Cidade da Praia - A libertação sexta-feira do Presidente interino e do primeiro-ministro guineenses, é um "sinal positivo", mas a situação na Guiné-Bissau é "muito complexa", considerou na Cidade da Praia o Presidente de Cabo Verde.
Jorge Carlos Fonseca, em declarações hoje aos jornalistas, após um encontro com governantes de Angola, Namíbia e África do Sul, avisou que, no processo negocial guineense, a diplomacia "joga o seu papel mas não é linear".
Sublinhou que foram adoptadas as decisões na (cimeira da) CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, a 26 de Abril de 2012). Uma das condições era a libertação dos responsáveis políticos detidos.
Este gesto, segundo o chefe de Estado cabo-verdiano, terá sido um sinal positivo, "mas, nestas coisas, o optimismo tem de ser sempre prudente e moderado, porque a situação não é fácil, mas sim complexa", sublinhou o estadista à LUSA.
Alegando ainda desconhecer os resultados do encontro de sete dos chefes da diplomacia da África Ocidental, que decorre em Banjul (Gâmbia), em que foram aprovadas sanções à Guiné-Bissau, Jorge Carlos Fonseca defendeu que, na diplomacia, tem de se estar "sempre lúcido e de se ser inteligente e prudente" para acompanhar e analisar rigorosamente" todos os sinais.
"Às vezes, as coisas não são fáceis. Às vezes, lemos um comunicado, vemos decisões e as pessoas que não estiveram nas reuniões poderão não saber que isso é fruto de negociações muito difíceis e complexas. Às vezes, o ótimo pode ser inimigo do bom", acrescentou Fonseca.
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