Bissau, (Lusa) - O Ministério Publico da Guiné-Bissau considerou hoje que atitudes negligentes levaram ao naufrágio de uma piroga em dezembro passado, no qual oficialmente morreram 28 pessoas e quer que o caso seja julgado em tribunal.
Em nota de imprensa distribuída pelo gabinete de relações públicas, o Ministério Publico afirma que se apurou que "houve negligência grosseira que ceifou a vida de mais de 28 pessoas no naufrágio da piroga Quinara 2, quando fazia a ligação Bolama-Bissau, a 28 de dezembro de 2012".
Oficialmente as autoridades apontam que teriam morrido no acidente 28 pessoas, mas alguns familiares de passageiros da piroga, e deputados do arquipélago dos Bijagós, continuam a afirmar que seriam "muito mais".
Alguns passageiros que viajavam na piroga, entre os quais dois cidadãos portugueses da AMI (Assistência Medica Internacional), admitiram na altura que a mesma estava sobrelotada, devendo transportar entre 150 a 200 pessoas.
Oficialmente as autoridades marítimas guineenses falam de 98 pessoas a bordo.
O Ministério Publico tem formulado a sua acusação e já encaminhou o processo para julgamento, que deverá ter lugar no Tribunal Regional de Bissau, em data a indicar.
Os acusados no processo já foram notificados bem como os familiares das vitimas do naufrágio.
Na altura do naufrágio, que causou comoção geral na Guiné-Bissau ao ponto de as autoridades terem decretado dois dias de luto nacional, o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo exigiu um inquérito rigoroso para apurar as causas do acidente e que os responsáveis fossem levados à justiça.
MB // HB
Lusa
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