Acra - A falta de documentos em língua portuguesa continua a prejudicar os países africanos lusófonos membros da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), nomeadamente a Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Esta foi a constatação de vários intérpretes da língua portuguesa no Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança Kofi Annan em Acra, no âmbito de formação sobre a Iniciativa de Prontidão para Catástrofes na África Ocidental, destinada a Guiné-Bissau.
Em declarações à imprensa, Lucien Ekoe Ayi, de nacionalidade togolesa e um dos intérpretes nesta acção de formação que ainda decorre em Acra, disse que esta lacuna prejudica muitas as delegações destes países presentes nos vários encontros internacionais organizados pela CEDEAO. “Isto prejudica muito, embora algumas pessoas que tiveram oportunidade de estudar fora conseguem falar um pouco francês ou inglês, mas é mesmo difícil”, disse.
Neste sentido Ekoe Ayi sublinhou que os documentos para estes tipos de encontros não são sempre traduzidos em português e por esse motivo os repensáveis técnicos dos países lusófonos não participam activamente nas discussões e consequentemente nas propostas nos documentos finais que são adoptados nas reuniões a nível dos estados membros da organização sub-regional.
Para Hope Bediako do Gana é necessário ter consciência desta situação, que continua afectar negativamente os países da expressão portuguesa membros da CEDEAO. “Eu tenho consciência deste problema, porque sem documentos em português e com falta de intérpretes não é possível traduzirmos os textos em português nos encontros dos estados membros da CEDEAO.
Segundo o antigo funcionário da Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS), onde desempenhava igualmente as funções do intérprete, com o tempo estão a ser descobertos talentos em português na CEDEAO realçando na OOAS já são traduzidos documentos para português.
Como forma de fazer avançar a língua no bloco regional Bediako disse que o Governo do seu país, através de Instituto de Língua do Gana, já instituiu que a partir deste ano lectivo 2015, a atribuição do prémio do melhor aluno de língua portuguesa em Acra. “Neste momento estamos a levar a cabo uma campanha a favor da língua portuguesa, pois já apresentamos um dicionário em português para que o melhor aluno seja premiado pelas autoridades do ensino superior do Gana”, disse.
Foi também neste sentido que o mesmo responsável disse acreditar que se tudo correr como previsto, daqui em frente esta situação pode ser ultrapassada, com cidadãos dos países anglófonos a se integrarem no processo de tradução de textos para português nas reuniões da CEDEAO.
Em declarações aos jornalistas Jide Falabi, de nacionalidade nigeriana, não poupou críticas às delegações dos países lusófonos presentes nos encontros da CEDEAO, que ao invés de utilizarem uma das línguas oficiais da organização o português, preferem usar o francês ou inglês deixando de lado os seus direitos enquanto Estados membros da organização. “Esta situação faz parte das dificuldades que os tradutores de português encontram nas reuniões da CEDEAO, porque quando chegamos lá, não encontramos documentos traduzidos em português”, disse.
Falabi considerou também que o mais grave é que no final de trabalhos as delegações lusófonas voltam para os países de origem sem documentos traduzidos em português, colocando em causa os ganhos que um dos países devia beneficiar.
Em declarações à imprensa, Lucien Ekoe Ayi, de nacionalidade togolesa e um dos intérpretes nesta acção de formação que ainda decorre em Acra, disse que esta lacuna prejudica muitas as delegações destes países presentes nos vários encontros internacionais organizados pela CEDEAO. “Isto prejudica muito, embora algumas pessoas que tiveram oportunidade de estudar fora conseguem falar um pouco francês ou inglês, mas é mesmo difícil”, disse.
Neste sentido Ekoe Ayi sublinhou que os documentos para estes tipos de encontros não são sempre traduzidos em português e por esse motivo os repensáveis técnicos dos países lusófonos não participam activamente nas discussões e consequentemente nas propostas nos documentos finais que são adoptados nas reuniões a nível dos estados membros da organização sub-regional.
Para Hope Bediako do Gana é necessário ter consciência desta situação, que continua afectar negativamente os países da expressão portuguesa membros da CEDEAO. “Eu tenho consciência deste problema, porque sem documentos em português e com falta de intérpretes não é possível traduzirmos os textos em português nos encontros dos estados membros da CEDEAO.
Segundo o antigo funcionário da Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS), onde desempenhava igualmente as funções do intérprete, com o tempo estão a ser descobertos talentos em português na CEDEAO realçando na OOAS já são traduzidos documentos para português.
Como forma de fazer avançar a língua no bloco regional Bediako disse que o Governo do seu país, através de Instituto de Língua do Gana, já instituiu que a partir deste ano lectivo 2015, a atribuição do prémio do melhor aluno de língua portuguesa em Acra. “Neste momento estamos a levar a cabo uma campanha a favor da língua portuguesa, pois já apresentamos um dicionário em português para que o melhor aluno seja premiado pelas autoridades do ensino superior do Gana”, disse.
Foi também neste sentido que o mesmo responsável disse acreditar que se tudo correr como previsto, daqui em frente esta situação pode ser ultrapassada, com cidadãos dos países anglófonos a se integrarem no processo de tradução de textos para português nas reuniões da CEDEAO.
Em declarações aos jornalistas Jide Falabi, de nacionalidade nigeriana, não poupou críticas às delegações dos países lusófonos presentes nos encontros da CEDEAO, que ao invés de utilizarem uma das línguas oficiais da organização o português, preferem usar o francês ou inglês deixando de lado os seus direitos enquanto Estados membros da organização. “Esta situação faz parte das dificuldades que os tradutores de português encontram nas reuniões da CEDEAO, porque quando chegamos lá, não encontramos documentos traduzidos em português”, disse.
Falabi considerou também que o mais grave é que no final de trabalhos as delegações lusófonas voltam para os países de origem sem documentos traduzidos em português, colocando em causa os ganhos que um dos países devia beneficiar.
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