Luanda,(Lusa) -- Angola, no primeiro ano de presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dedicou especial atenção à situação na Guiné-Bissau, à Língua Portuguesa e à entrada da Guiné Equatorial na comunidade, destacou hoje o chefe da diplomacia.
George Chicoti, que falava na abertura da XVI reunião ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, em Luanda, a presidência angolana dedicou especial atenção ao seguimento da situação na Guiné-Bissau, acompanhando "atentamente a evolução da reforma do setor de defesa e segurança".
O ministro angolano saudou os Estados-membros pela solidariedade prestada à Guiné-Bissau, "com ações concretas, de formação ou de concertação político-diplomática", para o fortalecimento das estruturas institucionais do Estado de direito desse país.
George Chicoti referiu que a aspiração da Guiné Equatorial, em aceder ao estatuto de membro de pleno direito da CPLP, foi outra questão candente da presidência angolana, tendo já sido percorrido um caminho nesse sentido.
"Um longo caminho resta ainda a percorrer e estamos convictos que se forem dados passos concretos no preenchimento das normas estabelecidas na Cimeira de Luanda, será possível cimentar alicerces para o alargamento da nossa comunidade", referiu o governante angolano.
Angola durante um ano da sua presidência prestou ainda particular atenção à promoção da Língua Portuguesa, a sua difusão e utilização nas organizações internacionais.
"Este é outro desiderato fundamental, contribuindo para a realização da nossa comunidade e para o seu fortalecimento", sublinhou George Chicoti, acrescentando que "esta é uma responsabilidade incontornável da comunidade e de cada um dos Estados-membros".
O chefe da diplomacia angolana saudou a criação da Direção para a Ação Cultural e Língua Portuguesa no Secretariado Executivo, cujo diretor já foi escolhido, diminuindo assim o "défice permanente" da ação cultural na comunidade.
No seu discurso, o ministro das Relações Exteriores de Angola referiu-se igualmente à decisão relativa às novas instalações do Secretariado Executivo, para que muito em breve a CPLP disponha da sua sede em Lisboa.
"A presidência angolana está profundamente comprometida com a solução desta questão, que confira maior valor à organização, provendo-a de meios para que a CPLP cumpra efetivamente a sua vocação", referiu o ministro.
Relativamente à questão orçamental da CPLP, considerada pelo governante angolano como "grave fator de estrangulamento da comunidade", George Chicoti disse esperar que ela seja tomada "ainda mais a sério pela organização".
"Temos esperança que deste Conselho de Ministros saia uma deliberação relativa ao crescimento do orçamento do secretariado e que a norma referente ao crescimento real e nominal zero do orçamento, a terminar em 2012, seja ultrapassada, prevendo o seu crescimento", disse.
Na reunião do Conselho de Ministros estão presentes os chefes da diplomacia de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, enquanto Timor-Leste se faz representar pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros.
NME.
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