Acabou com calorosas trocas de abraços, (alguns sorrisos forçados) entre os esgotados militantes, o atribulado e adiado vezes demais, mas o que deverá ficar na história política nacional, como dos mais importantes, e mais bem disputado dos Congressos do PAIGC, onde apesar de constrangimentos pontuais, diferente de todos os anteriores, prevaleceram valores pátrios, na consciência dos numerosos delegados, o que permitirá ao partido retornar às suas bases ideológicas. Sempre, e para sempre, será assim a necessidade da completa autonomia humana. Segue a dinâmica do seu eterno percurso, por vezes esbarrar-se no obtuso de certas mentes, mas acaba por as transportar para uma outra dimensão. Uma dimensão superior.
Testemunhado pela ímpar celebridade da sua obra, tudo o que Amílcar Lopes Cabral almejou, pode-se resumir ao alcance, do livre acesso de todos os povos do Mundo, à merecida felicidade. Nessa nobre empresa, pela qual dedicou vida e morte, ao benefício do seu povo, em primeiro lugar, para que outros, dos que sempre referiu como: os cada vez maiores militantes do grandioso partido, continuem a digna epopeia, no cumprimento do seu inteligentemente projectado programa maior. Falhamos todos ao longo dos anos, com evidentes consequências desastrosas agora, extensivas às próximas gerações. E como que por um milagre, alguns dos nossos melhores preparados, decidiram comprometer com a actividade política, e ao mais alto nível. Os conhecidos veteranos do PAIGC, depois de muitos erros por eles cometidos, embora numa fase de retirada imposição da natureza, souberam transformar os seus desconfortos em esforços, e escolheram, entre duas candidaturas fortes, cada uma à sua maneira, a que mais se mostrou angariar argumentos políticos e outros tantos válidos, para uma liderança prospera do, e no partido, assim como nas funções do mais que provável, futuro Primeiro-Ministro, deixando enfim, um rico legado, conforme antecipa essa contagiante onda de esperança, que o resultado do Congresso de Cacheu está a gerar, abrangendo quase todos os diferentes segmentos da nossa sociedade, o que também revelam os sinais de uma necessária mobilização consensual, para causas comuns, de que o país precisará, para que nos próximos tempos, consigamos, de facto, superar os recorrentes problemas. Mas o relançamento do que foi resultado de vários sacrifícios, e de conquistas corajosas, ainda mal começou. Importa então, e muito, ao PAIGC, no seu todo, para desta vez, pelo menos saldar, o essencial das dívidas, para com o seu nosso saudoso líder imortal, Engenheiro Amílcar Lopes Cabral, com maturidade, manter essa espontânea coesão partidária, e sentido patriótico, para também decidir de maneira assertiva, no momento da escolha de um candidato, ao lugar do próximo Presidente da República! Nem que a conjuntura venha a indicar uma escolha fora do partido, – o que delicadamente também anulará certos motivos para o reanimar das desgastantes guerrilhas internas – penso que deverá sacrificar o heróico orgulho pelas cores da sua bandeira, e perfilar de mastro erguido, em apoio a um dos poucos candidatos, com melhores competências, para o desempenho da mais alta magistratura.
Quase tudo indica que os já efectivados sucessivos golpes militares, passarão simplesmente a fazer parte dos registos menos prestigiantes da nossa história. Mas a democracia, como de todos os regimes políticos, o menos imperfeito, permite os denominados golpes palacianos, contra as quais, pouco ou nada, pode fazer alguma Comunidade Internacional. Até porque as várias irresponsabilidades políticas num passado recente, recomendam ao PAIGC, uma rápida recomposição abrangente, para a implementação duma reconciliação genuína, e só depois, entre todos os militantes, sem quaisquer excepções, escolherem um candidato, com reais potencialidades, ao lugar do próximo Presidente da Republica. Porque, se levados por entusiasmo, optarem por uma figura com destaque no partido, entretanto, sem projecção suficiente no conjunto da nossa sociedade, esse perderá nas urnas, e eu não ficarei espantado, se num possível cenário, ainda que seja esse, bastante remoto, o eventual Presidente da República, Koumba Yalá… Aliás, Nuno Nabian, para a solução de uma eventual crise política, resolver demitir o eventual, Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, para formar um governo de iniciativa presidencial, ao exemplo do que o jurássico, Manuel Pinto da Costa, fez em São Tomé e Príncipe, para num ajuste de contas, desalojar do poder o promissor, Patrice Trovoada, e voltar a expor esse país irmão, aos antigos e novos inconvenientes, que as notícias nos vão fazendo chegar.
Fonte : http://simintera.com/
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