Lusa
O governo da Guiné-Bissau inaugurou hoje o primeiro porto de pesca no país, uma infra-estrutura construída de raiz com fundos do Banco Africano do Desenvolvimento (BAD) no valor de cerca de 10 milhões de euros.
O novo porto de pesca tem capacidade para acolher a atracagem de quatro navios de grande porte. Cerca de cinco mil pessoas terão emprego directo nas novas infra-estruturas de pesca, sublinhou o primeiro-ministro guineense. Além de um cais de atracagem, o novo porto tem um mercado, câmaras frigoríficas, um laboratório e espaços para os empresários privados que queiram investir no sector das pescas.
A inauguração foi presidida pelo primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, para quem a infra-estrutura "é mais um instrumento para o combate à pobreza" no país.
"É uma infra-estrutura extremamente importante, um dos instrumentos importantes de que a Guiné-Bissau precisa no quadro do combate à pobreza", afirmou Carlos Gomes Júnior.
Segundo o primeiro-ministro guineense, além de "excelentes condições de trabalho e de higiene" o novo porto comercial de pesca vai permitir que "grandes arrastões" encostem em Bissau, de onde poderão exportar o pescado do país.
"Esperemos que brevemente a União Europeia dê ao país o certificado fitossanitário do pescado para que possamos passar a exportar para o mercado europeu", acrescentou o primeiro-ministro guineense.
Esta referência mereceu a concordância gestual do delegado da União Europeia, Joaquim Gonzalez Ducay, que se encontrava ao lado de Carlos Gomes Júnior quando este falava à imprensa.
O representante do Banco Africano do Desenvolvimento (BAD) na Guiné-Bissau, o guineense Ansumane Mané, defendeu que com o novo porto de pesca o país passa a dispor de "melhores condições" para negociar com os seus parceiros no sector.
Uma das exigências da União Europeia, um dos principais parceiros da Guiné-Bissau no sector da pesca, é que o país tenha um laboratório que possa certificar a qualidade fitossanitária dos produtos derivados do mar para que possam ser exportados para o mercado europeu.
O primeiro-ministro disse esperar que a União Europeia "com toda a naturalidade" ajude o país a pôr a funcionar o laboratório de controlo de qualidade do seu pescado.
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