OJE/Lusa
A Guiné-Bissau vai ter em breve um Fundo de promoção de pequenas e médias indústrias de transformação (FUNPI), dotado já com uma verba superior a sete mil milhões de francos CFA (10,6 milhões de euros).
Os estatutos do FUNPI foram hoje apresentados em Bissau pela Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau e a verba já disponível provém de uma taxa criada pelo governo sobre o caju, principal produto de exportação do país.
Em Abril o governo instituiu uma taxa de 50 francos CFA (0,07 cêntimos) por cada quilo de caju exportado, com a qual muitos empresários não concordaram mas que teve o aval da Câmara de Comércio. A taxa, justificou o executivo, destina-se a melhorar a fileira do caju e a fomentar acções empresariais.
Hoje, o presidente da Câmara de Comércio, Braima Camará, explicou que o dinheiro resultante dessa taxa está em quatro bancos e totaliza 7,5 mil milhões de francos.
O FUNPI "pode ser um instrumento útil para o aumento da competitividade do país" e através dele a pequena e média indústria pode assegurar "a geração de valor acrescentando" no caju, que actualmente é praticamente todo exportado em bruto.
Na área do caju, acrescentou, a industrialização e a investigação são lentas e há necessidade também de regular "o espaço dos intervenientes principais".
A Guiné-Bissau exportou este ano 174 mil toneladas de caju, um recorde do principal produto do país que rendeu cerca de 156 milhões de euros.
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