A Federação de Futebol da Guiné-Bissau tem os computadores e um gerador elétrico penhorados por uma alegada dívida a um antigo dirigente da Liga de Clubes, disse à Lusa fonte judicial.
Segundo a fonte, o Tribunal de Trabalho de Bissau deu provimento a um pedido de penhora feita por Idrissa Baio, antigo secretário-geral da Liga de Clubes de Futebol, o qual reclama uma divida de três milhões de francos CFA (cerca de 4.500 euros).
O vice-presidente da Federação, Joãozinho Mendes, admitiu a existência da dívida, mas lembrou que não foi a sua instituição que a contraiu com Idrissa Baio, mas sim a Liga dos Clubes de Futebol, embora a federação a tenha assumido.
"Havia um contrato-programa entre a Federação e a Liga, mas quando a nossa direção assumiu a federação, o contrato foi dado por findo e nessa altura existia essa divida", explicou Joãozinho Mendes.
O ex-secretário-geral exigiu ainda à Liga que pagasse a divida, mas a instituição alegou falta de verbas e remeteu para a Federação a sua quitação, disse Joãozinho Mendes, salientando que parte desse valor já foi entregue a Idrissa Baio.
Ficou acordado que o resto do dinheiro, cerca de dois milhões de francos CFA (cerca de três mil euros), seriam pagos de forma faseada, compromisso que a Federação não tem cumprido, reconheceu Mendes.
Mesmo assim, aquele responsável diz não entender o recurso à justiça, nem o facto de no mesmo dia ter sido solicitada a penhora e obtido o deferimento do juiz.
"O mais estranho ainda foi o facto de uma simples penhora, sem remoção, ter sido feita com cobertura mediática e tudo", disse Joãozinho Mendes, frisando que o ex-secretário-geral da Liga de Clubes "está a ser instrumentalizado por alguém", que não especificou.
Por seu lado, Idrissa Baio disse ter recorrido à justiça por se sentir "cansado de tanto incumprimento" por parte da Federação.
MB // NFO
Lusa
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