quarta-feira, 11 de março de 2015

África: Indústria florestal - revolução na África Central

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COMUNICADO DE IMPRENSA

Indústria florestal – revolução na África Central

BRAZZAVILLE, Republic of the Congo, March 9, 2015/ -- Albergando na Bacia do Congo a segunda maior extensão florestal do mundo, os países da África Central devem tirar partido das oportunidades que a indústria florestal oferece para a transformação da sub-região. Isso seria possível se estes países adotassem progressivamente níveis muito mais elevados de transformação dos seus produtos florestais lançando-se em atividades ligadas às transformações secundária e terciária. É neste ponto que assenta a principal recomendação da 31.a sessão do Comité Intergovernamental de Peritos (CIE) da África Central que terminou esta noite em Brazzaville, na República do Congo.Relatório Económico Forthcoming em África para combater o comércio e industrialização

Os peritos convidados para a sessão pela Comissão Económica para a África (CEA) (http://www.uneca.org), em colaboração com o Governo Congolês, analisaram minuciosamente os desafios enfrentados pelos países da sub-região no seu esforço para tirar partido do setor florestal enquanto base para exportações diversificadas e de produtos finais.

O Sr. Léon Raphaël Mokoko, Ministro Delegado do Congo responsável pelo Planeamento e Integração, comentou que o desenvolvimento da indústria florestal com vista à transformação estrutural das economias da África Central será uma medida para reduzir a vulnerabilidade da sub-região a choques externos provocados pela natureza precária dos preços das matérias-primas no mercado mundial.

16554005098_f4c4f54434Segundo os peritos, ainda que a taxa de transformação de matérias-primas florestais, especialmente toros e produtos florestais não-madeireiros (PFNM), tenha melhorado na sub-região de 42% durante o período de 1993 a 1999 para 54% durante o período de 2005 a 2008, as partes interessadas do setor concentraram-se principalmente na transformação primária que envolve apenas atividades de serragem e corte de tábuas e pranchas após a colheita dos toros. Este nível de transformação traz benefícios muito limitados às economias em causa, especialmente se comparado com as vantagens decorrentes das transformações secundária e terciária, que envolvem um acréscimo de valor e o aumento do número de postos de trabalho com a produção de contraplacado bem executado (transformação secundária), bem como portas, mobiliário e soalho de qualidade (transformação terciária).

É com base nesta análise que os peritos exortam os Estados, agentes económicos e parceiros de desenvolvimento da sub-região a criar as condições necessárias para a emergência de um indústria transformadora viável através do investimento em tecnologia, formação de alto nível no setor madeireiro, identificação de novos mecanismos de financiamento e contribuição para o Fundo para a Economia Verde na África Central (Fonds pour l'Economie Verte en Afrique Centrale - FEVAC). Recomendaram também que os Governos tomem as medidas necessárias para tornar os mercados locais mais atrativos através da manutenção da paz e do desenvolvimento de infraestruturas, com ênfase nos meios de transporte. Por fim, os peritos defenderam o fortalecimento do envolvimento das partes interessadas locais no negócio das exportações de produtos florestais, integrando-os em cadeias de valor globais do setor e eliminando obstáculos tarifários e não tarifários ao comércio sub-regional de produtos florestais.

Distribuído pela APO (African Press Organization) em nome da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA).

Sobre a CIE

O Comité Intergovernamental de Peritos (CIE) é o órgão responsável pelas políticas de cada departamento sub-regional da CEA. Foi fundado pela Assembleia Geral da ONU enquanto órgão subsidiário da Conferência Africana dos Ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico com o objetivo de deliberar sobre problemas atuais e emergentes relacionados com o desenvolvimento ao nível sub-regional e recomendar ações para a coordenação e harmonização de políticas de desenvolvimento socioeconómico entre os estados membros.

SOURCE

Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA)

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