Bissau - O embaixador da França em Bissau considerou ontem(quinta-feira) que a Guiné-Bissau vive "uma situação difícil" e o da Rússia pediu que sejam realizadas eleições legislativas e presidenciais para que o país possa retomar à ordem constitucional.
Michel Flesh (embaixador da França) e Mikail Valinsky (embaixador da Rússia) falavam aos jornalistas à saída de audiências separadas que mantiveram com o Presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, nomeado após o golpe de Estado de 12 de Abril, que depôs as autoridades do país.
Lembrando que a posição da França em relação ao golpe de Estado ocorrido na Guiné-Bissau é a mesma da defendida pela comunidade internacional, de condenação, Michel Flesch disse ter debatido com Serifo Nhamadjo a "situação difícil" em que se encontra o país.
Reconhecendo que a Guiné-Bissau não está só, o embaixador francês voltou a enumerar os "desafios" que, na opinião do seu país, devem ser atacados para que a Guiné-Bissau volte à normalidade.
"Para começar para que o país se transforme é preciso que reencontre rapidamente a sua capacidade de se exprimir através de eleições livres, sérias e transparentes e é preciso que todo mundo trabalhe nesse sentido, para que dentro do prazo mais curto possível mas também eficaz haja eleições", defendeu Michel Flesch.
"Vamos repetir aquilo que sempre dizemos ao longo destes anos. Para que a Guiné-Bissau resolva os seus problemas tem de fazer as seguintes coisas: lutar contra a impunidade, reforma do sector de defesa e segurança e lutar contra a droga", observou o diplomata francês.
"Quando o país começar a resolver estes problemas, naturalmente alcançará a estabilidade, a calma e enfim dará início à fase de valorização dos recursos, que são suficientes para assegurar um desenvolvimento e prosperidade ao povo deste país, que merece", enfatizou Flesch.
E acrescentou: "A França está sempre disposta a ser positiva. Foi isso que acabei de dizer ao Presidente".
O embaixador da Rússia na Guiné-Bissau, Mikail Valinsky, disse que a audiência com Serifo Nhamadjo serviu para ouvir do Presidente de transição "as tarefas" a serem levadas a cabo pelas autoridades transitórias para um "rápido retorno à ordem constitucional".
Organizar eleições legislativas e presidenciais dentro de doze meses e proceder à reforma do setor de defesa e segurança foram as tarefas que Nhamadjo apresentou ao diplomata russo como sendo as prioridades da sua presidência.
"O Presidente de transição disse-me que vai fazer tudo o que estiver nas suas forças para estabelecer a estabilidade política e a paz", disse Mikail Valinsky.
"Eu como embaixador da Rússia quero desejar a paz e prosperidade ao povo da Guiné-Bissau que tanto merece", sublinhou o diplomata russo.
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