Bissau - Cerca de uma centena de pessoas, entre familiares e amigos do ex-Presidente da Guiné-Bissau, 'Nino' Vieira, assistiram hoje (quarta-feira) a uma cerimónia religiosa no cemitério de Bissau que assinalou o segundo aniversário do seu assassínio.
Na cerimónia, que não contou com a presença de autoridades do país, os familiares e amigos lembraram o ex-presidente 'Nino' Vieira, com um acto religioso católico.
Entre os familiares do defunto Presidente estavam duas das suas irmãs que vivem em Bissau e dois dos filhos de 'Nino' Vieira que vivem no estrangeiro.
Seis coroas de flores foram depositadas na campa de João Bernardo "Nino" Vieira. O político foi assassinado, na sua residência, no dia 02 de Março de 2009, horas depois do então chefe das Forças Armadas, o general Tagmé Na Waié ter sido também assassinado num atentado no quartel-general do exército guineense, em Bissau.
O ex-secretário de Estado da Cooperação, Roberto Cacheu, presente na cerimónia, foi quem usou da palavra e voltou a exigir que se faça justiça para que "o país, as famílias e amigos de figuras públicas assassinadas nos últimos anos possam saber quem foram os autores dos crimes".
Roberto Cacheu, que tem liderado os amigos e familiares de políticos e militares assassinados no país, voltou a exigir a demissão do Procurador-geral da República, Amine Saad a quem acusa de inércia na procura da verdade.
Por seu turno, e em comunicado de imprensa, o Partido da Renovação Social (PRS, líder da oposição) do ex-presidente, Kumba Ialá, afirmou que existe "uma estratégia concertada" entre o Presidente Malam Bacai Sanhá, o Primeiro - ministro, Carlos Gomes Júnior e o Procurador da República, Amine Saad "para manter o "statu quo" em relação aos crimes".
Para o PRS, os três responsáveis pouco ou nada têm feito para esclarecer a opinião pública nacional e internacional sobre os autores dos crimes.
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