Um relatório do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, sobre a Guiné-Bissau, alerta que a relação entre o presidente guineense, José Mário Vaz, e o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, é «essencial» e tem alguns desafios pela frente.
«Uma relação construtiva entre o presidente, o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia Nacional continuará a ser essencial enquanto se levam por diante as reformas necessárias», refere o relatório, que será discutido no próximo dia 5 de fevereiro pelo Conselho de Segurança da ONU.
O documento alerta que o «potencial de recuo para a instabilidade e inconstitucionalidade permanecerá alto enquanto as causas de raiz continuarem por resolver».
Ainda assim, a ONU sublinha que o «governo mostrou uma forte vontade política e, fazendo-o, já encontra alguns sinais de resistência».
O «recuo no consenso político dentro do governo» é uma das maiores ameaças.
O relatório foi divulgado depois das notícias que davam conta de um mal-estar entre o presidente e o primeiro-ministro guineenses.
Esta semana, Domingos Simões pereira admitiu a «falta de alguma concertação».
«É preciso compreender que a Guiné-Bissau está a sair de uma situação terrivelmente difícil, há muitos interesses em presença, os partidos políticos estão numa recomposição interna, o jogo político não está totalmente clarificado e compreendo que tudo isso não é muito fácil para o presidente, nem para mim. Mas acredito que vamos conseguir um consenso», disse.
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