Bissau - O porta-voz militar do primeiro-ministro do Governo de Alassane Ouatarra, da Costa do Marfim, Guillaume Soro, declarou na semana passada, a uma cadeia de televisão próxima de Ouattara, que algumas figuras próximas do Presidente Laurent Gbagbo, teriam passaportes diplomáticos da Guiné-Bissau.
O assunto foi igualmente noticiado durante o mês de Fevereiro pelo jornal Le Patriote, do partido de Ouatarra, que avançou mesmo com o número de 85 passaportes guineenses atribuídos às eminentes personalidades próximas de Laurent Gbagbo.
O grupo que reclama o resultado das eleições na Costa do Marfim desde finais de Novembro 2010, não avançou a forma como estes documentos de identificação da Guiné-Bissau teriam ido parar às mãos dos indivíduos em causa. A notícia já mereceu uma reacção por parte do Governo guineense, através da voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que se mostrou surpreendido com esta situação.
Falando em exclusivo à PNN, Fernando Augusto Dias, Secretário de Estado de Estado das Comunidades, disse que já teve acesso a esta informação, tendo adiantado que estão em curso averiguações com vista a apurar até que ponto é que estas informações correspondem à verdade.
«Não vejo quais são os motivos para a circulação dos nossos passaportes diplomáticos neste país, estamos a aguardar mais informações através do Ministério do Interior para nos podermos posicionar melhor», disse Fernando Dias.
Por outro lado, o governante reconheceu que actualmente circulam três modelos de passaporte na Guiné-Bissau, uma situação que o Executivo prometeu ultrapassar assim que entrar em vigor passaporte modelo da CEDEAO, ainda no decorrer do ano em curso. Esta realidade foi justificada pelo Secretário de Estado das Comunidades por aquilo que considerou as várias situações de governação que o país conheceu nos últimos anos.
Em relação à situação da falta de passaportes junto das representações diplomáticas da Guiné-Bissau no estrangeiro, Fernando Dias informou que neste momento já foram disponibilizados em Portugal, França e no Senegal.
Neste sentido, este responsável apelou à comunidade guineenses no estrangeiro que tivesse calma relativamente à questão da falta de passaportes guineenses que foi registada nos últimos tempos em Portugal, Espanha, França, Senegal e Bélgica.
A a comunidade guineense deve procurar passaportes nas embaixadas da Guiné-Bissau em Portugal para serem feitos os documentos. Refira-se que na semana passada, as associações das comunidades guineenses nos países mencionados, tinham prometido uma manifestação aquando da visita do primeiro-ministro a Bruxelas.
Sumba Nansil
Sem comentários:
Enviar um comentário