A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau recebeu hoje das Nações Unidas um conjunto de primeiros materiais para a realização das eleições gerais, marcadas para 16 de março, mas que deverão ser adiadas para abril.
Um avião de carga aterrou no aeroporto internacional de Bissau com seis mil urnas, seis mil cabines de voto, seis mil frascos de tinta indelével e 108 mil selos para fechar as urnas eleitorais.
Os equipamentos foram entregues pelo coordenador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau, Gana Fofang, ao presidente da CNE, Augusto Mendes, na presença do primeiro-ministro guineense de transição, Rui de Barros.
Segundo Gana Fofang, os equipamentos foram comprados pelo PNUD através de um fundo disponibilizado pela União Europeia, Brasil, África do Sul, Nigéria, Turquia, Japão, Reino Unido e Nações Unidas.
O responsável da ONU assinalou que os equipamentos traduzem os "apoios inequívocos" da comunidade internacional para que as eleições gerais sejam realizadas na Guiné-Bissau.
O presidente da CNE guineense, Augusto Mendes enalteceu a ajuda da comunidade internacional para que as eleições possam ser uma realidade.
Embora o presidente de transição ainda não tenha divulgado o decreto presidencial que adia as eleições para o mês de abril, Augusto Mendes disse que o escrutínio terá lugar nesse mês.
"Hoje é um dia muito importante para a CNE, na medida em que estes materiais irão garantir a realização de eleições previstas para o mês de abril", afirmou Augusto Mendes.
Com a chegada ao país dos materiais hoje entregues à CNE, Augusto Mendes diz que, agora, só falta receber os boletins de voto que disse devem chegar "na devida altura".
Até o dia da votação os materiais hoje recebidos ficarão guardados nas instalações da CNE sob vigilância da polícia.
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