Bissau - O PALOP (Partido Africano da Liberdade, Organização e Progresso) é o 37º partido da Guiné-Bissau que quer promover a paz e o desenvolvimento no país e foi apresentado no fim-de-semana pelo seu fundador Albino da Fonseca.
O novo partido ainda não está legalizado pelo Supremo Tribunal de Justiça (instância que na Guiné-Bissau faz o papel de Tribunal Constitucional), mas já tem como objecto a promoção da paz e o desenvolvimento do país.
O PALOP, segundo Albino da Fonseca, antigo deputado e secretário-geral do Parlamento guineense, é um projecto em gestação há mais de dois anos, mas só no último fim-de-semana foi apresentado publicamente, uma vez que se encontra em fase de recolha e encaminhamento dos requisitos exigidos por lei para a sua legalização.
Na sua primeira declaração, enquanto líder do PALOP, Albino da Fonseca, afirmou que o seu partido surgiu "numa altura crucial da vida da Guiné-Bissau", destacando o que considerou de "desavenças profundas" entre o Presidente da República e o Primeiro - ministro
"Numa altura em que se fala da possibilidade de o país ver perdoada a sua dívida (...), começa-se outra vez a levantar fricções entre o Governo e a Presidência da República, problemas na cúpula da governação da Guiné-Bissau.
Isso é preocupante", enfatizou Albino da Fonseca ao enunciar os motivos da criação do PALOP.
Actualmente, Albino da Fonseca dirige a Fundep (Fundação para paz, envolvimento e progresso), contudo, o político, ainda não revelou se vai abandonar a direcção da fundação ou se aquela foi transformada no novo partido.
Albino da Fonseca foi deputado à Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento guineense) na primeira legislatura, no âmbito do multipartidarismo, em 1994, nas listas da Resistência da Guiné-Bissau (RGB, Movimento Bâ-Fata).
Com a criação do PALOP a Guiné-Bissau passa a contar com 37 partidos políticos, para um universo eleitoral potencial de 650 mil eleitores, num país de 1,7 milhões de habitantes.
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