quarta-feira, 20 de junho de 2012

Iniciativa cidadã exorta o Conselho de Segurança das Nações Unidas a pôr fim aos golpes de estado na Guiné-Bissau

Comunicado de imprensa

Iniciativa cidadã exorta o Conselho de Segurança das Nações Unidas a pôr fim aos golpes de estado na Guiné-Bissau

Um grupo de cidadãos e cidadãs de oito países (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Espanha, França, Holanda, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) lançou, em meados de Maio, a petição “Fim aos golpes de estado na Guiné-Bissau” pedindo liberdade, segurança e progresso para o povo Guineense.

A petição, que se encontra disponível no seguinte link: www.gopetition.com/petitions/stop-military-putsches-in-guinea-bissau.html, recolheu 1044 assinaturas em pouco mais de quinze dias, foi entregue esta terça-feira à Presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, este mês assumida pela China, e ao Secretário Geral.

                O grupo de signatários denuncia todo e qualquer processo de legitimação do golpe de estado e opõe-se ao envio de uma força armada fora do quadro das Nações Unidas, com o objectivo de impor soluções anticonstitucionais e desrespeitadoras da vontade expressa do povo guineense. Os signatários exigem ainda das Nações Unidas e das várias instâncias internacionais a condenação e sanção de quaisquer actos de perseguição e de terror político, assim como uma contribuição activa e inequívoca com vista à reposição da ordem constitucional e à retoma do processo eleitoral interrompido pelo golpe de estado, pode-se ler no texto da petição.

                Relembramos que na noite de 12 de Abril de 2012, as chefias das Forças Armadas guineenses interromperam o processo das eleições presidenciais em curso, proibiram o direito de manifestação e protesto e restringiram a liberdade de viajar de figuras importantes da sociedade guineense através da publicação de listas negras, promovendo um clima de ameaça e intimidação, com a colaboração de alguns sectores da oposição civil. Por outro lado, a suposta tentativa de estabilização por parte da CEDEAO – Comunidade Económica dos Estados da África do Oeste, a que a Guiné-Bissau pertence, através da imposição, a 10 de Maio, de um Presidente de Transição, recomendado pelo Comando Militar do golpe de estado, constitui um “segundo golpe de estado” aos olhos de muitos cidadãos e cidadãs guineenses, consagrando e perpetuando o recurso à violência e à força militar como forma legítima de alcançar o poder.

Estamos disponíveis para mais informações, através do email: peticaoguinebissau@gmail.com

15 de Junho de 2012

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