Guiné-Bissau vai exportar, este ano, 174 mil toneladas da castanha do caju, o que deve render 226 milhões de dólares, disse, na terça-feira, em Bissau, o presidente da Comissão Nacional do Caju (CNC). A campanha do caju começou em Março do 2010 e a exportação um mês depois, mas os números devem rondar os avançados por André Nanque, que salientou o facto de este ano ter sido também o de melhor preço para o produtor (uma média de 333 francos CFA por quilo): “No preço de exportação conseguimos atingir 1.600 dólares por tonelada, embora a média esteja nos 1.300”, afirmou o presidente da CNC, sublinhando que no ano passado a Guiné-Bissau exportou 122 mil toneladas, um pouco mais do que em 2009, chegando às 135 mil toneladas, e não passando das 109 mil em 2008.
Na base do sucesso da presente campanha estiveram “as boas condições atmosféricas”, mas também os preços elevados, a fraca produção de outros países e a instabilidade na Costa do Marfim, o maior produtor de África, com quase 400 mil toneladas anuais, referiu. A importância de um bom ano é fundamental para a Guiné-Bissau, um dos países mais pobres do mundo, cuja economia assenta, essencialmente, na castanha do caju.
Por falta de capacidade e de investimentos no sector, a Guiné-Bissau exporta quase toda a castanha de caju em bruto, pois nem 15 por cento consegue processar.
O presidente da Comissão Nacional,André Nanque, disse à agência noticiosa Lusa, que o Estado vai arrecadar, este ano, 14 milhões de dólares só em receitas alfandegárias com a exportação de caju.
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