O Presidente Ilegítimo de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, viajou hoje para a Costa do Marfim onde participa na cimeira de chefes de Estado da África Ocidental, a quem, disse, vai pedir a continuidade de apoios para a normalização do país.
Falando aos jornalistas no aeroporto de Bissau, Nhamadjo afirmou que vai fazer aos seus homólogos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) um balanço sobre a situação da Guiné-Bissau desde o golpe de Estado, e pedir-lhes apoios.
"Vou fazer um balanço daquilo que tem sido a transição durante os últimos meses, informar aos pares que estamos a fazer um grande esforço para o retorno à normalidade, mas que precisamos do concurso de todos para que os 12 meses fixados para a transição sejam realmente cumpridos", explicou Nhamadjo, que se faz acompanhar do ministro dos negócios Estrangeiros do governo de transição, Faustino Imbali.
"Temos de realizar um recenseamento biométrico, organizar e realizar eleições legislativas e presidenciais, primeira e segunda volta, e depois a tomada de posse, que tudo isso seja realizado dentro dos 12 meses. Para que tudo isso seja possível, é preciso o envolvimento de todos. Procuramos acelerar as etapas que têm de ser executadas antes desse pleito eleitoral", destacou ainda o Presidente de transição guineense.
"Vou pedir para que continuem a dar apoios necessários para que possamos executar essa transição o mais breve possível. Porque como sabem o país quando está a ser gerido na fase de transição tem várias limitações e a Guiné-Bissau já não merece perder tempo", observou Serifo Nhamadjo.
O responsável disse também que vai agradecer aos chefes de Estado da CEDEAO o empenho que tem dispensado à Guiné-Bissau para a "acalmia" que se tem registado.
Questionado pela Lusa sobre se o país precisa mais de apoio político ou de ajuda financeira, Serifo Nhamadjo respondeu: "As duas coisas. No aspeto político devem de ser levantadas as sanções contra o país porque estamos a cumprir as etapas preconizadas pela CEDEAO, mas a política, para ter sustentabilidade, precisa de apoios financeiro-económico para estabilizar o país. As duas coisas andam juntas".
"Vou dizer aos meus pares da CEDEAO que a situação do país neste momento é estável. Felizmente, o Governo está a funcionar, já conseguiu pagar três meses de salários aos funcionários públicos, as escolas públicas funcionam normalmente, estamos a fazer um esforço para retomar o diálogo nacional para que o país se reencontre", disse Serifo Nhamadjo, acrescentando que também vai falar das estimativas de custos das eleições.Vvai de Mão estendida
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