As principais organizações não governamentais a operar na Guiné Bissau juntaram-se para, num gesto inédito, alertar para o agravamento das condições humanitárias. As ONG condenam o golpe de Estado e apelam ao envolvimento internacional para resolver o conflito através do diálogo.
O gesto é inédito e sintomático do clima que se vive na Guiné Bissau. As principais organizações não governamentais condenam o golpe de Estado e responsabilizam-no pelo agravamento das condições humanitárias.
De acordo com as organizações, que chamam a atenção para as condicionalismos à sua ação humanitária impostas pelo clima que se vive no país, a atual situação está "a provocar escassez e subida dos preços dos bens essenciais, deslocação de pessoas à procura de segurança fora da capital com implicações em termos de educação e saúde pública, num momento em que se aproxima a época das chuvas, com alto risco de cólera e de outras epidemias."
Reunidas entre 25 e 27 de Abril, as ONG apelam à “libertação imediata de todos os detidos” na sequência do golpe de Estado e aos “atores nacionais e internacionais envolvidos na resolução desta situação [para] se engajarem na procura de soluções duráveis, através do diálogo”.
As ONG reafirmaram o seu “empenho no trabalho de promoção do desenvolvimento nas respetivas comunidades”, pedindo ainda “aos operadores económicos nacionais e internacionais para que sejam solidários com a população, evitando a subida de preços dos produtos da primeira necessidade enquanto a situação prevaleça”.
O último ponto do documento é um apleo dirigido à comunidade internacional, a quem as ONG pedem”para que continue a apoiar os esforços na promoção da paz, da segurança e do desenvolvimento na Guiné-Bissau”.
Sem comentários:
Enviar um comentário