O governo legitimo da Guiné Bissau deposto no golpe militar no dia 12 de marco, apelou hoje ao secretário-geral das Nações Unidas que assuma a liderança do processo de transição no país, considerando que a CEDEAO não tem condições para continuar a fazê-lo.
"A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) não tem mais condições para conduzir o processo para a busca de uma solução duradoura para a crise da Guiné-Bissau, ao se apressar nesta tentativa de impor uma solução que não é solução, mas um desastre total para o povo da Guiné-Bissau", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mamadu Djaló Pires, em conferência de imprensa em Lisboa.
Falando em nome do "governo legítimo da Guiné Bissau", o ministro apelou ao Conselho de segurança das Nações Unidas e do secretário-geral, Ban Ki-Moon, que o processo "seja liderado pelas Nações Unidas, envolvendo outras organizações, como a União Africana, a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e a União Europeia".
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