sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ONU e União Africana reconhecem ajuda de Angola à Guiné-Bissau

Pormenor da reunião entre delegação do Mirex e  representantes da ONU e da UA na Guiné-Bissau

Pormenor da reunião entre delegação do Mirex e representantes da ONU e da UA na Guiné-Bissau


Luanda - A ONU e União Africana (UA) reafirmaram ontem, quinta-feira, em Luanda, o reconhecimento de que Angola continua empenhada para a solução da crise política instaurada na Guiné-Bissau, na sequência do golpe de Estado de Abril passado.

A confirmação foi declarada no final de um encontro entre uma delegação angolana chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoti, com os representantes do secretário-geral da ONU e da UA na Guiné-Bissau, Joseph Mutabola e Ovídio Pequeno, respectivamente.

“A incumbência de Angola é de ajudar a Guiné-Bissau, país que considera irmão, com problemas que devem ser ultrapassados de forma pacífica”, declarou Joseph Mutabola.

Sobre o encontro, disse que este visou analisar a situação e aproximar posições, realçando que apesar do papel importante que a comunidade internacional possa ter, a saída da crise depende essencialmente dos guineenses. 

“Temos estado a sensibilizar as partes e os parceiros (CPLP, CEDEAO, ONU e UA) para que harmonizem posições e aceitem que os guineenses tenham uma palavra”, asseverou Joseph Mutabola.

Por sua vez, o representante da UA para a Guiné-Bissau, Ovídio Pequeno, referiu que foi um encontro para a troca de informações sobre a situação actual naquele país, na perspectiva de harmonizar posições entre a CPLP e CEDEAO.

“Os militares são parte integrante da sociedade guineense e é preciso que se dê tempo ao tempo para que se resolvam os problemas”, acrescentou Ovídio Pequeno, que acredita num retorno institucional no país.

Quanto à situação na Guiné-Bissau, o representante da UA afirmou que a nível de segurança o clima é calmo, mas defende uma solução inclusiva para todas as forças vivas da nação.

Precisou que em termos políticos continuam os esforços com o PAIGC e PRS para o relançamento da actividade parlamentar.

A nível económico e social, Ovídio Pequeno disse que a situação é crítica, devido a suspensão da ajuda por parte da maioria dos parceiros, agravada pela redução das exportações de castanha de caju.

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