O diretor-geral dos Correios da Guiné-Bissau (CGB) garantiu hoje que a empresa voltará a funcionar "a 100 por cento" com a retoma dos voos diretos da TAP entre Lisboa e Bissau, a partir do dia 28.
A companhia aérea portuguesa é a única a ligar diretamente a Guiné-Bissau e a Europa e é a graças a ela que os Correios da Guiné-Bissau enviam e recebem toda a correspondência internacional.
"Desde que a TAP deixou de voar para Bissau, [em dezembro de 2013] ficámos bloqueados", referiu Lino Leal da Silva.
Tanto as encomendas expedidas como recebidas "ficam retidas durante dias", observou Leal da Silva, que falava numa conferência de imprensa para assinalar o 140.º aniversário da União Postal Universal (UPU), da qual a Guiné-Bissau faz parte.
Atualmente, o correio é enviado após reunidas receitas de caixa suficientes para pagar às companhias Air Senegal ou Royal Air Maroc (que também servem Bissau), sem garantia sobre prazos de entrega.
Trata-se de uma situação "muito difícil", referiu Leal da Silva, uma vez que a TAP é a única companhia que tem um acordo de troca de serviços com os CGB.
O problema é que há dias em que o balcão dos correios nem 2000 francos CFA (três euros) consegue arrecadar porque já são poucas as pessoas que procuram os seus serviços.
Além da fraca produtividade, Lino Leal lamentou também o facto de haver mais de 60 meses de salários intercalados em atraso na empresa pública.
O diretor diz ser preciso retomar a atividade "em força" e ainda proceder ao saneamento dos CGB que, afirmou, não pode continuar com mais de 100 funcionários.
Sem comentários:
Enviar um comentário