O Governo guineense anunciou a criação de uma companhia de bandeira do país designada Air Guiné-Bissau num consórcio com o grupo romeno Tender que disponibilizará os aviões.
O secretário de Estado guineense para o setor dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira, apresentou a nova companhia numa unidade hoteleira da capital e referiu que o grupo português Euroatlantic poderá vir a juntar-se ao consórcio.
A Air Guiné-Bissau terá dois aviões, a serem disponibilizados pela Tender até final deste ano, e ligações de Bissau para o Senegal, Cabo Verde, Portugal e França.
Está previsto que um ano depois haja também ligações de Bissau para o Brasil, indicou o secretário de Estado dos Transportes e Comunicações.
De acordo com Bernardo Vieira, a companhia portuguesa Euroatlantic, que faz ligações diretas entre Bissau e Lisboa, pediu tempo para analisar “alguns pontos” do protocolo de acordo para criação da Air Guiné-Bissau.
Para já, a companhia de bandeira da Guiné-Bissau será detida em 40% pelo Estado guineense e em 60% pelo grupo Tender.
João Bernardo Vieira afirmou que a criação da companhia de aviação civil “vai ao encontro das necessidades dos guineenses” em resposta aos desafios do país.
O secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, que em fevereiro classificou a criação da companhia nacional como um desafio pessoal, salientou “o clima de entendimento” registado nas negociações tripartidas (Governo, grupo Tender e Euroatlantic) que decorrem desde quarta-feira em Bissau para augurar “um bom futuro” para a Air Guiné-Bissau.
As três partes devem voltar a encontrar-se nas próximas semanas em Bucareste (Roménia) e em Lisboa, momento em que João Bernardo Vieira espera obter uma posição final do grupo português.
Nos anos 1990, chegaram a ser criados os Transportes Aéreos da Guiné-Bissau, mas a companhia acabaria por falir.
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