domingo, 15 de novembro de 2009

Angola disponível para apoiar a Guiné-Bissau


Angop
Bissau – O embaixador angolano na Guiné-Bissau, Brito Sozinho, manifestou a disponibilidade de Angola continuar a apoiar aquele país nos seus esforços em busca da estabilidade e confiança políticas, retoma da sua economia e satisfação das principais necessidades das suas populações.
Discursando sexta-feira numa recepção oficial, na presença do primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, e centenas de convidados, Brito Sozinho reconheceu que as relações entre os dois países são excelentes, fortes e perenes, baseadas em laços históricos e de irmandade indestrutíveis.
O representante diplomático angolano em Bissau revelou que as autoridades dos dois países trabalham na busca de soluções para Angola ajudar o Orçamento do Estado da Guiné-Bissau, facilitar a abertura de uma linha de crédito para apoio e fomento à actividade empresarial guineense, assim como nos sectores da defesa e segurança, entre outros.
Prognosticou que o futuro das relações entre os dois países é promissor, e manifestou-se esperançado de que os guineenses saberão superar os seus actuais problemas, fazendo da Guiné-Bissau um país de orgulho e referência em todos os quadrantes.
Sobre Angola, destacou o momento de grande expectativa que se vive com o debate dos três projectos de Constituição, envolvendo actores políticos, sociedade civil, associações e organizações comunitárias e profissionais e igrejas, reflexo do engajamento, patriotismo e sentido de cidadania dos angolanos.
Recordou outros grandes desafios de Angola, como a consolidação da paz, democracia e reconciliação nacional, combate à pobreza e um crescimento económico sustentável.
Relativamente à expulsão de emigrantes ilegais, Brito Sozinho salientou ser falso que Angola “não goste de estrangeiros no seu país”, acrescentando que as autoridades angolanas apenas têm repatriado cidadãos que entram e permanecem ilegalmente no país, dedicando-se a actividades ilícitas, além de perturbarem a lei e a ordem pública.
Disse que o repatriamento tem sido feito respeitando as leis vigentes em Angola, a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos e a Declaração Universal dos Direitos do Homem, tendo reafirmado que o relacionamento com os países limítrofes e outros se baseia nos princípios do respeito pela soberania e integridade territorial, não – ingerência nos assuntos internos de cada Estado, intangibilidade das fronteiras herdadas da era colonial e igualdade e coexistência pacifica entre os estados.
Sobre o desenvolvimento de Angola, salientou que os esforços de reconstrução são enormes, com a reabilitação e construção de milhares de quilómetros de estradas e caminhos de ferro, centenas de unidades escolares, de todos os níveis de ensino, de unidades hospitalares, centros e postos de saúde, edifícios administrativos, recintos desportivos, dezenas de aeroportos, milhares de casas sociais, entre outras.
Por sua vez, o primeiro-ministro guineense assegurou que a cooperação bilateral desenvolvida pelos dois países será um “exemplo de cooperação sul-sul”, como é desejo do presidente José Eduardo dos santos.
Reconheceu que Angola tem dados passos seguros e firmes na consolidação e aprofundamento da sua democracia, na formação das suas forças armadas integradas, e nas tarefas de reconstrução e construção de infra-estruturas, visando a satisfação das necessidades das suas populações.
A recepção foi animada com a actuação da banda musical guineense "Mama Djombo", tendo assistido a mesma embaixadores e representantes de organizações internacionais, autoridades religiosas, deputados, comunidade angolana residente em Bissau, entre outros.

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