quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Presidente José Mário Vaz insta deputados a fiscalizarem acção governativa

Bissau - O Presidente José Mário Vaz instou ontem (terça-feira), em Bissau, os deputados a empenharem-se na fiscalização da acção governativa do país com o rigor que a lei lhes confere, como forma de moralizar o Estado, noticiou a Lusa.


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Num discurso pela ocasião de abertura do novo ano legislativo, que marca a primeira sessão ordinária do novo parlamento eleito em Maio passado, José Mário Vaz, pediu aos deputados para que cumpram e façam cumprir as leis do país na fiscalização da acção do executivo.  

"Não pretendo insinuar ou ensinar as funções de um deputado, apenas pretendo na minha qualidade de Presidente dar a minha contribuição no rigor que se pretende para o desenvolvimento do país", notou Mário Vaz, aplaudido ao longo do discurso pelos parlamentares. 

O Presidente guineense saudou a aprovação pelo parlamento do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2014 e o programa do Governo, de forma unânime, mas alertou que tal não poderá servir de "factor de inibição" da acção fiscalizadora dos deputados.

Para José Mário Vaz, o unanimismo demostrado pelos deputados na aprovação dos dois instrumentos de governação deve ser antes entendido como "um voto de confiança" no executivo mas também como "atribuição de responsabilidades" pelas necessidades de respostas rápidas aos anseios da população. 

"A confiança não exclui o controlo", frisou Mário Vaz, para quem o parlamento, ao exercer o dever de fiscalização, permite que se possa acompanhar os níveis de execução das metas governativas e identificar os elos mais fracos do Governo. 

A fiscalização governativa "é tao importante quanto o pão para boca" pelo que, salientou o presidente, de todos os órgãos de soberania, o parlamento "é aquele que tem mais responsabilidades" no futuro do país. 

Valendo-se da sua experiencia de antigo ministro das Finanças, José Mário Vaz alertou para a necessidade de os deputados seguirem a execução das políticas do Governo dentro do quadro orçamental, sem permitir as chamadas despesas não tituladas. 

"O princípio de prestação de contas, de justiça social e de transparência deve ser observado", disse Mário Vaz, sublinhando ser este o único caminho para "tirar a população da situação penosa" em que se encontra. 

"É chegada a hora de começarmos a andar com os nossos pés, porque os apoios da comunidade internacional não são eternos", observou José Mário Vaz que diz confiar no trabalho "que nunca enganou a ninguém" ao contrário da fantasia "que se paga cara".

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