Nova Iorque - A Guiné-Bissau vai receber 16,8 milhões de dólares (12 milhões de euros) do Fundo da ONU para a Consolidação da Paz para reforma a do Sector de Segurança e criação de empregos, disse hoje (quarta-feira) à Lusa fonte da instituição.
Segundo Alessandra Pellizzeri, responsável pelo programa do Fundo, três tranches de cerca de cinco milhões de dólares cada destinam-se à reforma das Forças Armadas, da Polícia e Sistema Judicial e à criação de emprego entre os mais jovens, de acordo com o próximo plano prioritário, aprovado no mês passado.
"Esta alocação representa um aumento significativo, quando comparada com o passado", sublinhou a mesma responsável, adiantando que o plano anterior contou com seis milhões de dólares.
Mas o valor fica aquém do pedido pelo Governo de Bissau no final do ano passado - 23,5 milhões de dólares.
O pacote prevê ainda um milhão de dólares para acções ligadas à reconciliação nacional guineense e 800 mil para apoio técnico ao Comité Nacional Conjunto de Direcção, entidade responsável pela gestão das ajudas que envolve o Governo guineense e as Nações Unidas.
"As actividades, sobretudo, relacionadas com a reforma do sector de Segurança, serão implementadas no contexto de recomendações do Conselho de Segurança", adiantou Pellizzeri à Lusa.
O fundo, referiu, será aplicado para fazer avançar a estratégia da Comissão para a Consolidação da Paz, actualmente presidida pelo Brasil.
O Fundo apoia actualmente cerca de 100 projectos em 15 países em todo o mundo.
Os principais beneficiários são aqueles que fazem parte da agenda da Comissão da ONU para a Consolidação da Paz, como a Guiné-Bissau, mas também outros que sejam definidos pelo secretário-geral.
O primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, esteve pela primeira vez no Conselho de Segurança no final de Fevereiro de 2011, para fazer o ponto de situação da reforma do sector de Segurança, considerado uma das principais fontes da instabilidade que o país tem vivido nos últimos anos.
Assegurou que nos próximos meses as prioridades de Bissau vão continuar a ser as reformas na Segurança, Justiça e Administração Pública, "para assegurar estabilidade no país, e pediu mais recursos financeiros da comunidade internacional e com menos condições.
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