quinta-feira, 8 de outubro de 2015

É IMPERATIVO E URGENTE ACORDARMOS DA LETARGIA (Diz Domingos Simões Pereira)

O ex-primeiro-ministro falou à imprensa, à saída de uma reunião mantida com os embaixadores e representantes das organizações internacionais acreditados no país. O encontro visou informar os diplomatas sobre a atual situação política da Guiné-Bissau.





Segundo Domingos Simões Pereira, referindo-se à presidência da República, “a mesma entidade que evocou a corrupção e o nepotismo para justificar a decisão de demissão do governo, quando foi convidado pela comissão parlamentar do inquérito a apresentar provas e evidências materiais da sua suspensão e acusação, no entanto resolveu pedir à comissão que o elucide quando e em que passagem teria dito isso”.
“Nesta saga de justificação e de fuga para frente explora-se agora a possibilidade de envolver as forças da defesa e de segurança no imbróglio recorrendo a situação de regresso ao país de Contra-Almirante José Zamora Induta. Como é que um processo julgado e sentenciado e cujos culpados materiais foram objeto de indulto pronunciado por Presidente da República, muito deles recuperados para altas missões de Estado, hoje, serve para novas acusações e tentativa do envolvimento dos políticos alvos com ameaças de aprisionamento e quiçá mesmo de eliminação física”? Questionou o líder do partido libertador.
O político afirma que é “imperativo e urgente acordarmos da letargia” para estancar esta deriva que se se mantiver, será fatal para afirmação do Estado de Direito Democrático de todas ambições”.
Pereira revelou, por outro lado, que não foi possível o entendimento com o Partido da Renovação Social (PRS) que detém a segunda maior força política do parlamento e mesmo depois de várias rondas negociais e das promessas e compromissos que o seu partido assumiu, nomeadamente atribuição de oito pastas ministeriais, a identificação e a liberdade de escolha de titulares para estes sectores bem como a despenalização dos elementos que entraram para o “governo inconstitucional e ilegal”.
O presidente do PAIGC apelou os guineenses a estarem cientes dos “riscos” que o país incorre.
“No espaço da convivência democrática as pessoas reagem na base das leis e contribuem para o reforço das instituições. Quando nós não somos capazes para o fazer nós fragilizamos essas instituições e criamos condições para que o cão se instale no país. PAIGC está preparado para assumir a nossa responsabilidade, mas estamos determinados a responsabilizar quem não cumprir a sua missão histórica”, advertiu o político.

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