dez (Lusa) - A China vai enviar a Bissau técnicos com a missão de estudar as necessidades para a recuperação do Palácio da República, danificado na guerra civil de 1998/99, informou hoje o embaixador chinês na Guiné-Bissau, Yan Bangua.

O diplomata chinês fez este anúncio na assinatura de um acordo de financiamento de Pequim à Guiné-Bissau no valor de oito milhões de dólares que serão utilizados para a construção de residências para médicos chineses e guineenses do futuro hospital militar em construção, em Bissau.

A data do arranque das obras da recuperação do imponente palácio presidencial, situado no coração de Bissau, ainda não está determinada. Pequim aguarda apenas o pedido para a vinda dos técnicos chineses que virão fazer o levantamento das necessidades, informou à Lusa fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

“Depende apenas das nossas autoridades, da parte da China as verbas já estão mobilizadas”, para a recuperação do Palácio, antiga residência do governador colonial português, afirmou ainda a fonte do MNE guineense.

O Palácio da República deixou de ser utilizado desde o dia 07 de Maio de 1999 quando foi danificado ao ser atingido pelos bombardeamentos de uma Junta Militar que se revoltou contra o então Presidente guineense, João Bernardo ‘Nino’ Vieira, entretanto, assassinado no dia 02 de Março de 2009.

Desde o dia 07 de Maio de 1999, os chefes de Estado da Guiné-Bissau usaram as próprias residências para viver, uma vez que o Palácio Presidencial ficou em ruínas, transformando-se em poiso de morcegos e objecto de curiosidade de turistas.

Além de promessa de recuperação do Palácio, a China disponibilizou a favor da Guiné-Bissau um apoio para a construção de residências para 18 médicos guineenses e chineses que irão trabalhar no futuro hospital militar, em construção pela cooperação chinesa, nos arredores de Bissau.

Em meados de 2010 está prevista a inauguração do hospital militar.

“É mais um gesto de amizade e de solidariedade da China para com a Guiné-Bissau. Nós já estamos habituados a esses gestos da China para com a Guiné-Bissau.

São tantas as realizações, tantos os apoios que a China tem dado à Guiné-Bissau, mas nunca é demais dizer que a China é uma das primeiras parceiras de desenvolvimento do nosso país”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Adelino Mano Quetá sublinhou que “saberá manter sempre presente” as ajudas da China apoiando as propostas daquele país nos fóruns internacionais.

“A Guiné-Bissau não é um país ingrato, porque tem sempre presente os apoios dos amigos. A China ocupa um lugar principal na nossa politica externa, o que se tem baseado no apoio constante que a Guiné-Bissau tem dado e continuará a dar nas instâncias internacionais, Nações Unidas, UNESCO, e onde seja necessário patenteá-lo, a causa chinesa”, defendeu o chefe da diplomacia guineense.

MB.

Lusa/Fim


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