Os resultados já apurados das eleições gerais de domingo na Guiné-Bissau são "bastante encorajadores" para o PAIGC e para o seu candidato presidencial José Mário Vaz, anunciou o partido em conferência de imprensa.
"Os resultados recebidos até este momento são bastante encorajadores para o PAIGC e para o seu candidato às presidenciais", anunciou o porta-voz do partido, João Bernardo Vieira numa conferência de imprensa pelas 23:30 de domingo em Bissau (mais uma hora em Portugal).
O encontro com os jornalistas marcado pouco depois do fecho das urnas para a sede do partido suscitou alguma surpresa junto da comunicação social local, mas o partido não adiantou mais pormenores sobre a contagem dos votos.
A lei guineense indica que só a Comissão Nacional de Eleições (CNE) pode divulgar resultados eleitorais e o presidente do organismo, Augusto Mendes, anunciou no domingo que os resultados definitivos podem só ser conhecidos no prazo de uma semana.
No entanto, as organizações partidárias estão a fazer as contas aos números apurados em cada mesa de voto.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) fala de resultados encorajadores com base no trabalho de "técnicos que continuam a receber os dados das diferentes assembleias de voto e a proceder ao seu devido tratamento", referiu o porta-voz.
João Bernardo Vieira escusou-se a adiantar mais detalhes, remetendo para as competências legais da CNE e apelou à calma e serenidade, pedindo aos militantes e simpatizantes que se abstenham de "grandes manifestações públicas até ao anúncio final dos resultados".
O presidente da CNE admitiu hoje que a participação nas eleições gerais de domingo terá sido a maior de sempre na história do país, com uma taxa de votação de 60 a 70%.
José Ramos-Horta, representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, fala mesmo de um valor de 80%.
As eleições legislativas e presidenciais foram as primeiras depois do golpe de estado de 12 de Abril de 2012 e decorreram de forma ordeira e normal, de acordo com as avaliações das missões de observadores em território guineense.
Lusa
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