quinta-feira, 12 de março de 2015

Desafios : Guiné-Bissau enfrenta redução da ajuda e suspeitas de tráfico de droga

A Guiné-Bissau enfrenta enormes desafios para melhorar o clima empresarial, nomeadamente a redução na ajuda internacional e as alegações de que o país está envolvido no tráfico de drogas para a Europa, considera a consultora Aon.
Guiné-Bissau enfrenta redução da ajuda e suspeitas de tráfico de droga
Na análise por país que acompanha o relatório de Risco Político 2015, divulgado esta semana, a consultora especializada em gestão de risco, os analistas sublinham que o risco de violência política continua a ser muito alto e notam que apesar de o país se esforçar por fortalecer as instituições, os princípios do Estado de direito "raramente são aplicados".

O ambiente empresarial é minado pelas preocupações com a segurança, com os investidores a terem de enfrentar demorados e complexos procedimentos administrativos e custos de criação de empresas proibitivos, o que prejudica enormemente os investimentos estrangeiros no país.

A análise da Aon Risk Solutions é feita anualmente a 163 países, com a edição deste ano a registar uma degradação do risco político de fazer negócios em 12 países e uma melhoria noutros sete.

Os países que viram o Risco piorar foram Angola, República Centro-Africana, Burkina Faso, Gana, Guiné-Conacri, Haiti, Líbia, Moçambique, Omã, Paquistão, Serra Leoa e Uganda.

Os que melhoraram foram a República Dominicana, Equador, Geórgia, Laos, Panamá, Suazilândia e o Zimbabué.

A análise da Aon inclui uma colaboração especial da consultora Roubini Global Economics, recolhendo também a opinião de mais de 20 seguradoras na área do risco político, compilados pelo banco Loyds.

Cada país é avaliado em nove áreas: Transferência de Divisas, Regulamentos e Leis, Interferência Política, Violência Política, Incumprimento Soberano e Perturbações na Cadeia de Distribuição, a que se juntam os Riscos de Negócio, Vulnerabilidade do Setor Bancário e Riscos a Estímulos Orçamentais.

Com base na avaliação nestas nove áreas, é então definido a que categoria pertence o risco que os investidores assumem por investir nesse país, indo do Baixo até ao Muito Alto, passando pelo Médio Baixo, Médio, Médio Alto e Alto.

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