Na ONU, premiê guineense promete combate a narcotráfico
Bissau, 27 set (Lusa) - O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, disse, no sábado, na ONU, que o tráfico de drogas ampliou as crises cíclicas vividas no país e que está determinado em combater o crime organizado.
"Há que reconhecer que as razões das crises cíclicas que ocorrem no nosso país não têm apenas origem interna. Fatores como o crime transnacional organizado, o tráfico de droga, em particular, têm contribuído para exacerbar a situação da Guiné-Bissau", afirmou o chefe do governo guineense na assembleia geral da ONU.
"Aproveitando as carências em matéria de controlo nas fronteiras marítimas e terrestres, da nossa administração, cuja implementação em determinadas regiões é débil, os narcotraficantes conseguiram introduzir-se no nosso país a coberto do apoio de pessoas influentes do aparelho do Estado", explicou Carlos Gomes Júnior.
"O meu governo está empenhado na disponibilidade de analisar a participação (…) em forças estrangeiras de missão conjunta de fiscalização das nossas fronteiras marítimas e terrestres, assim como do nosso espaço aéreo para erradicar o crime organizado e todos os tráficos ilícitos de armas, drogas e pessoas a partir ou com passagem pelo território da Guiné-Bissau", disse.
No discurso, de 14 minutos, o primeiro-ministro guineense declarou que vai "fazer de tudo para colocar a Guiné-Bissau no caminho da paz, da reconciliação nacional e desenvolvimento".
Carlos Gomes Júnior pediu também à comunidade internacional para acreditar na determinação do país em acabar com as crises cíclicas e caminhar para o desenvolvimento econômico.
Durante o discurso, o premiê guineense agradeceu também todo o apoio que o país tem recebido da comunidade internacional.
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