terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Menos liberdade de imprensa em 2012 em Cabo Verde e na Guiné-Bissau

Mapa da liberdade de imprensa em 2013

Como todos os anos, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou o seu relatório anual relativo ao “Índice Mundial da Liberdade de Imprensa”, um documento revelando que 2012 foi globalmente o ano mais mortífero para os jornalistas. No respeitante mais especificamente aos países Lusófonos, a classificação da RSF viu os posicionamentos do Brasil, de Cabo Verde e da Guiné-Bissau regredirem drasticamente em termos de respeito pela liberdade de imprensa e de expressão.

Entre os países cuja classificação melhorou, situa-se Portugal que passou do 33° lugar para o 28°. Angola também subiu de duas posições, passando do 132° lugar para o 130°, todavia este país continua a ser o pior colocado entre os países Lusófonos nesta classi. ficação.

No respeitante aos países cuja avaliação regrediu, o Brasil passou do 99° lugar para o 108° e Cabo Verde sofreu também uma queda significativa passando da 9ª posição para a 25ª, contudo continua a ser um dos países Africanos melhor colocados no ranking da RSF.
Carla Lima, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Cabo Verde considera que a queda do seu país na classificação da RSF relaciona-se designadamente com alterações nos critérios de avaliação.

 

Carla Lima entrevistada por Neidy Ribeiro
Ouvir(01:29)
 

Ainda no tocante aos países onde a liberdade de imprensa piorou, a Guiné-Bissau desceu 17 lugares, passando da 75ª para a 92ª posição. A RSF explica esta queda importante como sendo o resultado da situação política no país : «Na Guiné-Bissau, o exército derrubou o governo entre as duas rondas das eleições presidenciais e aplicou uma censura militar sobre a imprensa», diz o relatório. Este é também o teor da análise feita por Mamadú Candê, Presidente do Sindicato dos Jornalistas da Guiné-Bissau que não se mostra surpreendido com a avaliação feita pela RSF.

Mamadú Candê entrevistado por Liliana Henriques

 
Ouvir: (01:37)
 

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