O Governo português anunciou uma contribuição de 550 mil euros para a instalação de um laboratório móvel de despistagem do vírus ébola na Guiné-Bissau, numa reposta a um pedido de ajuda das autoridades guineenses.Epidemia de febre hemorrágica na África Ocidental já fez 6.841 mortos, num total de 18.464 casos identificados, segundo a OMS.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros irá contribuir com uma ajuda de 550 mil euros, destinada a financiar a instalação e o funcionamento de um laboratório móvel para o diagnóstico de infecções", disse o chefe da diplomacia portuguesa, Rui Machete, numa conferência de imprensa no Palácio das Necessidades, em Lisboa, em conjunto com o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
Segundo Machete, esta é uma "acção extraordinária de política externa executada em colaboração com o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)".
O ministro Paulo Macedo referiu que o laboratório móvel deve estar pronto a funcionar "no final de Janeiro".
Para Rui Machete, esta contribuição "tem por objectivo colmatar as dificuldades de diagnóstico da doença na Guiné-Bissau, dotando o país de um laboratório que irá permitir o acesso a informação de carácter epidemiológico, e dessa forma viabilizar uma resposta de grande importância às vertentes de prevenção e de combate a esta ameaça".
Machete esclareceu que Portugal, através do instituto Camões, e com o apoio do INFARMED e de empresas farmacêuticas, enviou recentemente mais de 20 toneladas de medicamentos para a Guiné-Bissau e que, "de igual forma, o Camões tem mantido uma estreita colaboração com a câmara municipal de Bissau, numa campanha de higienização das ruas da capital guineense".
O ministro referiu ainda que esta contribuição soma-se a outros envios de materiais de limpeza, saúde, medicamentos e outros tipos de ajudas já fornecidas para a prevenção do ébola na Guiné-Bissau.
"Ao nível multilateral, Portugal irá também contribuir, até ao final deste ano, com 200 mil euros para os esforços que estão a ser desenvolvidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate a esta doença", sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros, referindo que a ajuda vai ao encontro de um pedido das autoridades norte-americanas.
A epidemia de febre hemorrágica na África Ocidental já fez 6.841 mortos, num total de 18.464 casos identificados nos três países mais afectados, de acordo com a OMS.
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