segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Olusegun Obasanjo quer pacto de estabilidade na Guiné-Bissau

Ao felicitar-se com o epílogo da crise alcançado ontem com a nomeação de Carlos Correia como Primeiro-Ministro, o mediador da CEDEAO, Olusegun Obasanjo, propôs que os actores políticos do país adoptem um pacto de estabilidade de modo a evitar que a Guiné-Bissau torne a conhecer a instabilidade.
Olusegun Obasanjo, antigo presidente da Nigéria e mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
Enviado especial da CEDEAO para ajudar os guineenses na resolução do impasse político, Olusegun Obasanjo declarou-se feliz com o desfecho da crise, mas sobretudo pelo facto de a solução ter sido encontrada pelos próprios guineenses. Contudo, o ex-presidente da Nigéria, deixou um aviso: para que situações como aquela que o país vivenciou nas últimas semanas não voltem a acontecer, os líderes da Guiné-Bissau, partidos políticos e sociedade civil, deveriam assinar um pacto de estabilidade baseado nos princípios da cooperação, concertação e colaboração.

A nível dos partidos, o PAIGC e o PRS, as duas principais forças políticas do país, admitiram a pertinência desse pacto, esta proposta surgindo alguns dias depois dos líderes da CEDEAO terem proposto, no mesmo sentido, que se dê prioridade à adopção de uma revisão constitucional para evitar novos contenciosos.

Lembramos ainda que 35 dias depois de ter sido demitido o governo de Domingos Simões Pereira, a Guiné-Bissau voltou a ter um novo chefe do executivo, Carlos Correia, que foi empossado ontem pelo Presidente José Mário Vaz que considerou "existirem condições para trabalharem juntos". Também positiva foi a reacção da sociedade civil que se mostrou satisfeita com a resolução da crise na Guiné-Bissau.

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