quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mulheres reúnem-se em Salvador Brasil para trocar experiências e traçar estratégias de ativismo contra a sida

06/07/2011 - 11h30
Dezenas de mulheres vivendo e convivendo com HIV, ativistas e gestores de programas voltados ao combate da aids estão reunidos em Salvador da para mais uma oficina do projeto “Saber para reagir em língua portuguesa". Iniciativa do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas e do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids), este projeto pretende criar uma troca de experiências e uma mobilização conjunta de mulheres que vivem com HIV no Brasil e nos países africanos que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe.
Jacqueline Cortes, do UNAIDS, explica que as oficinas irão abordar temas presentes na vida das mulheres com HIV e aids. “Esperamos que elas possam adquirir melhores condições para a prática do ativismo e da participação cidadã em direitos humanos, gênero, advocacy e controle social das políticas públicas locais”, comentou.
Ao todo serão cinco encontros no Brasil. O 1° aconteceu em maio em Manaus, e a ideia é promover uma oficina em cada região do país e outras em alguns países africanos. No final das atividades, pretende-se criar um material que possa orientar as mulheres sobre a prática do ativismo.
A moçambicana Josélia Ricardo Mbanza, coordenadora da rede Kuyakana de mulheres vivendo com HIV e aids, também está em Salvador para o evento. Ela contou para suas colegas que depois de perder seu segundo marido em decorrência da aids sentiu uma grande necessidade de lutar pelos direitos das pessoas com HIV. “No meu país ainda é muito importante que as mulheres com HIV e aids se mostrem para diminuirmos juntas a preconceito”, disse.
A representante do Movimento das Cidadãs Posithivas no Nordeste, Gisele Dantas, falou sobre a importância do evento para a região. “As mulheres aqui precisam de mais informação para poder se organizar. Elas precisam saber mais sobre controle social e advocacy”, ressaltou.
Gisele pediu ainda para que as mulheres soropositivas se mostrem. “Mulheres unidas, jamais serão vencidas”, frisou.
Para Aryane Gariella, da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV e Aids, esses espaços são sempre muito importantes para aprender. “Quero levar todas as informações que obtiver aqui para minha cidade, Fortaleza”, disse.
A 2ª Oficina do projeto “Saber para reagir em língua portuguesa” começou no domingo passado e termina nesta sexta-feira, 08 de junho, no Grande Hotel da Barra. Rua Forte São Diogo, 02. Barra – Salvador.
As informações do evento em Salvador foram enviadas por Micaela Cyrino, da Rede Nacional de Adolescente e Jovens Vivendo com HIV e Aids, e editadas pela Agência de Notícias da Aids.

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