A concessão de crédito à economia na Guiné-Bissau desde o início do ano tem estado a registar uma contracção que até Outubro se situava em 3,6% quando comparada com o período homólogo de 2014, disse terça-feira em Bissau o ministro da Economia e Finanças.
O ministro Geraldo Martins afirmou em comunicado que os quatro bancos comerciais a operar no país – Banco da África Ocidental, Banco da União, Ecobank e Orabank – “estão sentados em cima de muita liquidez mas não estão a emprestar dinheiro.”
Questionando-se sobre o porquê da situação, o ministro concedeu que parte da explicação deverá estar associada à limpeza dos balanços, atendendo a que em 2014 o crédito malparado – créditos vencidos a mais de 90 dias – representava cerca de 30% da carteira de crédito dos bancos comerciais.
Para resolver o problema, alguns bancos tiveram de accionar todos os instrumentos à sua disposição, desde a execução de garantias reais até à constituição de provisões, o que fez reduzir a capacidade para conceder crédito.
Um outro factor frisado pelo ministro da Economia e Finanças tem a ver com a análise de risco que os bancos fazem no momento de conceder créditos, havendo uma diminuição em alturas de instabilidade política.
O ministro elogiou a camada da população de menores recursos por ser aquela que mais honra os seus compromissos, “factor que encoraja o governo a prosseguir com o programa de concessão de microcrédito às actividades geradoras de rendimento.”
O governo da Guiné-Bissau concedeu há dias um microcrédito de 147 milhões de francos CFA (249 mil dólares) a seis organizações que apoiam as actividades agrícolas geradoras de rendimento na região de Cacheu, no norte do país.
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