quarta-feira, 29 de abril de 2015

Tribunal da Guiné-Bissau realiza audiências debaixo de uma árvore, denunciam juízes

Resultado de imagem para mangueira na GuinéO tribunal do setor de Buba, no sul da Guiné-Bissau, depara-se com dificuldades, ao ponto de as audiências de julgamento serem realizadas debaixo de uma árvore, denunciou hoje a presidente da Associação de Juízes, Noémia Gomes.

Aquela responsável falava à Lusa no final de uma série de visitas aos tribunais do país, tanto no interior como na capital, Bissau.

Dos trinta e oito tribunais de primeira instância que deviam estar em funcionamento só seis estão abertos e com juízes, lamentou Noémia Gomes.

O caso "mais grave" é o do tribunal setorial de Buba, que cobre grande parte da província sul da Guiné-Bissau, onde, por falta de condições do edifício, "as audiências são feitas debaixo de uma mangueira", contou a presidente da Asmagui.

A responsável sindical frisa que o tribunal em questão foi recentemente reabilitado, mas, mesmo assim, não oferece condições de trabalho, nem tem gabinetes suficientes.

Os profissionais lidam ainda com os incómodos provocados pela população que vive ao redor do edifício.

Nos outros tribunais, Noémia Gomes disse ter constatado "situações inadmissíveis", nomeadamente, terceiros a fazerem as notificações, edifícios em avançado estado de degradação, falta de condições de trabalho ou um juiz a cobrir cinco tribunais.

Em Bissau, apenas a Vara Crime do Tribunal Regional tem polícias à porta, como manda a lei, o que já não acontece com os tribunais do interior, onde não há nenhum agente de segurança.

"Nalguns tribunais nem fechaduras vimos nas portas", sublinhou Noémia Gomes.

A presidente da Asmagui lamenta ainda que quase todos os tribunais estejam a funcionar em edifícios arrendados, sem rendas em dia "há muitos meses ou anos", frisou.

Noémia Gomes defendeu ser urgente que o Governo pague as rendas aos senhorios porque, alega, aqueles "passam a vida a incomodar os juízes" para reclamarem o pagamento.

"Não é dignificante que um tribunal que julga e condena por falta de pagamento de rendas esteja em falta: que moral é que terá, se não paga as rendas aos donos das casas onde funciona", questionou Gomes.

A presidente da Asmagui vai produzir um relatório sobre o que viu nos tribunais do país e entregar o documento ao primeiro-ministro, Presidente da República e ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

MB // EL

Lusa

Guiné-Bissau quer Yanick Djaló para atacar apuramento ao CAN2017

Yanick Djaló nasceu em Bissau, mas aos seis anos mudou-se com os pais para Portugal, onde representou as seleções jovens, tendo sido internacional AA duas vezes.
Yannick Djaló
A Federação de Futebol da Guiné-Bissau vai sensibilizar o futebolista Yanick Djaló para que jogue pela seleção do país no apuramento para a fase final da Taça das Nações Africanas, disse hoje à Lusa um dirigente do organismo.

Carlos Teixeira, vice-presidente da Federação guineense responsável pelas seleções, referiu que a Guiné-Bissau "quer ter os seus melhores jogadores", num lote em que, afirmou, está incluído Yanick Djaló, de 28 anos.

O responsável federativo lembrou que, no passado, Djaló "não representou a seleção da Guiné-Bissau por um triz" na sequência de várias abordagens ao jogador, que sempre se mostrou aberto a essa possibilidade.

"A esperança é a ultima coisa a morrer", acrescentou Carlos Teixeira, ao referir-se às diligências a serem feitas pelos responsáveis da Federação para ter Yanick Djaló e outros futebolistas nascidos no país ou filhos de pais guineenses na seleção do país.

Yanick Djaló nasceu em Bissau, mas aos seis anos mudou-se com os pais para Portugal, onde representou as seleções jovens, tendo sido internacional AA duas vezes.

A Guiné-Bissau está inserida no grupo E das eliminatórias para a fase final da Taça das Nações Africadas de 2017, a ser disputada no Gabão, defrontando Congo, Quénia e Zâmbia.

Na segunda-feira, o Governo recebeu da Federação guineense um orçamento dos trabalhos da seleção orientada pelo técnico Paulo Torres, antigo jogador internacional português.

O vice-presidente da Federação garantiu ter ficado dissipada a dúvida sobre a participação da Guiné-Bissau nas eliminatórias, graças ao "compromisso do Governo" em suportar as despesas.

A Guiné-Bissau "vai tudo fazer" para estar pela primeira vez numa fase final da Taça das Nações Africanas em futebol, frisou Carlos Teixeira, ainda que tenha em conta as dificuldades financeiras do país.

A seleção da Guiné-Bissau subiu 53 lugares no último ano no ranking da FIFA, da 184.ª posição para a 131.ª.

Tesouro americano apoia Guiné-Bissau na melhoria do seu sistema fiscal a partir do segundo semestre de 2015

Bissau – O ministro da Economia e Fianças, Geraldo Martins, anunciou que a partir do segundo semestre de 2015 o Tesouro do Governo dos EUA vai começar a dar o seu apoio à Guiné-Bissau no que diz respeito à melhoria do sistema fiscal nacional.

«Através do Fundo Monetário Internacional tivemos oportunidade de conversar com Tesouro americano, que a partir de segundo semestre deste ano o Governo americano vai começar a dar apoio à Guiné-Bissau na melhoria do seu sistema fiscal, sobretudo através da Direcção-geral de Contribuições e Impostos», revelou Geraldo Martins.

Em declarações depois da sua viagem de trabalho que realizou a Washington, o Chefe máximo da pasta da economia e finanças da Guiné-Bissau referiu também que além do apoio anunciado pelo Banco Mundial durante a Mesa Redonda de Bruxelas, esta instituição financeira internacional irá financiar a construção do cabo submarino nos próximos dois anos, de forma a dotar o país de um sistema de comunicação com maior performance.

Neste sentido, Geraldo Martins disse que o Governo da Guiné-Bissau já obteve um acordo com o Banco Mundial, cuja uma delegação deve chegar ao país a 9 de Maio, tendo sublinhado que conseguiu adicionar outros fundos através deste acordo.

«O Banco Mundial acaba de criar um fundo intitulado fundo dos países frágeis, do qual a Guiné-Bissau vai ser o primeiro país a beneficiar, numa soma estimada em cerca de 60 milhões de dólares americanos», anunciou Martins.

De salientar que o ministro das Finanças deixa Bissau esta segunda-feira, 27 de Abril, com destino a São Tome e Príncipe, onde participará em mais uma reunião de trabalho com parceiros financeiros da Guiné-Bissau.

Sporting vence Bolama e mantém-se na liderança na Guiné-Bissau

O Sporting continua a partilhar a liderança do campeonato com o Benfica, ambos com 30 pontos.
Futebol
O Sporting da Guiné-Bissau bateu hoje a equipa de Bolama, por 3-0, num dos dois jogos que fecharam a 14.ª jornada do campeonato da primeira divisão de futebol guineense.

Com estes resultados, o Sporting continua a partilhar a liderança do campeonato com o Benfica, ambos com 30 pontos, embora as ‘águias’ estejam em vantagem por terem mais golos marcados (44 contra 16).

O Estrela Negra de Bolama fica cada vez mais isolado no último lugar, com apenas seis pontos.

No outro jogo de hoje, a formação de Bula, campeã em título, empatou com a equipa da ilha de Bubaque a um golo, seguindo na oitava posição, com 21 pontos.

Resultados da 14.ª jornada

Estrela Negra de Bissau - Balantas de Mansoa, 1-1

Benfica - UDIB, 5-0

Lagartos de Bambadinca - São Domingos, 2-1

Canchungo - Bafatá, 0-1

Portos de Bissau - Cavalos Brancos de Cuntum, 1-0

Bula - Bubaque Bijagós, 1-1

Sporting - Bolama, 3-0

Classificação


1. Benfica, 30

2. Sporting, 30

3. Lagartos de Bambadinca, 24

4. Sporting de Bafatá, 23

5. São Domingos, 22

6. Balantas de Mansoa, 22

7. UDIB, 21

8. Bula, 21

9. Canchungo, 19

10. Bubaque Bijagós, 14

11. Portos de Bissau, 13

12. Estrela Negra de Bissau, 13

13. Cuntum, 11

14. Bolama, 6

Professores contratados boicotam aulas nas escolas públicas da Guiné-Bissau

Os professores contratados para as escolas públicas da Guiné-Bissau iniciaram hoje um boicote às aulas por tempo indeterminado para reclamarem o pagamento de seis meses de salários, disse um porta-voz da classe, Silvério Kletche.

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Em declarações à Lusa, Kletche informou que o boicote vem na sequência das "sucessivas promessas de pagamento de salários, não cumpridas" por parte do ministro das Finanças, Geraldo Martins.

A divida em causa, segundo o ministro das Finanças guineense, é relativa ao ano de 2013 (ainda durante o período pós-golpe de Estado e antes de o atual Governo ser eleito) e ascende a mil milhões de francos CFA (1,5 milhões de euros).

Geraldo Martins prometeu a 10 de abril liquidar a dívida com os professores em duas prestações, sendo a primeira, de 500 milhões de francos CFA, entregue ainda durante o mês de abril e a segunda antes do final de maio.

Devido à insuficiência de professores nas escolas públicas, o Governo tem vindo a contratar novos quadros para o sistema, os quais submete a procedimentos administrativos antes de serem inscritos nas folhas do pagamento regular - um processo que chega a levar anos até ser concluído.

O porta-voz dos professores em boicote disse que Geraldo Martins tinha feito a mesma promessa em 2014.

"O ministro foi para a imprensa em finais do mês de setembro e prometeu que no prazo de 90 dias ia pagar a dívida e não foi o caso", observou Silvério Kletche.

Depois, antes do final de dezembro, remeteu os pagamentos para logo a seguir à mesa redonda com os doadores, realizada em março.

O porta-voz dos professores em boicote afirmou que o movimento "não tem qualquer fim político", apenas "visa fazer o ministro cumprir as suas promessas".

Silvério Kletche notou que o boicote às aulas deverá durar "até ao dia em que for paga a totalidade da dívida", situação que, admitiu, irá causar "transtornos aos alunos".

O porta-voz dos professores adiantou que o boicote "já está a ter frutos" na medida em que "várias escolas fecharam as portas", assinalou.

A Lusa confirmou que o Liceu Nacional Kwame Nkrumah, o principal do país, esteve paralisado durante toda manhã.

MB // EL

Lusa

Novo disco da cantora da Guiné-Bissau... Karyna Silva Gomes foi apresentado ao vivo e com transmissão na RDP África [RTP]] !

Novo disco da cantora da Guiné-Bissau Karyna Gomes!

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Posted by RDP África [RTP] on Quinta-feira, 16 de Outubro de 2014

Fábrica de transformação de manga e tomate entra em funcionamento em Junho na Guiné-Bissau

Uma fábrica para a transformação de manga e tomate em compota e pasta deverá iniciar a laboração em Junho próximo na Guiné-Bissau, garantiu Malam Djudju Mané, o director indicado pelo governo guineense para gerir a unidade.
Chefe-do-Governo-Domingos-Simões-Pereira-visita-fábrica-de-mangas-e-tomate
Chefe do Governo Domingos Simões Pereira visita fábrica de mangas e tomate
As obras de construção da fábrica, que ocupa uma área de 1 hectare e se situa na localidade de Safim, a 15 quilómetros de Bissau, foram financiadas por uma linha de crédito de uma instituição bancária da Índia.

Malam Djudju Mané disse que a fábrica, a ser construída por uma empresa indiana, terá capacidade para produzir diariamente 3 mil toneladas de pasta de tomate e oito toneladas de compota de manga.

O primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, que este fim-de-semana visitou as obras de construção da fábrica, disse que a linha de crédito aberta pela instituição bancária indiana tem um prazo de amortização de 25 anos.

Paz na Guiné-Bissau atrai investidores alemães

canstock25301266Empresários da Alemanha estão interessados em investir na agricultura, pescas e materiais de construção na Guiné-Bissau, disse o embaixador da Alemanha no final de uma audiência concedida pelo Presidente da República, José Mário Vaz.

Bernard Kapman disse ainda que alguns agentes económicos alemães sentem-se encorajados pelo ambiente político e económico tranquilo que se observa actualmente na Guiné-Bissau e anunciou que brevemente poderá ter lugar uma missão empresarial a Bissau para estabelecer contactos e identificar eventuais projectos nos quais poderão aplicar capital.

“Todos sabem que os alemães possuem capitais suficientes para investirem na Guiné-Bissau. Portanto, como uma das minhas tarefas, vou ajudar na mobilização de empresários alemãs para virem aplicar os seus fundos aqui”, prometeu o diplomata germânico.

Revelou que durante a audiência o Presidente da República manifestou a sua preferência pela agricultura como área que necessita de investimento urgente, opinião que Bernard Kapman diz partilhar.

Bernard Kampman expressou a confiança das autoridades alemãs no governo guineense pelo facto de “no primeiro ano de sua governação estar a realizar com determinação muitos projectos.” (Macauhub/GW)

Preço do caju em alta, mas ainda há muitos pomares sem fruto na Guiné-Bissau

 Bissau, 26 abr (Lusa) - O preço do caju está em alta em todo o mundo, mas ainda há muitos pomares sem fruto na Guiné-Bissau, numa altura em que os produtores já deviam estar a encher camiões para exportação.
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Tal como noutros anos, "deviam estar a entrar em Bissau os primeiros camiões com carregamentos a sério", mas basta circular fora da capital "para ver que há pomares sem fruto", descreve Henrique Mendes, presidente da Agência Nacional do Caju (ANCA) da Guiné-Bissau e investigador na área.

A meteorologia parece estar a tramar os produtores: este ano houve temperaturas mais altas que o habitual em janeiro, que comprometeram a floração, e abril está mais fresco do que é costume, refere Henrique Mendes.

O atraso verifica-se também nos restantes países produtores de caju da África Ocidental.

Na Guiné-Bissau estima-se que haja um desvio de cerca de três semanas.

"No ano passado fizemos a abertura oficial da época de colheita de caju a 30 de março com os pomares quase cobertos. Este ano abrimos a 18 e ainda há árvores sem fruto", ilustra Henrique Mendes.

Apesar de tudo, o presidente da ANCA mantém as expetativas em alta relativamente às receitas deste ano.

A Índia, principal comprador de caju, fechou o ano anterior sem excedente, pelo que precisa de comprar mais para encher os armazéns -- o que é também sinal de que "o consumo de caju está a aumentar", referiu.

A variação do dólar americano também favorece a Guiné-Bissau, cuja moeda (Franco CFA Ocidental) está indexada ao Euro.

Até o atraso na produção está a "puxar pelo preço", ou seja, quem conseguir vender a castanha de caju poderá fazer grandes negócios.

Todos os fatores conjugados levaram o Governo, em concertação com a ANCA, a anunciar um preço de referência de 300 francos CFA (48 cêntimos de euro) por quilo para compra ao produtor -- quando em 2014 foi de 250 francos CFA.

Mas olhando ao andamento do mercado, "a tendência é para ainda ir além dos 300", sublinha Henrique Mendes.

Combinando a conjuntura com um combate mais forte ao contrabando de caju, já anunciado pelo Governo com reforço de vigilância nas fronteiras, o presidente da ANCA acredita que será possível à Guiné-Bissau exportar 200 mil toneladas de caju este ano com um rendimento por quilo acrescido para os agricultores.

Do sucesso da venda de caju ao longo da campanha depende a capacidade da maioria da famílias para comprar arroz (base da alimentação) ao longo do ano.

LFO // PJA

Lusa

sexta-feira, 24 de abril de 2015

DOIS MARINHEIROS GUINEENSES RETIDOS NA GUINÉ-EQUATORIAL REGRESSAM AO PAÍS

Dois dos cinco marinheiros guineenses, que se encontravam retidos na Guiné-Equatorial há um ano e sete meses no navio de pesca pertencente à empresa espanhola, S.I. Global, já se encontram no país. O grupo reuniu-se esta terça-feira, 21 de Abril, com a imprensa para falar da sua situação de abandono naquele da África Central.
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Apesar de terem recebido do governo guineense bilhetes de passagem, três dos cinco marinheiros não viajaram para Bissau. Segundo uma fonte, o grupo permanece ainda no país do Obiang Nguema na tentativa de encontrar forma de obter do armador o pagamento da sua dívida.
Célsio António dos Santos, porta-voz do grupo, relata que a situação era de total abandono sem água, sem luz e nem comida. O marinheiro explica que nos últimos meses o armador tem frequentado país e inclusive teve encontros com o Governo local, mas nunca se dignou reunir-se com os marinheiros abandonados no navio.

“Uma vez recebemos a sua chamada por telefone a partir de Espanha com pretexto de que está impedido de viajar para a Guiné-Equatorial devido o controlo, que não especificou”, explica.
No entendimento do marinheiro, a desculpa apresentada pelo armador não justifica nada que possa esclarecer a situação, uma vez que tinha garantido que a dívida da empresa para com os marinheiros, seria paga pelo governo da Guiné-Equatorial.

No entanto, O Democrata sabe de uma fonte, que a empresa tem colaboração com o governo Equatoguineense, mas que não está explícita. Ainda conforme o marinheiro guineense, com residência no Senegal, a empresa espanhola operava sem problemas na Guiné-Equatorial, mas devido à má gerência foi obrigada a ficar inoperante até agora e incapaz de liquidar dívida que tem para com marinheiros.

Célsio António dos Santos informou ainda que o grupo regressou ao País graças à intervenção do Governo guineense facilitada por Augusto Gomes Baldé, representante do nosso país na Guiné-Equatorial, desde o período de Transição.
Segundo as explicações dadas pelo porta-voz dos marinheiros que estavam retidos na Guiné-Equatorial e que agora se encontram no país, a contratação para trabalhar na empresa espanhola de pesca foi feita mediante uma solicitação da empresa por intermédio de alguns guineenses emigrantes naquele país da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa.

JANUÁRIO JOSÉ BIAGUÊ: “É DISCRIMINATÓRIA A POSTURA ASSUMIDA PELO ARMADOR”

Januário José Biaguê, secretário executivo da chamada organização Amigos Irmãos dos Homens do Mar, disse por sua que o armador do navio espanhol S.I. Global, onde os sete marinheiros guineenses operavam, é um fugitivo.

Biaguê Considera que a atitude assumida pelo armador é discriminatória, “sobretudo quando decide levar uns, porque são brancos e reter outros, talvez porque são pretos ou africanos”.
“Continua incontactável inclusive a sua esposa tentou contatá-lo sem sucesso. Pediu a intervenção da ITF-CONTACT in Guiné-Bissau, em Londres no sentido de reter o navio, que deve ser avaliado para liquidar a dívida dos marinheiros”, refere Januário José Biaguê.

Neste sentido, secretário executivo da organização Amigos Irmãos dos Homens do Mar pede apoios de outras organizações ligadas ao setor que intervenham na busca de soluções consentâneas.
Dados estatísticos indicam que os marinheiros deixaram o país em Agosto e Setembro de 2013, de forma separada e sem serem inscritos pela capitania guineense.

De referir que a dívida total para com os sete marinheiros guineenses até Março de 2015 é estimada em cerca de 90 mil dólares americanos. Ainda conforme as informações, o grupo de marinheiros manifesta a vontade de trabalhar com empresa, desde que a dívida seja liquidada e definida novo formato de contrato para os marinheiros.

Importa informar ainda que estão retidos no navio espanhol, quatro marinheiros, dos quais três guineenses e um maliano.

Por: Filomeno Sambú

Fonte : O Democrata

Benfica e Sporting lideram campeonato guineense no final da primeira volta

O Benfica e o Sporting terminaram a primeira volta do principal campeonato guineense na liderança, com 27 pontos conquistados em 13 jornadas.


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Os encarnados estão, contudo, em primeiro lugar fruto dos 39 golos marcados e 11 sofridos, enquanto o Sporting só leva 13 golos marcados e seis sofridos.

O avançado Sumaila Djassi, do Benfica, é o melhor marcador do campeonato.

A última jornada da primeira volta ditou sorte diferente para os dois clubes mais representativos da Guiné-Bissau. O Benfica foi derrotado em Bula, por 2-1 e o Sporting não foi além do empate a zero no campo do CF `Os Balantas´ de Mansoa.

Tanto o Benfica como o Sporting apontam a conquista do campeonato como a meta principal para a corrente época.

EAGB admite que falhas na rede eléctrica estarão relacionadas com organização criminosa «Avarias constantes e inexplicadas»

Bissau – A Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) admitiu que as constantes avarias que nas últimas duas semanas foram registas no fornecimento de luz eléctrica aos cidadãos de Bissau, estejam ligadas a uma «organização criminosa».


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Em comunicado de imprensa datado de 21 de Abril e assinado pelo Director-geral da EAGB, René Barros, a empresa informa que o sucesso verificado na reposição de energia em todos os lares de Bissau terá incomodado muita gente, o que leva a empresa a acreditar que estas avarias constantes e inexplicadas estejam mesmo ligadas a organização criminosa ainda não identificada.

Neste sentido, a empresa pede a colaboração de todas as pessoas, no sentido de denunciarem estas alegadas atitudes que afectam negativamente a vida de todos, informando que não vai poupar esforços para cumprir a sua missão que lhe foi confiada pelo Governo, trabalhando para continuar o fornecimento de luz e água aos habitantes da capital.

A terminar, a empresa garante que estas falhas vão ser superadas com uma equipa no terreno devidamente empenhada para este efeito.

De referir que, com o normal fornecimento de luz eléctrica ao nível da capital, varias empresas privadas que se ocupavam destes serviços ficaram sem nenhum cliente, sendo que automaticamente ficaram descapitalizadas, o que não contentou muitos proprietários destas empresas improvisadas, que cobravam preços desmedidos de fornecimento aos seus clientes em períodos menores de 24 horas.

Vida "em vias de extinção" dos Bijagós retratada num documentário em estreia na Guiné-Bissau

O modo de vida "em vias de extinção" dos Bijagós, povo do arquipélago de 88 ilhas e ilhéus da Guiné-Bissau, está retratado numa série de quatro documentários em estreia na capital guineense.
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"No Reino Secreto dos Bijagós: Escultores dos Espíritos" estão a  ser exibido no Centro Cultural Português, numa sessão em que participam os produtores e realizadores Luís Correia e Noémie Mendelle, da LX Filmes.

Junta-se ainda à exibição e debate com o público o produtor associado Sana Na Nhada.

Os Bijagós "têm uma forma de olhar a natureza pouco comum, em que há consciência de que tudo está interligado e o homem não está acima do resto", referiu Luís Correia à agência Lusa, ao explicar a abordagem ao tema.

"Por isso é tão complicado cortar uma árvore: eles sabem que isso tem consequências", acrescentou.

Este é o "pano de fundo: um modo de vida em extinção", porque "aquilo a que se chama desenvolvimento está a fazer com que os jovens estejam a abandonar as tradições".

Na prática, "é como tirar uma peça de uma construção em blocos e tudo implodir".

O primeiro documentário (estreado em setembro de 2014, em Lisboa) é dedicado ao lado espiritual, "à relação mágica com a natureza" e pela frente está mais um ano de filmagens para produzir os restantes três filmes que completam a série.

O seguinte será dedicado à relação dos Bijagós com as plantas e o mundo vegetal, o terceiro documentário vai retratar a influência da modernidade, enquanto o último estará centrado na conservação da natureza e biodiversidade.

A série é uma coprodução da LX Filmes e do programa Próximo Futuro, da Fundação Calouste Gulbenkian, e tem ganhado diversos apoios e parceiros à medida que tem sido divulgado.

O arquipélago dos Bijagós, que inclui ilhas a pouco mais de dois quilómetros do continente, como a antiga capital Bolama, e outras a mais de cem, está classificado pela UNESCO como reserva da Biosfera - onde se procura conciliar a biodiversidade rica com desenvolvimento sustentável.

A valorização dos recursos naturais, por exemplo, com fins de ecoturismo, é uma das apostas do Governo guineense, eleito em 2014.

LFO // VM

Lusa

Nova campanha do caju crucial para a retoma na Guiné-Bissau

O caju continua a ser a grande fonte de receitas e empregos para a pequena e frágil economia da Guiné-Bissau. Daí que a atual campanha do caju, que vai de abril a setembro, seja crucial para o país, numa altura em que procura deixar para trás anos de instabilidade política e crise económica.


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A julgar pelas previsões do governo guineense, a nova
campanha do caju pode apoiar a retoma económica de forma decisiva. As exportações deverão quase duplicar, de 130 mil toneladas para 200 mil toneladas. Além da Índia, grande mercado do caju guineense, os destinos de exportação incluirão China e Vietname, segundo o porta-voz do governo, Baciro Dja.

O preço pago aos agricultores foi fixado em 300 francos CFA, mais 20 por cento do que no ano passado. A Guiné-Bissau é o sétimo maior produtor mundial de caju.

A colheita do caju representa cerca de 90 por cento das receitas de exportação guineense. O emprego relacionado com esta actividade está estimado em 80 por cento do total, numa população de 1,6 milhões de pessoas.

Segundo relatava o Africa Monitor Intelligence em dezembro de 2014, os compradores encontram-se numa situação financeira complicada, depois de anos de dificuldades a escoar o produto. Este ano é considerado decisivo para a recuperação do sector do caju.

Recentemente, o presidente norte-americano, Barack Obama decidiu recolocar a Guiné-Bissau no programa de livre comércio dos Estados Unidos com África

SIMÕES PEREIRA: “SPORTING DOMINA COMPLETAMENTE NA GUINÉ”

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, esteve em Alvalade no último fim-de-semana para assistir o encontro dos leões de Portugal com o Boavista. O governante é adepto do clube leonino e gosta de ver a equipa ao vivo.
  DOMINGOS SIMÕES PEREIRA
"Venho muitas vezes, especialmente em jogos europeus. Estou a gostar do ambiente, da convivência e deste espírito sportinguista. É uma coincidência muito feliz ser um Sporting-Boavista, pois a Guiné tem relações muito próximas com o Boavista e eu sou do Sporting. É um sentimento interessante", frisou, em declarações reproduzidas pelo site oficial do Sporting.

Domingos Pereira falou depois da influência do clube português no seu país: "Há muito mais sportinguistas na Guiné do que podem imaginar. E há um dado interessante: o Sporting domina completamente o cenário desportivo e futebolístico na Guiné, pelo que temos uma grande relação com o clube. Esperamos que nos próximos tempos possamos viabilizar uma ida da equipa ao nosso país".

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Encontro entre China e países de língua portuguesa na Guiné-Bissau no final de 2015

O encontro empresarial entre a China e os países de língua portuguesa realiza-se no final do corrente ano na Guiné-Bissau, anunciou Echo Chan, secretária-geral adjunta do Secretariado Permanente do Fórum de Macau.



Trata-se da primeira vez, desde a criação do Fórum de Macau, que Bissau acolhe um encontro empresarial da China com os países de língua portuguesa, tendo Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e Timor-Leste sido já anfitriões destes encontros anuais.

Echo Chan, numa entrevista ao jornal Ponto Final, considerou que estes encontros, iniciados em 2005, nos países de língua portuguesa são uma oportunidade para os empresários aprofundarem os seus conhecimentos sobre os países-membros do Fórum de Macau.

“Há diferentes mercados e diferentes sectores e a ideia é criar diferentes oportunidades. Temos de procurar a cooperação de acordo com as necessidades de desenvolvimento de cada país. Existe o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa para apoiar projectos de infra-estruturas. Além disso, o Fórum proporciona apoios em bolsas de estudo e formação em vários sectores”, disse Echo Chan.

A secretária-geral adjunta do Secretariado Permanente do Fórum de Macau considerou ainda que “os empresários de cada país sabem onde querem investir e quais as suas necessidades” e recordou que a plataforma Macau existe para facilitar o conhecimento e intercâmbio e ampliar as oportunidades de negócio entre os membros do Fórum de Macau.

Echo Chan revelou igualmente que no âmbito do Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa estão já em curso dois projectos, mas indicou que 20 outros estão a ser preparados para serem apresentados oportunamente no sentido de obter apoios financeiros para a sua execução.

A mesma responsável defendeu igualmente a importância para os países de Fórum do projecto da Rota Marítima da Seda, lançado pelo presidente da China Xi Jinping e que Macau anunciou estar pronto a participar.

Projeto internacional reduz escassez de alimentos em 30 aldeias da Guiné-Bissau

O período anual de escassez de alimentos em 30 aldeias da Guiné-Bissau foi reduzido de quatro meses para um, graças a um projeto internacional que beneficiou 3.500 pessoas, anunciou hoje a delegação da União Europeia (UE) em Bissau.
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O "Projeto de Apoio à Melhoria da Segurança Alimentar, Promoção Económica das Fileiras Agrícolas e Florestais na Guiné-Bissau e Cabo Verde" vai ser oficialmente encerrado na quinta-feira com uma cerimónia no Centro Camponês de Djalicunda, região de Oio, centro do país.

O isolamento das populações rurais, dependentes de práticas agrícolas ancestrais e das condições meteorológicas, deixa-as vulneráveis a períodos de falta de alimentos.

O projeto deu acesso a sementes diversificadas e de qualidade, que garantem melhores culturas, introdução de serviços de lavoura mecanizada e ao apoio técnico dispensado a 600 agricultores.

Por outro lado, foi construído e ativado um centro-piloto, baseado no Centro Camponês de Djalicunda, dedicado à experimentação de técnicas inovadoras de transformação de produtos agrícolas e florestais.

"O centro já realizou mais de 100 experiências, nomeadamente com controlo de qualidade dos produtos locais através de um pequeno laboratório, produção de sumos, compotas e farinhas para venda, nomeadamente em Bissau", referiu a UE em comunicado.

O projeto foi financiado pela UE, pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e pelo Comité Francês para a Solidariedade Internacional, com participação da Federação Camponesa KAFO.

No mesmo âmbito, foi também estabelecida uma estrutura denominada KAFO-COMERCIAL, oficializada em maio de 2013, com o objetivo de valorizar a produção local através de um sistema de comercialização e de distribuição sob a marca "Sabores da Tabanca".

LFO // VM

Lusa

Tribunal Fiscal ameaça penhorar o Malaika Hotel, Guiné-Tel e Guiné-Telecom por dívidas à Segurança Social

Bissau – O Tribunal Fiscal pode penhorar e, consequentemente, colocar à venda em hasta pública as empresas Malaika Hotel, Arco-íris, Cassamá Blocos, a empresa de Serviços de Transportes da Guiné-Bissau (STGB), a Guiné-Tel e a Guiné-Telecom, sendo estas duas últimas Estatais.



Em causa está, de acordo com um edital desta instituição judicial, com data de 14 de Abril,  um processo executivo movido contra estas empresas pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), sendo que agora têm o prazo de dez dias para regularizarem as suas situações de dívidas com o INSS.

Neste sentido, a Malaika Hotel contraiu com a Segurança Social guineense uma dívida estimada em mais de 142 milhões de Francos Cfa. (216.478 euros), a empresa Arco-íris mais de 19 milhões de Francos Cfa. (cerca de 29 mil euros), a Cassamá Blocos está em dívida com o INSS numa soma estimada em 5 milhões de Francos Cfa. (mais de sete mil euros), todas as dívidas destas empresas constam nos processos números 12, 16 e 6 do ano de 2014, respectivamente.

Relativamente à empresa STGB, a Segurança Social disse estar em causa uma dívida no valor de 48.914.607 Francos Cfa. (74.569 euros), no âmbito do processo número 9 do ano 2014. As empresas do Estado, a Guiné-Tel e a Guine-Telecom, devem mais de 42 milhões de Francos Cfa. (64 mil euros) nos processos, respectivamente número 3 e 8 do ano 2014.

De salientar que na Guiné-Bissau tanto as empresas públicas como as privadas estão sempre em falta com o Estado em termos de pagamento da segurança social, o que já não é aceite desde a entrada em funções das novas autoridades eleitas nos escrutínios que tiveram lugar no país há um ano.

Membros da Guarda Costeira da Guiné-Bissau recebem treino em navio espanhol

Uma dúzia de membros da Guarda Costeira da Guiné-Bissau recebem a partir de hoje treino em fiscalização de atividades marítimas num navio da Guarda Civil espanhola, em missão ao largo da costa guineense, anunciaram as autoridades.

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A deslocação do navio Rio Segura enquadra-se na cooperação prestada pela Agência Europeia de Fronteiras para prevenir o tráfico ilegal de pessoas e bens.

O programa de atividades que decorre até quinta-feira inclui formação a bordo, aulas teórico-práticas e acompanhamento de inspeções de pesca.

A Guarda Civil espanhola vai ainda fazer uma avaliação das infraestruturas de vigilância costeira nas ilhas de Jeta, junto ao continente, e de Bubaque, principal povoação do arquipélago dos Bijagós.

As cerca de 80 ilhas e ilhéus da Guiné-Bissau no Oceano Atlântico e a dificuldade em vigiá-las têm sido apontadas como as principais fragilidades no controlo do tráfico de droga e outras formas de crime organizado.

Resolver estes problemas tem sido uma das prioridades apontadas pelo Governo.

"No momento que o país vive em termos de credibilidade internacional", com o regresso à norma constitucional e consolidação das instituições estatais, é preciso "ter controlo sobre migração e tráfico de droga", exemplificou o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Baciro Dja, em declarações aos jornalistas na segunda-feira.

LFO // VM

Lusa

Um quarto da população continua sem acesso a água potável

O mais recente inquérito às condições de vida dos agregados familiares guineenses revela que um quarto da população da Guiné-Bissau continua sem acesso a água potável.

«Os resultados serão incluídos na legislação atual como medidas que concorrem para o aumento da eficácia, eficiência e sustentabilidade dos setores», referiu em comunicado, Antero de Pina, representante adjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) - presente num encontro destinado a analisar os principais estrangulamentos nos setores da água, higiene e saneamento, em Bissau.

O encontro conta com o apoio de técnicos especializados da sede mundial da UNICEF em Nova Iorque, do escritório regional de Dacar e do Instituto Internacional da Água de Estocolmo (Suécia).

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Correio de droga detido no aeroporto de Bissau com quase um quilo de cocaína no estômago - PJ

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau anunciou hoje a detenção de um homem de 41 anos no aeroporto da capital com cápsulas de cocaína no estômago, disse à Lusa fonte daquela força de segurança.
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O cidadão guineense tinha ingerido quase um quilo de droga e foi apanhado à chegada a Bissau, na madrugada de domingo, proveniente de São Paulo, Brasil, depois de ter feito escala em Casablanca, Marrocos.

De acordo com a mesma fonte, trata-se de mais um correio de droga, que há semelhança de outros detidos nos últimos meses, faz parte de uma rede.

A organização introduz cocaína no país para depois ser traficada ou transformada em "crack" e consumida localmente.

O suspeito foi levado para as instalações da PJ, onde continua detido.

LFO // VM

Lusa

Clubes da Guiné-Bissau contra apoio a Blatter

A carta aberta, que está a ser distribuída pelos órgãos de comunicação social, contém 27 assinaturas de presidentes de clubes das primeira e segunda divisões, mas a comissão que lidera o processo acredita que outros dirigentes também poderão se juntar ao protesto.


Clubes da Guiné-Bissau contra apoio a Blatter
A carta aberta, que está a ser distribuída pelos órgãos de comunicação social, contém 27 assinaturas de presidentes de clubes das primeira e segunda divisões, mas a comissão que lidera o processo acredita que outros dirigentes também poderão se juntar ao protesto.

Fazem parte da Federação de Futebol da Guiné-Bissau 37 clubes.

O Benfica e a União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB) são, entre outros, os clubes da primeira divisão que subscreveram o protesto contra a atuação de Manuel Nascimento Lopes.

Na carta, os clubes "condenam de forma veemente" o que dizem ser uma "decisão pessoal e unilateral" de Manuel Lopes em apoiar qualquer candidatura na corrida para a presidência da FIFA.

Os clubes acusam o presidente da Federação guineense de não ter feito "consulta prévia" aos membros da instituição, pelo que o apoio declarado a Blatter só compromete "a sua pessoa".

Os subscritores da carta "responsabilizam" o presidente da federação e pedem ainda que pare de fazer declarações "que possam comprometer os clubes e o país".

Manuel Lopes tem repetido, por várias vezes, que o voto da Guiné-Bissau vai para Joseph Blatter, que diz ter sempre ajudado o desenvolvimento do futebol guineense.

As eleições para a presidência da FIFA acontecem a 29 de maio e o português Luís Figo é um dos candidatos.

Manuel Lopes diz que apoia Blatter e não Luís Figo, que, afirmou, nunca se interessou pelo futebol guineense.

"Porque é que nunca cá pôs os pés", questionou Manuel Nascimento Lopes na última semana, em declarações aos jornalistas, sublinhando que a decisão de apoiar Blatter não é da responsabilidade de mais ninguém, tirando a Federação de futebol.

Por seu lado, os clubes querem discutir e tomar uma decisão sobre quem a Guiné-Bissau deve apoiar nas eleições da FIFA num congresso extraordinário da federação, marcado para 25 de abril.

'Leões' fecham jornada na Guiné-Bissau com vitória

'Leões' fecham jornada na Guiné-Bissau com vitóriaO Sporting recebeu e venceu por 2-1 o Estrela Negra de Bissau, na partida que hoje fechou a 12.ª jornada da primeira divisão de futebol guineense.

Os `leões´ mantêm-se assim a um ponto do primeiro classificado, o Benfica, que lidera com 27 pontos.

Noutro jogo tardio da jornada, a equipa dos Portos de Bissau bateu na segunda-feira a formação da ilha de Bolama por 4-1, deixando o clube insular mais isolado na cauda da tabela classificativa, com apenas cinco pontos.

Na próxima jornada, as duas equipas que estão no topo jogam fora: o Sporting vai a Mansoa, no centro do país, defrontar a formação dos Balantas, enquanto o Benfica vai em direção ao norte, ao campo do Bula, campeão em título.

Benfica - Bubaque Bijagós, 4-0
Lagartos de Bambadinca - Nuno Tristão de Bula, 1-3
Canchungo - Balantas de Mansoa, 0-2
Bafatá - São Domingos, 0-2
Cuntum - UDIB, 0-1
Portos de Bissau - Bolama, 4-1
Sporting - Estrela Negra de Bissau, 2-1</B

Classificação:
1. Benfica, 27
2. Sporting, 26
3. São Domingos, 22
4. UDIB, 21
5. Balantas de Mansoa, 20
6. Sporting de Bafatá, 19
7. Canchungo, 18
8. Lagartos de Bambadinca, 18
9. Nuno Tristão de Bula, 17
10. Bubaque Bijagós, 12
11. Estrela Negra de Bissau, 11
12. Portos de Bissau, 9
13. Cavalos Brancos de Cuntum, 8
14. Bolama, 5

Programa da 13.ª jornada, a jogar nos dias 18 e 19 de abril
Estrela Negra de Bissau - Bubaque Bijagós
Nuno Tristão de Bula - Benfica
Balantas de Mansoa - Sporting
UDIB - Bambadinca
Bolama - Canchungo
São Domingos - Cuntum
Sporting de Bafatá - Portos de Bissau

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Guiné-Bissau agradece apoio ao Senegal

A Guiné-Bissau enviou um conselheiro especial da Presidência para presencialmente agradecer o apoio do líder senegalês, Macky Sall nesta nova fase do país. No final do encontro com o chefe de estado do Senegal, Tcherno Djaló sublinhou que as pastas da cooperação entre os dois países deverão se fomentadas.


Mesa Redonda de doadores da Guiné-Bissau em Bruxelas no dia 25 de Março 2015Mesa Redonda de doadores da Guiné-Bissau em Bruxelas no dia 25 de Março 2015
No final do mês de Março, o presidente senegalês Macky Sall fez questão de acompanhar o seu vizinho guineense e deslocou-se à Conferência Internacional de doadores sobre a Guiné-Bissau que decorreu em Bruxelas, Bélgica.

Um acto que muito sensibilizou o Chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz. A prová-lo está a deslocação a Dacar de um conselheiro especial da presidência para pessoalmente agradecer ao presidente do Senegal.

Fonte: RFI

Cândido Camará, correspondente RFI em Dacar

(01:22)
 

"O voltar de página na Guiné Bissau"

Governo dos Estados Unidos fala em editorial sobre a recente conferência de doadores internacionais para a Guiné-Bissau
Presidente Barack Obama e Primeira-dama Michelle Obama com José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau, e Primeira-dama Rosa Teixeira Goudiaby Vaz, na Sala Azul por ocasião do jantar na Casa Branca, da Cimeira Estados Unidos/ Líderes AfricanosPresidente Barack Obama e Primeira-dama Michelle Obama com José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau, e Primeira-dama Rosa Teixeira Goudiaby Vaz, na Sala Azul por ocasião do jantar na Casa Branca, da Cimeira Estados Unidos/ Líderes Africanos
A Guiné Bissau, uma pequena e conturbada nação da Africa Ocidental, tem enfrentado muitos desafios, nos últimos anos.

Golpes militares frequentes abalaram o regime democrático e com o vácuo de um governo eficaz, criminosos internacionais utilizaram áreas remotas da sua costa marítima para transbordo de drogas ilegais da América do Sul para a Europa.

Assistiu-se a um sinal de esperança, quando os doadores internacionais encorajados pela recente estabilidade politica prometeram mais de mil milhoes de euros para apoiar um programa de desenvolvimento de dez anos.

Os doadores que participaram numa conferencia realizada, o mês passado, em Bruxelas, patrocinada pela União Europeia aprovaram um plano ambicioso preparado pelo governo para promover o crescimento, o desenvolvimento e melhorar os serviços governamentais, e assim reforçar as instituições democráticas.

Como amigo e parceiro do povo da Guiné Bissau, os Estados unidos elogiaram a visão do plano apresentado pelo Primeiro Ministro Domingos Simões Pereira e o Presidente José Mário Vaz.

Articularam claramente tanto a aspiração como as propostas especificas exigidas para uma Guiné Bissau forte, vibrante e prospera dentro da comunidade das nações da África Ocidental.

Agradecemos à União Europeia, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e ao Governo da Guiné Bissau terem organizado a conferencia.

Os Estados Unidos em parceria com a comunidade internacional vamos construir um relacionamento forte e duradouro com a Guiné Bissau que ira ajudar a concretizar os objectivos definidos na conferencia: estabelecer uma economia forte e diversificada que forneça oportunidades para os jovens; a reforma e o reforço das instituições democráticas; combate à corrupção e promoção de boa governação e a erradicação da pobreza.

Pela nossa parte estamos comprometidos na continuação da cooperação bilateral no sector da segurança, no sector militar, e na reforma judicial, para alem da nossa assistência técnica ao sector da saúde.

Os habitantes da Guine Bissau devem estar orgulhosos do progresso que ocorreu nos últimos dez meses desde as eleições e podem contar com a continuidade do apoio dos Estados Unidos.

(Foi um editorial reflectindo os pontos de vista do governo dos Estados Unidos)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Proibido cortar árvores na Guiné-Bissau

Governo decreta moratória de cinco anos para corte de árvores
Arquivo. DR.
O Governo da Guiné-Bissau decretou uma moratória de cinco anos para o corte de árvores nas florestas do país, foi hoje anunciado em comunicado do conselho de ministros.

O Governo considera de "extrema gravidade" a situação das florestas do país e afirmou ainda que a exploração atual "atenta flagrantemente contra o equilíbrio ambiental" do território.

Para estancar a situação, o executivo decidiu "declarar uma moratória no corte de árvores de madeira e a correspondente reflorestação" nos próximos cinco anos.

No comunicado, lê-se ainda que o Governo "reitera e confirma a sua decisão de proibir o corte de madeira em toda extensão" do território guineense.

O ministro da Comunicação Social, Agnelo Regalla, foi instruído pelo coletivo governamental no sentido de promover campanhas de sensibilização e informação sobre "a gravidade da situação prevalecente nas florestas" do país e dos esforços de conservação em curso.

A população rural também é chamada a participar na observância da decisão do Governo, bem como na preservação do ecossistema.

Foi também ordenado às estruturas competentes do Estado para escoarem para Bissau toda madeira já cortada (toros) que será confiscada e cujo destino será determinado numa sessão do Conselho de Ministros a ser convocada.

Dados do Governo apontam para a existência nas florestas guineenses de mais de 140 mil toros de madeira cortada de forma ilegal nos últimos dois anos.

Guiné-Bissau vai sensibilizar estrelas do país para jogarem CAN 2017

A fase final da CAN de 2017 terá lugar no Gabão e a Guiné-Bissau, para lá chegar, terá que se bater com as seleções do Congo Brazzaville, Quénia e Zâmbia, no Grupo E da fase de qualificação.
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O vice-presidente da federação guineense de futebol, Joãozinho Mendes, disse hoje à agência Lusa que a instituição vai abrir uma campanha de sensibilização às ‘estrelas’ do país para jogarem pela Guiné-Bissau para Taça das Nações Africanas (CAN).

A fase final da CAN de 2017 terá lugar no Gabão e a Guiné-Bissau, para lá chegar, terá que se bater com as seleções do Congo Brazzaville, Quénia e Zâmbia, no Grupo E da fase de qualificação.

O número dois da federação guineense encara com naturalidade o grupo, ainda que realce a experiencia na competição dos outros países.

Joãozinho Mendes acredita, contudo, que se a Guiné-Bissau pudesse contar com "muitos dos seus ‘filhos’ e grandes jogadores" que em tempos representaram seleções jovens de outros países, poderá "ter uma palavra a dizer no grupo".

A federação vai desencadear operações de sensibilização e de apelo aos jogadores guineenses nessas condições a virem jogar pela seleção, conhecida pelos ‘Djurtus’, tendo como meta atingir pela primeira vez a fase final do CAN, disse Mendes.

"Seria o ‘ouro sobre azul’", declarou o vice-presidente da federação guineense, notando ainda que a participação nas eliminatórias do CAN 2017, cujos jogos arrancam em junho próximo, só depende da decisão do Governo.

Logo que recebeu na quarta-feira a comunicação do sorteio dos grupos por parte da Confederação Africana de Futebol (CAF), a federação informou de imediato o Governo, de quem aguarda agora uma resposta.

Joãozinho Mendes disse ainda à Lusa que o selecionador guineense, o português Paulo Torres, tem o aval da federação para iniciar os trabalhos assim que houver uma decisão do Governo sobre a participação da Guiné-Bissau nas eliminatórias.

A federação aguarda por uma resposta da secretaria de Estado da Juventude, Cultura e Desporto, que organicamente é tutelada pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.

Governo guineense mantém braço-de-ferro com universidades

Cursos foram suspensos devido a ilegalidades e estudantes estão em casa.
Manifestação de estudantes da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau(Arquivo)
Meses depois de ter emitido o despacho que suspende alguns cursos superiores,  o Ministério da Educação Nacional da Guiné-Bissau mantém a decisão, enquanto alguns estudantes continuam em casa e sem alternativa. Há algumas semanas, os alunos da Universidade Lusófona manifestaram-se pelas ruas de Bissau contra a medida.

A decisão do Governo impôs às universidades certas exigências para retomar os cursos, mas nem todas conseguiram cumpri-las e vários estudantes continuam em casa.

O director geral do Ensino Superior Fode Mané reconhece, no entanto, que algumas entidades do ensino privado têm feito um esforço para superar as ilegalidades encontradas.

O Instituto Benhoboló é um dos estabelecimentos afectados pela medida do Ministério da Educação Nacional e os seus estudantes, sobretudo os de enfermagem e medicina geral, foram obrigados a ficar em casa. Mesmo com tantas diligências, junto a direcção da Escola e do Ministério da Educação Nacional, o impasse continua, disse Emerson Baldé, presidente da Comissão dos Estudantes daquele instituto que acompanha o caso:

Se esta situação prevalecer, os estudantes do Instituto Benhoboló prometem mais manifestações públicas, alegando haver dois pesos e duas medidas.  

quarta-feira, 8 de abril de 2015

PM agradece apoios internacionais antes da viagem a Portugal

Bissau - O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, viajou nesta terça-feira para Portugal para uma visita privada de uma semana mas, antes de deixar Bissau, reuniu-se com alguns elementos da comunidade internacional a quem agradeceu pelas promessas de apoio ao país.

Domingos Simões Pereira voltou a agradecer à comunidade internacional as promessas de apoios financeiros para a Guiné-Bissau, feitas numa mesa redonda na Bélgica no dia 25 de Março deste ano .

O chefe do Governo de Bissau afirmou que as promessas de apoio anunciadas, mais de mil milhão de euros, "não são, contudo, um cheque em branco" ao país ainda que a comunidade internacional tenha mostrado "confiança no trabalho em curso" na Guiné-Bissau.

Prometeu que o Governo se vai sujeitar ao controlo dos recursos mobilizados na mesa redonda, bem como os gerados a partir das receitas internas, num esforço de demonstrar transparência.

"Não haverá zona sombra", defendeu Domingos Simões Pereira, notando também que não pode haver situações de controlo para que a parte guineense possa invocar a soberania nacional para não se sujeitar a fiscalização das suas contas e acções públicas.

O governante referiu ainda que vai iniciar consultas directas com as organizações e países que anunciaram apoios financeiros ao país para determinar os mecanismos de desbloqueamento dos fundos e as modalidades de implementação dos projectos.

Domingos Simões Pereira adiantou ter solicitado a todos os departamentos governamentais planos de acções sectoriais para absorção dos fundos prometidos em Bruxelas.

Governo guineense quer instalar 'chips' em automóveis

A secretária de Estado dos Transportes e Comunicações da Guiné-Bissau apresentou hoje um projeto para colocar em todos os veículos 'chips' de identificação, para "melhorar o controlo" das autoridades.
Governo guineense quer instalar 'chips' em automóveis
A iniciativa da introdução do equipamento, denominado 'chip´ de controlo de veículos, é da direção-geral de Viação e Transportes Terrestres mas foi bastante elogiada pelo secretário de Estado, Joao Bernardo Vieira.

"É a modernidade. Estamos contentes com o trabalho da Direção-geral da Viação, apenas apelamos que continue a nos presentear com iniciativas como estas que trazem a inovação", disse o governante.

O diretor-geral da Viação e Transportes e Terrestres, Bubacar Paralta, considerou que com o equipamento o país passará a saber o número de viaturas que tem, a marca, o ano de fabrico, tipo de combustíveis e ainda detetar a sua situação em termos da documentação.

"Numa operação de rotina os agentes da ordem vão saber se a viatura está legal, se tem tudo regularizado com o fisco, quem é o dono, se a chapa de matrícula é autêntica" entre outros procedimentos, notou Paralta.

Até aqui os agentes da fiscalização e controlo das viaturas mandavam parar os carros nas estradas e pediam a documentação ao motorista.

Em muitas ocasiões era preciso consultar os computadores ou arquivos em papel na Direcção-geral da Viação e Transportes para confirmar as informações.

"Agora o agente em operação na estrada tem um pequeno computador na mão e pede o ´chip´ de registo ao motorista e a partir daí colhe todas as informações", defendeu Bubacar Paralta.

O governo acredita que, com esta medida, será possível verificar a qualidade do parque automóvel, esperando ainda uma subida das receitas do Estado.

Edição de 7 de abril de 2015/ Jornal O Democrata

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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Elogio à Guiné Bissau pela voz de quem, saindo, esteve sempre lá

Eneida Marta, que lançou Nha Sunhu, podia ter sido outra coisa, mas é cantora. Podia ser de outro sítio, mas é de Bissau. E é isso que canta a caminho de mais uma missão da UNICEF.


Elogio à Guiné Bissau pela voz de quem, saindo, esteve sempre lá
"Tinha dois sonhos: ou ser polícia ou ser cantora." Não há equívocos quando a essa história olhando para o nome do disco que a guineense Eneida Marta lançou no final de março, e que a partir de hoje estará disponível nas plataformas digitais: Nha Sunhu (O meu sonho). "Não consegui ser polícia e hoje estou a ser cantora", diz. E depois: "Há o tal mito do sangue que corre pelas veias, porque eu não cresci com o meu pai, mas sempre tive essa tendência para a música". Isto por que vem de uma família de músicos, sobretudo do lado do pai, cabo-verdiano. Há ainda que dizer que a música corria dentro como fora: "Ouvia de tudo um pouco. Música de Cabo Verde, de Angola, do Brasil, músicas cubanas, fado, porque o meu bisavô é português."

Encontramo-la em Lisboa, onde vive desde 1988, quando se mudou de Bissau com a mãe e os irmãos. Quando a "arrancaram" a isso tudo que é Bissau, parecia que "a vida ficava e o corpo vinha". Então voltou ciclicamente à terra de onde lhe vem a música e de onde diz sem hesitar que é um "sítio melhor para criar os filhos". Ela, de 42 anos, tem dois, ambos criados em Portugal. "Em África tu podes ir trabalhar, mas tens o teu vizinho que vai desempenhar o teu papel sem problemas. Na Guiné Bissau tudo o que te rodeia é a tua família."

ENEIDA MARTA (Guinea-Bissau) LIVE Concert- Pt 01

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Filme da GUINÉ BISSAU / Amílcar Cabral O Pai Da Nação Guineense /

Ver no Link:

http://novasdaguinebissau.blogspot.pt/p/demografia-da-guine-bissau.html

Governo disponibiliza 16 médicos para hospitais do sul do país

O governo guineense vai enviar 16 médicos, 40 enfermeiros e 17 técnicos de laboratório e farmácia para hospitais e centros de saúde da região sul, nomeadamente Tombali, Quinará e Bolama/Bijagós.



Na semana passada, Binto Nanque Seidi, governadora de Quinará, apelou ao executivo de Domingos Simões Pereira para disponibilizar técnicos de saúde para aquela zona de «difícil acesso».

Por seu lado, a ministra da Saúde Pública, Valentina Mendes, disse, esta quinta-feira, compreender o «grito de socorro» da governadora mas pediu «paciência» às autoridades das regiões do sul.

«As preocupações de Binto Nanque Seidi são legítimas, e, por isso, na próxima semana, vamos enviar para aquelas zonas alguns técnicos de saúde», declarou Valentina Mendes.

Brasil admite perdoar 95 por cento da dívida da Guiné-Bissau

Domingos Simões Pereira.Anúncio foi feito hoje pelo primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau disse hoje, 2, aos deputados que o Governo brasileiro pretende perdoar cerca de 95 por cento da dívida do país.

Domingos Simões Pereira revelou que “o Brasil anunciou uma ajuda de 15 milhões de dólares” na mesa redonda de Bruxelas, mas, segundo o chefe do Governo, as autoridades brasileiras mostram-se também disponíveis a perdoar 95 por cento do total da divida e a reescalonar os restantes 5 por cento para programas concretos de cooperação.

“Apesar de várias promessas dos parceiros da Guiné-Bissau, o Governo guineense não pretende agravar a sua carteira de dívidas”, sublinhou Domingos Simões Pereira, que disse ser expectativa do seu Executivo que a dívida da Guiné-Bissau para com os seus parceiros, em termos proporcionais, não ultrapasse os 40 por cento.

Empresa russa intenta ação judicial contra Governo da Guiné-Bissau

A empresa russa Poto SARL, que explora as areias pesadas de Varela, no norte da Guiné-Bissau, intentou uma ação judicial contra o Governo guineense, disse hoje o primeiro-ministro do país, Domingos Simões Pereira.
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Segundo o chefe do Governo guineense a empresa russa entende que os seus interesses estariam a ser postos em causa, por ter sido impedida de exportar os inertes retirados das jazidas em Varela e, por ordens do executivo, guardados em armazéns em Bissau.

"Como não sabemos ainda como proceder, decidimos estocar as areias aqui em Bissau", disse Domingos Simões Pereira, ao responder às perguntas dos deputados que hoje o interpelaram no Parlamento sobre os recursos naturais do país.

O chefe do Governo referiu ainda que o executivo está a recolher opiniões de peritos internacionais sobre como proceder no negócio das areias pesadas.

A empresa russa tem uma licença de exploração concedida pelo Governo de transição que geriu a Guiné-Bissau durante dois anos na sequência do golpe militar de 2012, mas as novas autoridades saídas das eleições de 2014 anunciaram pretender averiguar todos os contratos de exploração de recursos naturais do país.

A Associação de Filhos e Naturais de Varela acusa a empresa russa de não cumprir as normas ambientais e ainda de não dar trabalho aos naturais dessa região, como recomenda a legislação para o setor em vigor no país.

A empresa russa retirou das jazidas de Varela cerca de 500 mil toneladas que queria vender no mercado internacional, mas chegados à Bissau os camiões foram mandados descarregar nos armazéns, por ordens do Governo.

No passado mês de março, o tribunal provincial do norte (que cobre a zona de Varela) aceitou uma providência cautelar intentada pelo Ministério Público ordenando a suspensão dos trabalhos de exploração das areias pesadas.

Segundo o primeiro-ministro guineense, a empresa russa alega como motivo para avançar com a queixa-crime contra o Governo o facto de estar na posse de licença emitida pelas autoridades e não poder operar livremente.

MB // EL

Lusa

Impedida a saída de madeira até esclarecimento das condições em que foi obtida

Bissau – O Governo anunciou que está impedida a saída de madeiras do território nacional, até ao esclarecimento das condições em que foram cortadas.


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Em comunicado do Conselho de Ministros, datado de 1 de Abril, o Executivo guineense reiterou e confirmou a decisão de proibição do corte de madeiras em toda a extensão do território nacional, e vai ainda proceder à confiscação de todas a madeiras, no seguimento da aplicação das disposições legais no país.

«Criar condições objectivas e proceder o mais urgentemente possível à imediata drenagem e concentração em Bissau de toda madeira confiscada, até tomada decisão sobre o destino a ser dado ao produto, numa sessão de Conselho de Ministros a ser convocada neste sentido», lê-se no documento.

Por outro lado, o Executivo disse que vai ser declarado ilegal todo o acto que resista, contrarie e dificulte as implementações tomadas no encontro ministerial.

Neste sentido, o Governo encorajou as entidades locais e tradicionais a envolverem-se no estrito cumprimento de dispositivos legais a favor da preservação do ecossistema nacional, assim como se congratulou com os esforços das autoridades judiciais no trabalho de investigação de todas as denúncias feitas tanto em público como em privado, chamando ainda a atenção do Ministério Publico no sentido de esclarecer toda a responsabilidade pública de cada denúncia e eventuais casos de difamações infundadas.

No encontro da plenária governamental alargado aos membros do Conselho de Segurança Nacional, o Governo guineense declarou uma moratória no corte de árvores, e a correspondente reflorestação das matas atingidas pelas práticas dos próximos cinco anos.

Até esta data, uma fonte próxima do Governo confidenciou que perto de 230 contentores de madeira já foram exportados nos últimos meses, faltando uma soma estimada em cerca de 1.800 troncos de árvore ainda em via de drenagem em todo o território nacional.