Aprovado investimento de 16,7 milhões para melhorar rede elétricaO Banco Africano para o Desenvolvimento (BAfD) aprovou um financiamento de 16,7 milhões de euros para melhorar a distribuição de eletricidade na capital da Guiné-Bissau, anunciou hoje a instituição em comunicado.Lusa
A decisão foi tomada na quarta-feira e inclui um empréstimo no valor de 9 milhões de euros e uma doação do restante valor de 7,7 milhões.O financiamento prevê a reabilitação das instalações de 31.000 clientes, ligações para 10.500 novos utilizadores e melhorias na gestão comercial e boa governação da empresa pública de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), refere o comunicado do BAD.O Programa de Melhoria do Fornecimento de Eletricidade à Cidade de Bissau tem um prazo de execução de três anos com o objetivo de "reduzir o número de cortes de energia diários de 22 para menos de dois", refere o BAD.
Ao mesmo tempo, pretende-se reduzir as taxas de perda comercial e técnica de 47% para 20%
"Só 20% dos residentes na capital têm acesso a eletricidade" e quem receber energia está ligado a uma rede "fraca", em que "metade da eletricidade produzida se perde devido a infraestruturas obsoletas e ligações ilegais" e com "apagões por mais de 20 horas nalgumas zonas devido a excesso de carga", descreveu o BAD.
Por outro lado, "receitas insuficientes e dificuldades financeiras tornam difícil à EAGB gerir e fazer a manutenção da rede", referiu ainda a nota do BAD.
Alex Rugamba, diretor para a área de Energia, Ambiente e Mudanças Climáticas, citado no documento, destacou o facto de a rede elétrica de Bissau ser suportada "por um gerador reparado e por outros alugados para haver 10 megawatts de capacidade, um terço do que a capital precisa".
"O programa vai permitir aos clientes da EAGB desenvolverem as suas atividades, nomeadamente as que geram receitas", acrescentou.Ao mesmo tempo, são esperadas melhorias no abastecimento de água, nos serviços de âmbito social e na iluminação pública
O programa é também financiado pelo Banco Europeu de Investimento e pelo Governo da Guiné-Bissau.
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