segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Governo da Guiné-Bissau vai definir com PR posição sobre pedido de adesão às Nações Unidas

Bissau, 18 set (Lusa) -- O Governo da Guiné-Bissau ainda vai discutir que posição a tomar quanto à intenção da Palestina de solicitar a adesão às Nações Unidas na Assembleia-Geral deste mês, mas lembra que sempre apoiou a causa palestiniana.

Questionado pela Agência Lusa, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, disse que ainda não teve "orientação" do Presidente da República e que assim que a tenha o tema será discutido e analisado e será tomada uma posição em conjunto.

Ainda assim, lembrou Carlos Gomes Júnior, a Palestina é um parceiro importante para a Guiné-Bissau, que sempre a defendeu no conflito com o Estado de Israel.

"Nós na Guiné-Bissau, concretamente o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), sempre estivemos ao lado do povo da Palestina, desde o tempo de Yasser Arafat. Sempre apoiámos o povo da Palestina e naturalmente com as novas autoridades a Guiné-Bissau vai continuar a ter essa relação", disse Carlos Gomes Júnior.

Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse também à Agencia Lusa que "desta vez o país vai ter que tomar uma posição" por se tratar de uma matéria "que requer o posicionamento claro de todos os Estados".

De acordo com a fonte, a Guiné-Bissau por ser membro da OCI (Organização da Conferencia Islâmica) tem vindo a ser solicitada, por diversos países da comunidade muçulmana, para que apoie a iniciativa da Palestina durante a Assembleia-Geral da ONU, mas também Israel já formalizou um pedido de apoio à sua causa.

"É um dilema, que as nossas autoridades vão ter que resolver. Recebemos solicitações de apoios de países como Argélia, Marrocos, Egito e outros. Pedidos de apoios de países com os quais partilhamos o espaço OCI, mas já fomos contactados pelo primeiro-ministro de Israel sobre a tese deles. E temos boas relações com Israel", disse a fonte do MNE, que pediu para não ser citada.

De acordo com a fonte, até à data da Assembleia-Geral, que começa na próxima terça-feira, o país "devia ter uma posição clara" sobre qual das partes irá apoiar, ou a causa da Palestina ou a posição de Israel.

MB/FP.

Lusa/Fim

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