As autoridades de transição da Guiné-Bissau e as chefias militares reuniram-se este sábado, em Bissau, para fazer um balanço do período de transição e debater o que pode ser corrigido nos próximos quatro meses.
Depois de seis horas de reunião, com todo o Governo de transição, o Presidente de transição Serifo Nhamadjo, o presidente da Assembleia Nacional, Sori Djaló, e o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, António Indjai, não foram divulgadas conclusões nem decisões.
De acordo com declarações do ministro da Defesa, Celestino de Carvalho, tratou-se apenas de uma reunião "para fazer um balanço, desde que o governo foi empossado", porque faltam quatro meses para se completar um ano e, nesses quatro meses, é possível ainda "fazer correcções, no que depender da Guiné-Bissau".
"A parte do recenseamento e as eleições, a Guiné-Bissau não pode suportar o cargo sozinha; o resto, do que depender de nós, o Ministério que tem algo para fazer e não faz, é possível tomar medidas corretas e resolver o problema, antes do fim da meta dos 12 meses", disse.
As autoridades de transição, Presidente e Governo tomaram posse em maio do ano passado, no mês seguinte ao golpe de Estado que derrubou os governantes eleitos.
De acordo com o mandato, tinham um ano para preparar o país para eleições gerais (legislativas e presidenciais), que deviam ocorrer em Abril deste ano, o que já não vai acontecer.
Não se sabe ainda em que data poderão ser marcadas as eleições, nem se as autoridades de transição terão o mandato prorrogado e, se sim, por quanto tempo.
De acordo com Celestino de Carvalho, essas questões, como a data das eleições, não foram debatidas, como não foi debatida qualquer remodelação do governo, um tema sobre o qual a imprensa guineense tem falado.
"Não fomos nós que determinamos um período de 12 meses [para a transição], não seremos nós a determinar outro período. Se todos entenderem que esse período deve de ser dilatado... Se entenderem que deve ser de estritos 12 meses..., pelo menos eu estou à vontade, e acho que os colegas também estão à vontade", disse o ministro. Lusa
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