Num país em que há famílias a viver com menos de 15 euros por mês, José Mário Vaz prefere não gastar dinheiro em eleições
O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu o governo de Carlos Correia, mas decidiu não optar por novas eleições, intimando o partido maioritário, o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), a nomear um novo primeiro-ministro.
Apesar de já terem passado sete meses desde que Carlos Correia tomou posse, em outubro do ano passado, o executivo continuava sem conseguir fazer aprovar no parlamento nem o programa do governo nem o Orçamento do Estado. "É constrangedor ver o governo a falar em voz baixa nos fóruns internacionais porque não tem legitimidade plena. Não é mais sustentável permitir que o governo continue a contrair dívidas, realizar despesas e emitir títulos de tesouro", afirmou o presidente na mensagem que ontem dirigiu ao país.
Perante este cenário, Vaz decidiu que era chegada a hora de "as lideranças partidárias revelarem maturidade e ultrapassarem as miudezas institucionais que estão a empatar a saída da crise" e passou para o PAIGC a "responsabilidade de apresentar uma solução governativa".
O presidente da República justificou a não realização de eleições pela falta de dinheiro para custear o ato eleitoral: "Decorridos apenas dois anos desde que a comunidade internacional nos pagou, com o dinheiro dos seus contribuintes, a realização de eleições, não seria dignificante voltarmos a estender a mão." Ao referir a questão financeira, José Mário Vaz relembrou que na Guiné-Bissau "há famílias inteiras que se alimentam com menos de 10 mil francos CFA [15,2 euros] por mês."
Esta é a segunda vez desde que tomou posse, em junho de 2014, que José Mário Vaz, eleito com o apoio do mesmo PAIGC, demite um primeiro-ministro do seu partido. O primeiro a sair, em agosto de 2015, foi Domingos Simões Pereira, que havia sido eleito em abril de 2014.
Num comunicado divulgado ontem à tarde, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português lamenta a situação guineense e sublinha que "a ausência de estabilidade política suscita dúvidas sobre a exequibilidade dos projetos de cooperação, bem como sobre a prossecução das reformas necessárias ao país há muito reconhecidas pela comunidade internacional".
Páginas
- Página inicial
- Vaza Jato aqui primeiro
- Canal Livre OPINIÃO
- Documentos a luta pela Independência da GUINÉ-BISSAU
- Arquipélago dos Bijagós (VIDEOS)
- Videos PALOP
- Musicas da Guiné Bissau (Videos)
- Videos Atualidades
- Turismo (As potencialidades) perdidas
- FORMULÁRIO DE CONTACTO (OPINIÕES)
- História e Demografia da Guiné-Bissau
- CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE GUINÉ-BISSAU
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Presidente JOMAV volta a demitir governo "Num país em que há famílias a viver com menos de 15 euros por mês, José Mário Vaz prefere não gastar dinheiro em eleições" Senhor Presidente, não demitia o Governo que tem apoio no parlamento, isto é DITADURA!!!!!! já agora que tipo de Governo pretende? será de certeza um Governo que só faça o que o senhor quer, mas este GOLPE não vai passar!!!!!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário