Dakar, Senegal (PANA) - O chefe da Missão da União Africana (UA) na Guiné- Bissau, o diplomata angolano Sebastião da Silva Isata, deixa Bissau esta segunda-feira para a Nigéria, onde vai participar num encontro da CEDEAO sobre a reforma do sistema de defesa e segurança naquele país lusófono, soube a PANA de fonte diplomática.
A reunião deve congregar, entre 24 e 28 de Novembro corrente, na capital federal nigeriana, Abuja, o Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) para examinar e enriquecer o plano estratégico desta organização regional sobre a estabilização da Guiné-Bissau.
A sua agenda será marcada pela apreciação das recomendações saídas de um outro encontro realizado nas vésperas entre as chefias militares e dos Serviços Secretos da região, bem como representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Segundo a mesma fonte, o representante da UA deverá, entre outros objetivos, aproveitar a ocasião para atualizar os participantes sobre o evoluir da situação na Guiné-Bissau, sobretudo desde a sua chegada ao país no início de Outubro passado.
Ele vai igualmente informar os presentes sobre o desfecho da última sessão especial do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas sobre a Guiné-Bissau decorrida a 5 deste mês.
Neste encontro do CS das Nações Unidas realizado na sede da organização mundial em Nova Iorque, nos Estados Unidos, Sebastião Isata pediu que a comunidade internacional para que "não abandone" a Guiné-Bissau nos seus esforços de busca duma paz duradoura.
Na ocasião, ele sentenciou que o CS das Nações Unidas e demais parceiros estão hoje "perante a escolha entre continuar o compromisso de ajudar o Governo e o povo da Guiné-Bissau, uma nação em desespero, e abandoná-lo a uma sorte desconhecida".
No entender de Isata, o Conselho de Segurança é, mais uma vez, chamado a assumir a sua responsabilidade para a qual foi criada, nomeadamente a manutenção da paz e da segurança internacionais.
"É importante notar que o caminho que escolhermos constituirá a norma pela qual o futuro avaliará os nossos esforços", concluiu o representante especial da UA na Guiné-Bissau.
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