A equipa portuguesa, “caso venha a ser necessária”, será instalada no Hospital Militar de Bissau
A Saúde em Português disponibilizou 16 profissionais para a missão que Portugal poderá enviar à Guiné-Bissau, para combater o Ébola, informou hoje a organização humanitária, indicando que o programa de formação e treino decorrerá em novembro.
O presidente da associação, Hernâni Pombas Caniço, disse à agência Lusa que a Saúde em Português “respondeu afirmativamente ao convite” da Direção-Geral da Saúde (DGS) de Portugal e colocou à sua disposição uma equipa constituída por 10 médicos, três enfermeiros e três logísticos.
No entanto, a missão que Portugal está a preparar, “para apoiar na prevenção e combate ao vírus do Ébola” na Guiné-Bissau, só avançará “se for pedida por este país”, membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adiantou.
Confirmando informações da DGS, Hernâni Caniço disse que essa decisão poderá verificar-se após 30 de novembro, data em que o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, visita Portugal, acompanhado da ministra da Saúde do seu país.
A equipa portuguesa, “caso venha a ser necessária”, será instalada no Hospital Militar de Bissau, integrando profissionais indicados pela Saúde em Português, referiu o médico, frisando que a participação “na deteção e controlo da epidemia junto à sua origem” contribuirá “para reduzir o risco” para Portugal.
“Saúde em Português, ao colaborar na prevenção e combate ao vírus Ébola e à epidemia, está consciente da responsabilidade profissional que assume, da confiança que entidades e população depositam na sua qualificação prévia e do risco que representa a realização da missão”, segundo Hernâni Caniço.
Fundada há 21 anos, em Coimbra, a organização tem o estatuto de observador consultivo da CPLP e “vai combater o Ébola por razões humanitárias inerentes ao seu perfil de competência técnica em saúde”, incluindo “a proteção dos países lusófonos e sua comunidade”.
Em agosto, a Saúde em Português já se tinha disponibilizado “para intervenção em território de catástrofe”, atingido pela epidemia do Ébola (Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria e Nigéria), ao governo da Nigéria, aos Médicos Sem Fronteiras, ao Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal) e às Nações Unidas.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
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