O Almirante Bubo Na Tchuto está em vias de retomar o cargo de CEM da Marinha, agora exibindo nas insígnias 3 estrelas, em lugar de apenas 2. A medida, objecto de sucessivas reuniões nos últimos dias, nalgumas das quais o próprio participou, é relacionada com a necessidade de esvaziar tensões internas nas Forças Armadas.
O reavivamento recente de um antigo ambiente de disputas e desconfianças entre o actual CEMG,General António Indjai, e o Almirante Na Tchuto foi apontado como um dos principais focos de tensões – que se considera poder dissipar com o regresso deste ao cargo de CEM da Marinha.
O facto de ambos terem a categoria de figuras referenciais das FA, embora Na Tchuto se considere superior a Indjai, e de também terem origem étnica comum (balanta) faz com que as desavenças e rivalidades entre si tenham projecção no meio militar, no seu todo, e também na sua tribo/base étnica.
A reabilitação de Na Tchuto como CEM da Marinha (paralelamente, Indjai passará a ostentar uma quarta estrela de general), foi aventada e encorajada por um “conselho” de dignitários balantas com influência nas FA, entre os quais predomina Kumba Yalá, secundado por Artur Sanhá e por figuras do PRS, partido étnico-tribal.
As tensões nas FA resultam de causas relacionadas com a presente situação política (e face às quais um aparente apaziguamento Indjai/ Na Tchuto tem limitados efeitos amenizadores.
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