sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Governo de transição da Guiné-Bissau quer mais "cinco ou sete dias" de recenseamento

Bissau, (Lusa) - O Governo de transição da Guiné-Bissau vai pedir ao Presidente Serifo Nhamadjo para prolongar o recenseamento eleitoral, que deveria terminar na sexta-feira, por mais "cinco ou sete dias".

A informação foi hoje avançada aos jornalistas por Batista Té, ministro da Administração Territorial e coordenador do processo de recenseamento que decorre desde 01 de dezembro.

No entanto, apesar do pedido de prolongamento, "as eleições não serão adiadas, de maneira alguma", enfatizou.

Brasil é eleito para presidir Comissão de Construção de Paz da ONU

O Brasil foi eleito nessa quarta-feira (29) para presidir a Comissão de Construção da Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014. A missão é ajudar os países que saíram recentemente de conflitos armados a construir um cenário de estabilidade política e segurança.

Na agenda a ser desenvolvida pelo Brasil estão projetos para países como a Guiné-Bissau, o Burundi, a República da Guiné, Libéria, República Centro-Africana e Serra Leoa.

Criada em 2005, a Comissão de Construção da Paz das Nações Unidas visa a auxiliar as nações com cenários ainda frágeis a consolidar sua capacidade de garantir a própria segurança nacional, bem como o desenvolvimento sustentável, com inclusão social.

Em nota, o governo brasileiro informou que pretende promover, durante o seu mandato, maior participação de países em desenvolvimento e organizações regionais e sub-regionais nas atividades da comissão, bem como manter um "engajamento produtivo" no Conselho de Segurança da ONU.

Segundo a nota, as atividades lideradas pelo Brasil levarão em conta a "interdependência" entre segurança e desenvolvimento.

«Narcotráfico» EUA “às cegas” no combate ao narcotráfico na África Ocidental

Os problemas relacionados com o tráfico de drogas que enfrenta atualmente a África Ocidental, incluindo na Guiné-Bissau, requerem soluções alternativas às aplicadas na América Latina. Segundo um estudo recente da Open Society e da Universidade de Swansea, os Estados Unidos apoiam-se em dados que sabem ser pouco fiáveis para justificar intervenções repressivas motivadas pelos seus próprios interesses nacionais de não ver o tráfico escoar para o país.

O estudo assinala que existem dados que comprovam um aumento do tráfico de drogas, organizado por grupos criminosos, na África Ocidental, em particular em Benim, Gana, Nigéria e Togo, mas também na Guiné- Bissau. No entanto, os autores consideram que as Nações Unidas e os Estados Unidos se baseiam em informações insuficientes para construir narrativas que lhes são mais favoráveis de forma a propagar a ideia de que “a África Ocidental está ‘sob ataque’ de traficantes e a desenvolver uma população ‘crescente’ de toxicodependentes.”

São as próprias autoridades que assumem a falibilidade dos dados disponíveis, por exemplo no World Drug Report 2013: “Embora seja claro que o continente africano se torna cada vez mais importante e vulnerável em termos da proliferação de rotas de tráfico, a disponibilidade de dados é muito limitada.” Sendo assim, que motivação haverá por detrás da propagação de uma narrativa da África Ocidental devastada pelo tráfico e consumo de drogas?

“Existem provas convincentes de que o tráfico de droga na África Ocidental está a causar problemas consideráveis, incluindo corrupção e envolvimento de pessoas vulnerávels em mercados de droga,” explica o relatório. “A nossa preocupação é que dados questionáveis e uma narrativa selectiva estão a ser usados para uma nova campanha na ‘guerra contra as drogas’, que pode bem ser tão ineficiente como as anteriores o foram.” A repressão militarizada do tráfico na América Central e do Sul, por exemplo, continua sem mostrar sinais claros de ter tido um impacto positivo – em muitas situações, esta repressão parece ter exacerbado a violência, e, mais do que diminuído o tráfico, parece antes tê-lo empurrado para outras zonas.

Para a antropóloga Alex Klein, a criação desta concepção de uma ‘África sob ataque’ enquadra-se no interesse particular dos Estados Unidos e de outros actores importantes na arena global, cujas preocupações se focam no tráfico de drogas que partiria desta região para os seus próprios países. No entanto, para Klein, não existem provas concretas de que a rota de tráfico da África Ocidental seja sequer tão utilizada quanto se afirma.

Klein critica ainda a entrada dos parceiros internacionais na África Ocidental para defenderem os seus próprios interesses nacionais – especialmente o receio do escoar do tráfico de droga por esta rota para a Europa e os EUA – , e não para trabalhar concertadamente para atingir os objectivos relevantes para os africanos.

“A necessidade de aprender com erros passados é crucial para qualquer região do mundo onde possam emergir novas rotas de tráfico, mas é especialmente importante para uma região que depende muito da ajuda externa,” sublinha o relatório, em conclusão. Os investigadores defendem que se as mesmas estratégias usadas na América Central forem reutilizadas para esta região sem nenhuma investigação aprofundada sobre o seu verdadeiro impacto e eficácia, a África Ocidental corre o risco de se tornar num “exemplo do que não fazer”.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Apoio do PM deposto da Guiné-Bissau é "positivo", mas "dispensável"

Domingos Simões Pereira, candidato à liderança do PAIGC, principal força política da Guiné-Bissau, disse hoje à agência Lusa que considera "positivo", mas "dispensável" o apoio de Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro deposto e ainda líder do partido.

O congresso que vai escolher do novo líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) está marcado para hoje em Cacheu, norte do país, e deve durar vários dias.

Carlos Gomes Júnior, conhecido na Guiné-Bissau como "Cadogo", anunciou o apoio a Domingos Simões Pereira na quarta-feira, em entrevista conjunta à RTP África e à agência Lusa, em Cabo Verde.

Domingos Simões Pereira "deu provas, durante as funções à frente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)", de que foi secretário-executivo, "é um quadro conhecido e reconhecido internacionalmente", referiu Cadogo, que o teve também como ministro.

No entanto, Domingos Simões Pereira questiona a oportunidade das declarações do primeiro-ministro deposto, numa altura em que o país organiza as primeiras eleições depois do golpe que o derrubou e em que o PAIGC também decide a sua sucessão.

"Estava a conduzir quando ouvi essa notícia e fiquei surpreso. O momento que vivemos não recomenda este tipo de exposição sobre assuntos que não são necessariamente consensuais", referiu.

"Respeito e acho muito positivo que enquanto cidadão livre e presidente do partido Carlos Gomes Júnior faça essa avaliação", mas "seria dispensável porque é preciso tranquilidade e consensualidade", referiu Domingos Simões Pereira.

"Simplesmente preferiria que não estivesse a atrair atenções por este tipo de razões", ou seja, devido às palavras do ainda líder do partido.

Na mesma entrevista à Lusa, Carlos Gomes Júnior disse que pretende regressar ao país para se candidatar à Presidência da República nas eleições de 16 de março, mas Domingos Simões Pereira recusa comentar o assunto.

"O PAIGC delibera em termos coletivos", referiu, acrescentando que "há aspetos que têm que ser colocados na balança para alcançar o maior consenso possível".

"A todos os cidadãos deve ser dado o direito de entrar na Guiné-Bissau e viver em liberdade", mas no caso de Carlos Gomes Júnior "o regresso tem que ser avaliado de forma objetiva, sem motivações de outro caráter, e que priorizem assegurar a paz e tranquilidade".

Domingos Simões Pereira disse acreditar que o próprio primeiro-ministro deposto terá essa noção e presume que, quando Carlos Gomes Júnior esta semana escreveu ao secretário-geral das Nações Unidas a pedir mais segurança para poder voltar ao país, "apesar de a carta estar colocada em termos pessoais, foi uma chamada de atenção para o reforço da segurança interna na Guiné-Bissau".

Produção de cereais cresce na Guiné-Bissau, mas mantém-se difícil acesso a alimentos -- relatório

A produção de cereais na Guiné-Bissau deverá crescer 10 por cento na atual campanha, mas sem atenuar o difícil acesso a alimentos que afeta mais de metade das famílias, refere um relatório a que a Lusa teve acesso.

O cenário é traçado no relatório sobre a campanha agrícola 2013/14 elaborado pelo Governo de transição, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Programa Alimentar Mundial (PAM) e Comité Inter-Estados contra a Seca (CILSS).

Sem ser "alarmante", no arranque de 2014 "a situação alimentar continua difícil em todas as regiões do país e a maioria da população sofre bastante com a insuficiência de alimentos, mesmo que as colheitas em curso atenuem a situação nos próximos meses", refere o documento.

Agência Lusa

Eleições Presidenciais «Koumba Yala garante vitória de Nuno Nabian na primeira volta»

Bissau - O ex-Presidente da República, Koumba Yala, fundador do Parido da Renovação Social (PRS) afirmou esta segunda-feira, 27 de Janeiro, que o candidato presidencial que apoia, Nuno Gomes Nabian, vai vencer logo na primeira volta as eleições previstas para 16 de Março.

Dirigindo-se a um grupo do Círculo Eleitoral 29, no Bairro Militar, arredores de Bissau, Koumba Yala considerou que o seu candidato não tem nenhum adversário político que o possa impedir de vencer as eleições de 16 de Março logo na primeira volta.


«Nestas eleições vamos trabalhar para que não haja segunda volta, porque Nuno Nabian e eu não temos nenhum adversário neste arranque» referiu Koumba Yala perante centenas de apoiantes num dos bairros mais populosos da capital guineense.


Num tom humorístico, o ex-líder do PRS garantiu que a sua campanha eleitoral com vista às Presidenciais já teve início, por isso advertiu os seus adversários políticos a fazerem o mesmo.


Na ocasião, Yala apelou ao diálogo entre os guineenses na perspectiva de «ultrapassar as dificuldades que a Guiné-Bissau enfrenta».


«Devemos, através de diálogo, estudar soluções para conter certas dificuldades que o nosso país enfrenta, pois não existe nenhum país no mundo onde haja paraíso ou onde as coisas corram correctamente, quanto mais um país como nosso que não chegou ainda aos 100 anos de independência» referiu Koumba Yala, apoiando o candidato as Nuno Gomes Nabian.


Na opinião de Koumba Yala «só com a paz e estabilidade é que os parceiros internacionais e países amigos podem ajudar a Guiné-Bissau a sair das dificuldades tremendas que enfrenta nos últimos tempos».

Artigo de Opinião «Força ki ta pintcha fora»

by pasmalu

A declaração de António Indjai de “tolerância zero” ao narcotráfico é muito interessante, pois coloca duas questões. Ou o general, enquanto traficante, fica de fora dela; ou Indjai, enquanto traficante, elimina as concorrências existentes e mesmo as prováveis.

A resposta, talvez seja esta última, a acreditar no último caso conhecido relacionado com o narcotráfico, avançado pelo Bissau Digital, que se reporta ao passado sábado, “quando um grupo de homens da Guarda Nacional (GN), afectos ao Grupo de Intervenção Rápida (GIR) do Ministério do Interior, retirou à força dos agentes da PJ em serviços de Piquete no aeroporto de Bissau, um indivíduo que se suspeitava ter ingerido e estar a transportar cápsulas de cocaína para a Guiné-Bissau. As cápsulas seriam depois, conforme o ‘modus operandi’ deste grupo, retiradas do estômago ou do intestino do suspeito, sem qualquer processo criminal, pois os homens fardados da GN aproveitam o produto para outros canais de tráfico”.

O Bissau Digital acrescenta que “houve duras e escandalosas agressões no Aeroporto entre as duas forças, sendo que o grupo ‘mafioso’ da GN apoderou-se do suspeito para a habitual extracção das cápsulas ingeridas”. Acrescentou o braço direito do candidato Bá Quecuto: djumbleman na balisa de bás.

Este episódio é revelador do estado de coisas, ou melhor, do descalabro a que chegou o nosso País, em que até uma força que tanto resistiu ao tráfico de droga, vê agora os seus homens a querer obter proveitos do narcotráfico. Por aqui se percebe a advertência de Indjai: tráfico e proveitos só para ele e seus homens, os tais que mandou ao aeroporto buscar o traficante. Claro que convém não dar grande destaque a este caso, e como bem sabem, para o ofuscar, o djambacós Indjai fez surgir um outro caso.

Já que há algum tempo estão de candeias às avessas, que tal fazer sair a informação de um desvio por parte do procurador Batatinha. Já há muito que se sabe este não é flor que se cheire, mas já que está queimado, que tal queimá-lo ainda mais! Acusá-lo de desviar o valor de uma apreensão também no Aeroporto Osvaldo Vieira, de um indivíduo que transportava no estômago (não droga), mas 43 notas de 500 euros, três notas de 200 euros, oito notas de 100 euros, quatro notas de 50 euros, uma nota de 20 euros, uma nota de 10 euros e uma nota de 5 euros, totalizando 23.135 euros”.

Ao que parece, quando saiu, o dinheiro já vinha separado pelo valor das notas, cintado e carimbado. Questionado, Abdú Mané, de penico na mão, confirmou que o dinheiro vinha perfumado e que o vinha ajudar a acabar de pagar a casa que (ele) tinha comprado na Amadora, perto do Centro Comercial BABILÓNIA!

António Indjai declara «tolerância zero» ao narcotráfico e defende eleições na data marcada

Bissau – O Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, disse, esta terça-feira, 28 de Janeiro, que quem cometer crimes de narcotráfico será severamente responsabilizado.

Falando em Bissau quando recebia os cumprimentos do ano novo por parte da imprensa militar, e numa alusão ao tráfico de drogas que tem enfermado o país ao longo dos últimos anos, António Indjai disse que «quem for apanhado a descarregar qualquer produto narcótico, nem que seja ´marijuana´ será severamente responsabilizado pelo acto».


Na ocasião, o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas pronunciou-se também sobre as próximas eleições Gerais, marcadas para 16 de Março. António Indjai disse concordar que a ida às urnas decorra na data marcada, avisando que quem perturbar o acontecimento será também responsabilizado.


Indjai apelou ainda aos companheiros de armas no sentido de deixarem os «políticos fazer política» e manterem-se nos quartéis, e pediu também aos guineenses para deixarem de fazer intrigas e produzirem mais, porque só assim o país se poderá desenvolver.


O Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas assumiu o cargo em 2010, depois de uma revolta militar interna que depôs o então titular da hierarquia, José Zamora Induta.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Gomes Júnior duvida de eleições na Guiné-Bissau na data marcada «Em entrevista a D W África»

O primeiro-ministro deposto garante que é candidato às presidenciais. "Cadogo" considera que seria “gravíssimo” o adiamento das eleições, de 16 de março, mas acredita nessa possibilidade.

Carlos Gomes Júnior


A poucos dias do fim do recenseamento eleitoral (31.01), Carlos Gomes Júnior lança críticas ao processo de registo dos cidadãos guineenses na diáspora. O primeiro-ministro guineense, exilado em Portugal depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, qualifica o ato no contexto de “um cíclo muito dúbio”, em alusão ao calendário inicial estipulado pela Comissão Nacional Eleitoral que não foi respeitado.


Gomes Júnior que, por mera coincidência, fez o seu registo eleitoral na Cidade da Praia, em Cabo Verde, aponta algumas das falhas: “segundo informações que temos (acabei também de passar em Paris e noutros sítios), de facto há pessoas que não têm identificação como guineenses, são filhas de pais guineenses mas têm documentos estrangeiros”.


Na opinião do primeiro-ministro deposto, “seria bom não negar a nacionalidade seja a quem for. Mas na hora da eleição, as pessoas têm de estar devidamente identificadas”. Além disso, Gomes Júnior diz ter informação de que “na Guiné-Bissau uma pessoa vai com duas testemunhas recensear-se”, pelo que se está “a brincar com coisas muito sérias”, critica na entrevista exclusiva concedida em Lisboa à DW África.


Seria “gravíssimo” novo adiamento de eleições


O golpe de Estado de 12 de abril de 2012 abriu um novo período de crise política e económica


Apesar de estarem agendadas as eleições gerais na Guiné-Bissau para 16 de março, o primeiro-ministro deposto tem “dúvidas” sobre o cumprimento do calendário eleitoral, “porque mesmo a própria equipa que saiu para fazer o recenseamento no exterior (e o que fará no interior do país?) tem-se deparado com problemas financeiros”, aponta Gomes Júnior.


“As pessoas estão praticamente a viver de esmola para fazerem o seu trabalho, de maneira que são situações que podem levar ao desânimo e nós pensamos que as autoridades devem analisar isso com cabeça fria”, afirma o primeiro-ministro deposto exilado em Portugal.


No entender de “Cadogo”, como é também conhecido, “seria gravíssimo haver um novo adiamento”, porque “um Governo de transição não tem poderes legislativos para estar a discutir projetos e, nomeadamente, assumir compromissos junto da comunidade internacional. Portanto, qualquer parceiro credível exige que haja um Governo legítimo que saia das eleições”, justifica o antigo chefe de Governo.


Carlos Gomes Júnior seguia com vantagem para a segunda volta das presidenciais quando o golpe de Estado interrompeu o ciclo eleitoral


Carlos Gomes Júnior defende que não se pode adiar de novo o futuro e o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Recorda a propósito o impacto causado pelo anterior adiamento à economia guineense, nomeadamente na exportação do cajú.


“A minha preocupação é servir o meu país, continuar a servir com competência. Nós comprovamos à comunidade internacional que a Guiné-Bissau não é um país pobre, a Guiné-Bissau tem recursos, tem é que se saber explorar esses recursos, saber dar condições para que os técnicos consigam fazer o seu trabalho para que possamos pensar numa coisa comum, o desenvolvimento do país”, garante o primeiro-ministro que foi deposto no golpe de Estado de 12 de abril de 2012.


“Cadogo” quer regressar a Bissau como candidato


Apesar dos avisos que indiciam estar em risco a sua integridade física, o ex-primeiro-ministro continua decidido a regressar. Depois de se ter recenseado, Gomes Júnior reafirma a determinação em participar nas próximas eleições gerais como candidato às presidenciais: “naturalmente, porque o nosso desejo foi sempre ajudar o nosso povo a cumprir com os desígnios dos próprios combatentes pela liberdade da pátria”, observa.

“Nós pensamos que somos pessoas de bem, demos provas da nossa capacidade, da nossa determinação e vamos continuar a lutar para isso. Se não for possível ir em paz e continuar a trabalhar pelo desenvolvimento do nosso país, nós somos homens que temos dado provas do nosso prestígio internacional... em qualquer parte podemos continuar a trabalhar”, defende o primeiro-ministro deposto.


Carlos Gomes Júnior já comunicou às Nações Unidas sobre o seu calendário político e aguarda que sejam garantidas as condições de segurança que permitam o seu regresso ao país.

Fonte : D W África

Abudu Mané desviou 23 mil euros do Tesouro Público «Valor resultou de uma apreensão»

Bissau - O Procurador-Geral da República, Abudu Mané, desviou 23.135 euros do Tesouro Público guineense, valor que o Ministério do Interior restituiu junto do Ministério das Finanças a 4 de Abril de 2013.

Conforme revelou à PNN fonte do Ministério das Finanças, o valor em causa é resultante de uma apreensão efectuada no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira pelas autoridades policiais da Guiné-Bissau, que estava na posse de um cidadão oriundo da Guiné-Conacry.


Neste sentido, o Gabinete do Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública, Armando Nhaga, procedeu à entrega desta soma junto da Direcção Central de Administração, Finanças e Património do Ministério do Interior, com data de 18 de Março de 2013. Esta instituição encaminhou, por sua vez, o dinheiro para o Ministério das Finanças em Abril do mesmo ano, enquanto única entidade do Estado com competências para o efeito.


Depois de todo o procedimento, conforme avançou a mesma fonte, Abudu Mané teria ordenado que a soma fosse depositada em conta do Ministério Público no Banco da África Ocidental, cujo talão de depósito foi consultado pela PNN.


«De forma a dar cumprimento à vossa solicitação, conforme os Ofícios n.º 386/2013 e 392/2013, a Secretaria de Estado de Tesouro, Assuntos Fiscais e Contas Públicas serve-se do presente para informar ao Procurador-Geral da República que este departamento do Estado procedeu ao depósito do montante em questão para a conta da Procuradoria-Geral da República, conforme a vossa solicitação», lê-se na carta da Secretaria de Estado de Tesouro, Assuntos Fiscais e Contas Públicas, datada de 5 de Junho de 2013, que esta instituição enviou a Abudu Mané.

 
A Secretaria de Estado de Tesouro instou Abudu Mané a informar sobre o destino final do valor apreendido pelos agentes da Polícia de Ordem Pública, de forma a inscrever este montante nas receitas extraordinárias do Estado, caso venha a ser declarado como perdido a favor do Estado da Guiné-Bissau.


«Nós, na qualidade de única entidade do Estado com competências para arrecadar fundos públicos, sejam de que natureza forem, e de gestor do património do Estado, viemos rogar ao Procurador no sentido do nos informar sobre o desfecho final deste processo, com vista a inscrever o dinheiro ora em crise nas receitas extraordinárias do Estado, caso venha a ser declarado perdido a favor do tesouro público», refere a carta enviada em Junho de 2013 ao Procurador-Geral da República.


O valor foi transportado para Bissau no estômago do cidadão da Guiné-Conacry, através de ingestão, onde constavam 43 notas de 500 euros, três notas de 200 euros, oito notas de 100 euros, quatro notas de 50 euros, uma nota de 20 euros, uma nota de 10 euros e uma nota de cinco euros, totalizando 23.135 euros.


Em relação aos 40% desta soma dos quais o Ministério do Interior devia beneficiar, a fonte informou que a instituição não recebeu qualquer valor até à data.


O comportamento de Abudu Mané é do conhecimento do Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, que ainda não se pronunciou sobre a matéria em litígio entre o Ministério das Finanças, o Ministério do Interior e a Procuradoria-Geral da República.


Contactada pela PNN, a fonte da direcção financeira do Ministério Público disse optar por não falar sobre o assunto, por enquanto.

Fonte: Jornal Digital

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

PAIGC não reconhece Octávio Lopes como novo líder parlamentar

Bissau - A direcção do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) disse não reconhecer outro líder da sua bancada parlamentar na sequência da eleição de Octávio Lopes como novo líder da bancada do PAIGC, por um grupo de deputados, no último fim-de-semana.

As declarações foram proferidas por Luís Oliveira Sanca, Responsável pela logística dos preparativos do VIII Congresso Ordinário da maior formação política da Guiné-Bissau, que se realiza em Cacheu.


Luís Oliveira Sanca esclareceu que o PAIGC só reconheceu Rui Dia de Sousa como o líder da sua bancada parlamentar da Assembleia Nacional Popular (ANP).


Em relação ao congresso, que deveria ter início esta segunda-feira, 27 de Janeiro, em Cacheu, Oliveira Sanca informou que foi adiado 30 de Janeiro.


O dirigente partidário acredita que os diferendos que opõem algumas sensibilidades no interior do partido vão ser ultrapassados antes da realização do encontro magno do partido, ainda esta semana.


Uma fonte do partido, disse que a iniciativa de eleger Octávio Lopes visa facilitar a possível candidatura de Serifo Nhamadjo ao cargo do Presidente da República, assim como aprovar na próxima sessão da ANP a amnistia a favor dos autores do golpe de 12 de Abril de 2012.

PR guineense admite prolongar recenseamento, mas sem alterar data das eleições

O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, admitiu hoje um prolongamento do recenseamento para lá de 31 de janeiro, mas sem alterar a data das eleições gerais no país, marcadas para 16 de março.

Nhamadjo visitou as instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) para constatar o andamento do processo do recenseamento que disse estar num "bom ritmo".

"Com a evolução dos gráficos que vimos, o recenseamento está a uma média de 72 por cento", relativamente ao total estimado de cerca de 810 mil eleitores.

Serifo Nhamadjo admitiu que o recenseamento possa vir a decorrer para lá do prazo previsto, 31 de janeiro, próxima sexta-feira, mas sem alterar a data das eleições.

"Alterar a data do recenseamento, sim, mas nunca tocar na data de 16 de março. Se for necessário, vamos ajustar mais dois ou cinco dias, desde que isso nos dê garantias de que todos os cidadãos com idade de votar foram recenseados", observou o Presidente de transição guineense.

As alterações aos prazos previstos na lei eleitoral terão ainda de ser ratificadas pela Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.

Questionado sobre os principais problemas constatados, através das informações de técnicos do GTAPE, Nhamadjo considerou que "muita gente está por recensear" nos centros urbanos e na diáspora.

"O que nos preocupa mais é responder à demanda. Ainda há muita gente, em certas zonas do país, que se quer recensear. Os grandes problemas residem nos centros urbanos", ou seja, "Bafatá, Gabu, Bissau, Canchungo, Cacheu e na diáspora", explicou Nhamadjo.

Afirmando-se encorajado pela dinâmica do recenseamento, o Presidente de transição guineense diz-se também entusiasmado com a determinação das pessoas envolvidas no processo.

"Queremos fazer tudo para que todo o cidadão guineense na idade de votar possa ser recenseado. É esse o nosso objetivo. A partir daqui, as correções far-se-ão ao longo dos anos. A Guiné-Bissau terá um banco de dados de eleitores", notou Nhamadjo.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

A três meses do fim da licença: Empresa Russa «Photo SARL» dá sinal para a exploração de areias pesadas em Varela

Bissau – A três meses do término da contestada licença atribuída pelo Governo de transição à empresa russa «Photo SARL», não tinha ainda começado a exploração de areias pesadas em Varela, norte da Guiné-Bissau.

Teve agora início a reabilitação do troço que liga São Domingos a Varela, numa iniciativa que visa «amordaçar» as ondas de contestação por parte dos populares da zona.

Uma fonte local disse que o início das obras de reabilitação desta estrada, assim como da ponte sobre o Rio Cool, situada a quatro quilómetros da sede Administrativa da Secção de Suzana, que se encontram em más condições de transitabilidade, visam apenas o início dos trabalhos da exploração das areias pesadas de Varela, facilitando assim a circulação das máquinas em funcionamento no processo de extracção de tais mineiros.


Em face desta realidade, que está a despoletar uma onda de críticas e de resistência por parte das povoações, a fonte lamenta «o sacrifício que a população desta zona vai enfrentar, sobretudo na época das chuvas que se avizinha, mediante estes aterros que estão a pôr na estrada. Sem dúvida o troço será intransitável para pequenas viaturas e, provavelmente, este facto irá colocar os populares em isolamento, além das consequências ambientais que vai gerar no seio da nossa reserva natural».


Entretanto sabe-se que um alto dirigente ligado ao Ministério de Recursos Naturais da Guiné-Bissau, entidade responsável pela atribuição da Licença de Exploração daqueles recursos, aparentemente descontente com os procedimentos em curso, aconselhou Associação dos Filhos de Secção de Suzana «Onenoral», estrutura que tem defendido o interesse dos populares daquela área afectada, a intentar uma previdência cautelar no tribunal para impedir o processo da exploração, sob o argumento de que a empresa russa «Photo SARL» não reúne condições técnicas para iniciar os trabalhos, sem que ponha em risco as vidas das pessoas e as aldeias nas redondezas.

«Ninguém sabe, até então, qual será o destino dos populares da zona de exploração uma vez que se iniciem os trabalhos. Para além da poluição do meio ambiente circundante, os populares serão obrigados a deslocar-se e a abandonar as suas povoações», informou um habitante de Suzana, que questionou ainda que ninguém, individual ou colectivamente, tenha recebido qualquer plano de evacuação das áreas que serão trabalhadas pela exploração da Areia Pesada de Varela.


Por isso, disse que «a luta vai continuar, tanto que vai perguntar-se ainda mais sobre os benefícios de que a população vai usufruir, das consequências, dos prejuízos a enfrentar no futuro com o abandono forçado dos seus bens, nomeadamente casas, frutas, reservas naturais, locais de rituais, de cultivos, etc.», referiu a testemunha, concluindo o seu argumento carregado de muita revolta interna.


A Empresa «Photo SARL» foi vencedora do concurso lançado pelo Governo de transição para a exploração de areias pesadas em Varela, concretamente na Tabanca de Nhiquim, norte da Guiné-Bissau, zona fronteiriça com o Senegal. O contrato é válido pelo período de um ano, devendo terminar já em Abril.

«Guerra fria» vinda do exterior» PJ sob «marcação cerrada» através de uma censura silenciosa

Guiné-Bissau: Bissau - A Policia Judiciária guineense tem sido alvo de uma «guerra fria» vinda do exterior.

Desde a era de Carlos Gomes Júnior, mediante a atual estrutura militar liderada pelo General António Indjai, os agentes da PJ são considerados «hostis» aos «interesses obscuros» de alguma força oculta, de certa forma considerados muito envolvidos em atos ilícitos.

As linhas de investigação dos agentes da Policia Judiciária (PJ) sobre determinadas matérias, nomeadamente ligadas ao crime organizado, apresentam, no final de contas, pessoas ligadas a estruturas pesadas do poder militar e civil.

Tanto assim é que, num dos registados casos, três agentes da PJ que estavam a seguir uma pista para uma eventual operação de narcotraficantes, sob perseguição perigosa de homens armados disfarçados, foram obrigados atravessar a fronteira para o lado da Guiné Conakry, país vizinho, onde ficaram por algum tempo temendo represálias de morte.


Isto, adicionado à captura e consequente tortura de um agente da PJ no princípio de 2013 por parte de homens fardados, só porque alguém ligado a um regimento militar teria recebido uma notificação para responder a uma queixa interposta naquela instituição policial, e o agente encarregue do processo acabou por ser vítima de rapto e espancamento, sem que houvesse alguma responsabilização judicial ou administrativa.


Estes são dois, de entre vários outros casos, que deixam diretamente os agentes da PJ em «lençóis» arriscados e sob cruzadas ameaças oriundas de fora.


Aliás, isto ficou uma vez mais provado recentemente, quando a PJ estava a ouvir indivíduos supostamente envolvidos no espancamento do ministro de Estado, dos Transportes e das Telecomunicações, Orlando Mendes Viegas, e apareceu um grupo de pessoas com uniformes policiais e da Guarda Nacional envolvendo-se com o Diretor Nacional da Policia Judiciaria e os seus agentes, retirando à força as pessoas que estavam a ser ouvidas naquele instante, no âmbito do citado processo.


«Um oficial da Brigada de Intervenção Rápida (BIR) agrediu física e verbalmente o diretor da PJ e ameaçou-o de morte juntamente com a família. Nesse mesmo dia, um colega nosso foi espancado pelos agentes da Guarda Nacional à frente do nosso portão. Eles encontravam-se ali para um eventual resgate das pessoas que estavam a ser ouvidas na nossa sede, caso fossem ordenadas as suas detenções», referiu uma fonte policial.


«Não quero citar nomes devido a questões de segurança. Mas, desde a abertura desse inquérito, o de espancamento do ministro Viegas, a PJ tem estado sob ameaças de assalto por outras forças. A Polícia de Ordem Pública (POP) e a Guarda Nacional (GN) não querem ver a PJ e os seus efetivos. Andam sempre a importunar o nosso trabalho», concluiu a mesma fonte.


O cenário descrito acontece no exato momento em que a PJ guineense enfrenta dificuldades de funcionamento das mais críticas na sua recente história operacional. Sem combustível regular para abastecer as viaturas, condição indispensável pera efetuar diligências e operações de terreno.


Conforme uma fonte da PJ, tem havido dificuldades na emissão de notificações, devido à escassez de resmas», referiu um alto responsável da PJ, para quem técnica e operacionalmente não se pode processar qualquer matéria investigativa e, em consequência, «como se pode então combater a criminalidade?».


«Nós somos parente pobre e mal-amado do Governo», rematou este alto responsável na hierarquia da PJ guineense, que não hesitou em afirmar que a situação laboral da PJ vai «de mal a pior», isto em face de constantes agressões estratégicas de grupos de narcotraficantes contra a Guiné-Bissau.


O mais recente caso aconteceu este sábado, 25 de Janeiro, quando um grupo de homens da Guarda Nacional (GN), afectos ao Grupo de Intervenção Rápida (GIR) do Ministério do Interior, retirou à força dos agentes da PJ em serviços de Piquete no Aeroporto de Bissau, um indivíduo que se suspeitava ter ingerido e estar a transportar cápsulas de cocaína para a Guiné-Bissau. As cápsulas seriam depois, conforme o «modus operandi» deste grupo, retiradas do estômago ou do intestino do suspeito, sem qualquer processo criminal pois os homens fardados da GN aproveitam o produto para outros canais de tráfico.


Neste último cenário houve duras e escandalosas agressões no Aeroporto entre as duas forças, sendo que o Grupo «mafioso» da GN apoderou-se do suspeito para a habitual extração das cápsulas ingeridas.


São estes entre vários outros cenários, que marcam o quotidiano dos agentes da PJ na Guiné-Bissau, que assim colocam as suas vidas em risco e sem qualquer tipo de proteção política, catapultando uma onde de desmotivação no seio da corporação policial.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A Euronews lança, a partir de Brazzaville, o 1° canal de notícias multilíngue pan-africano, Africanews

 

Eleições Gerais de 16 de Março (Carta aberta de Carlos Gomes Júnior a Ban Ki-Moon)

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Partido mais votado da Guiné-Bissau (PAIGC) escolhe nova liderança a partir de quinta-feira


O PAIGC, a força política mais votada no parlamento da Guiné-Bissau, vai realizar a partir de quinta-feira o seu oitavo congresso para escolha de uma nova liderança, disse à Lusa fonte partidária.

O encontro do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde vai decorrer até domingo, dia 02 de fevereiro, na vila de Cacheu, no norte do país.

De acordo com a mesma fonte, a decisão saiu de uma reunião do Comité Central, realizada no sábado, em Bissau.

Agência Lusa

Após três candidaturas à Presidência da Guiné-Bissau, jurista defende igualdade de género com poemas

A defesa da igualdade de género é o tema principal do livro "Retratos de Mulher", a primeira aventura literária de Antonieta Rosa Gomes, jurista e ex-governante, por três vezes candidata à presidência da República da Guiné-Bissau.

"Temos de assumir a nossa condição [de mulher] para provocar a mudança", destacou, durante o lançamento do livro no Centro Cultural Brasileiro, em Bissau.

Assim surgem 32 poemas com "recordações de infância e constatações da realidade social" de um país em que a mulher ainda é discriminada nos mais diversos aspetos do quotidiano, apesar das tarefas que desempenha como pilar emocional e económico da família.

Agência Lusa

domingo, 26 de janeiro de 2014

Nem mais...nem menos... Depois da Taciana, a Judoca que ganhou o OURO ontem, O Atletismo Nacional leva para a Guiné Bissau 2 medalhas, uma de PRATA e outra de OURO !!!!!!!

Ouro para Holder da Silva e novo recorde dos 200 metros e prata para Graciela Martins em Goa!

Nem mais...nem menos... Depois da Taciana, a Judoca que ganhou o OURO ontem, O Atletismo Nacional leva para a Guiné Bissau 2 medalhas, uma de PRATA e outra de OURO !!!!!!!

Graciela esteve impecável na sua prova garantindo-nos a PRATA e o Holder, nos 200 metros, "atirou" o OURO para as bancadas mostrando ao estádio cheio de que a GUINÉ BISSAU enfrenta hoje as dificuldades que enfrenta, mas que, os Guineenses nunca desistirão.

Estas medalhas são fruto de muito sacrifício e empenho e de muito apoio e coragem que sempre, todos vocês nos deram. Dos únicos dois atletas que conseguimos trazer devido à eterna falta de meios, conseguimos duas lindas medalhas.


A judoca da Oi/Sogipa Taciana Lima conquistou a medalha de ouro nos Jogos da Lusofonia, disputados em Goa, na Índia. A atleta, que compete por Guiné Bissau desde o ano passado em virtude de sua dupla nacionalidade, conquistou o primeiro ouro da história do país africano no evento.

Para chegar ao topo do pódio, Taciana derrotou três adversárias – de Índia, Sri Lanka e Macau. A primeira vitória foi com shidô e as duas seguintes por ippon. A conquista foi a quarta dela por Guiné Bissau – antes ela faturou os títulos do Campeonato Afriano e das etapas do Open de Lisboa e Ilhas Maurício.

“É muito bom começar o ano assim”, comemorou Taciana, atual número 13 do ranking mundial na categoria ligeiro. “E para Guiné Bissau é um feito. Ver a alegria deles me satisfaz muito”, contou a atleta, que foi acompanhada em Goa pelo presidente do Comitê Olímpico do país africano.

Com a medalha no peito, Taciana retorna agora a Porto Alegre para dar continuidade aos treinamentos para as competições da temporada.

PAIGC na Guiné Bissau com problemas de liderança de grupo parlamentar

Parlamento da Guiné Bissau.

O histórico partido PAIGC, na Guiné Bissau, está cada vez mais dividido, ao nível do seu grupo parlamentar que se apresenta actualmente com dois líderes reclamando para si a legitimidade e a legalidade.

Há muito tempo que nada vai bem no partido de Amílcar Cabral, que recorrentemente é assaltado por guerras intestinas e luta pelo poder, quer na liderança partidária, quer no governo, na presidência ou no Parlamento.

O último incidente, dá-se no Parlamento, onde o grupo parlamentar do PAIGC, tem actualmente dois líderes nas pessoas de Octávio Lopes, acabado de ser eleito, por uma maioria  dos deputados, e de Rui Diã de Sousa, afastado por alegados maus procedimentos, mas que afirma manter-se em funções, porque só, a direcção do partido tem competência para o substituir.

Aliás, a direcção do PAIGC, já reagiu, rejeitando a eleição de Octávio Lopes, com um dos seus vice-presidentes, coronel Saturnino Costa, a dizer que compete ao comité central do partido, propor o nome do líder parlamentar.

Por seu lado, Octávio Lopes, jovem jurista formado em Portugal, replicou dizendo que só os deputados têm prerrogativas para eleger o seu líder e nunca a direcção do partido

Fonte : RFI

Opinião Pasmalu - Eleições à força

by pasmalu

A chamada comunidade internacional liderada pelo Ban Ki Moon, na pessoa do "passageiro frequente" Ramos Horta, caiu por estes dias em força em Bissau para passar uma mensagem sibilina: Quer queiram, quer não queiram, vão ter eleições à força!

Serão fraudulentas? Pouco importa.Vão criar conflitos graves, susceptiveis de degenerar em violência? Logo diremos que os guineenses são um povo imaturo e selvagem.

Em nada vão contribuir para a clarificação e normalização da situação política? Que se lixe, porque a democracia é isso mesmo: eleições quanto basta.

Em Bissau, o número de recenseados é extremamente baixo o que demonstra uma vontade expressa em eliminar os jovens descontentes?

Nós cá estaremos para dizer se as eleições foram justas, sérias e transparentes. O que é preciso é que esta palhaçada encenada e levada a palco por Ramos Horta, acabe depressa, custe o que custar.

As declarações sucedem-se para convencer que as eleições a 16 de Março vão mesmo acontecer. Amanhã, os que andam agora a garantir, serão os primeiros a lavar as mãos das consequências.

As culpas nunca recairão sobre os funcionários pagos a preço de ouro para criar um clima de paz e entendimento para se fazerem eleições.

Todos veem a violência outra vez a subir e...ainda não começou a campanha.

Triste noção do que é a Democracia que esta gente tem...

Artigo de opinião - Barros humilhado em concurso da CEDEAO

by pasmalu

O primeiro-ministro Rui Barros, já de barriga cheia com os negócios em que se meteu neste ano e meio (droga, estradas, petróleo, madeira roubada para a China, etc.) e temeroso do que lhe vai acontecer quando cair do poder, prepara afanosamente a sua fuga para o estrangeiro.

Decidiu candidatar-se a um posto de recursos humanos na CEDEAO e apresentou-se a concurso, levando consigo sufas e apaniguados.

O pessoal da CEDEAO é que não esteve com medidas e começou logo por lhe perguntar: mas afinal você não é o chefe do governo? Não tem compromissos com a fase de transição? Porque está a abandonar o cargo? Isso não é deontológico! Rui Barros engoliu logo em seco.

Perguntaram-lhe a seguir: mas você já cá esteve em tempos e fez um péssimo trabalho que todos guardamos na memória. O que mudou para voltar à carga?

De seguida emitiram uma opinião: você enquanto chefe do governo levou o país à bancarrota. É com esse currículo que se vem aqui apresentar?

Conta quem assistiu a tudo que o homem foi completamente enxovalhado e, cobarde como é, arrumou os cargos e meteu-se no avião de regresso a Bissau, sem dizer uma única palavra.

Que vergonha!

Uma vitória estrondosa do Colectivo de Apoio de Domingos Simões Pereira que elegeu 65 delegados DA CONFERÊNCIA DE OIO

Após o anúncio do Tribunal Regional de Bissau, sobre as Providências Cautelares, relativos as Conferências de Bafatá e Oio, em que a juíza no caso da primeira considerou improcedente a queixa de Fodé Manafa, confirmando os resultados do Colectivo de Apoio de Domingos Simões Pereira e na segunda proferiu um despacho favorável a reivindicação do João Seidi Bá Sané, delegado da candidatura de Braima Camará, instruindo para que se repetisse a devida conferência, ontem, dia 24 de Janeiro, na biblioteca do partido, da sede nacional do PAIGC, teve lugar a Conferência de Oio.

Foi uma vitória estrondosa do Colectivo de Apoio de Domingos Simões Pereira que elegeu 65 delegados. Dos 126 delegados previstos para o Congresso, na referida Conferência participaram 84 delegados, incluindo os do pleno direito.

O novo presidente da Comissão Política eleito foi Quipa Có.

Com este resultados confirma-se que o partido de Amílcar Cabral tem valores que urge preservar.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Ultimas Noticias sobre o recenseamento em França

A diáspora guineense em França foi informada hoje pela sua representação diplomática de que não poderá deslocar para as diferentes regiões ou cidades de França como tinha indicado, por falta de orçamento adequado para tal, e por outro lado, de um calendário muito apertado em relação ao numero dos guineense residentes em França.

A esse efeito, a diáspora guineense em França apela as autoridades diretamente ligadas a esse processo para solucionar rapidamente esta situação financeira. e por outro lado prolongar o período de recenseamento eleitoral, visto que perdemos quinze dias de recenseamento.


A diáspora Guineense

Responsável da ONU termina visita

António Patriota foi categórico reafirmando a vontade da Comunidade Internacional de ver cumprido o calendário eleitoral.

O presidente da Comissão de Apoio para Consolidação da Paz das Nações Unidas, onde estão inscritos cinco países africanos, Guine-Conakry, Libéria, Serra leoa, Burundi e República Centro africana, terminou sua visita a Bissau.

Foi uma visita de cinco dias. António Patriota esgotou a sua agenda por ter reunido com diferentes figuras do atual executivo de transição na Guiné-Bissau, estruturas ligadas diretamente ao processo eleitoral, assim como com representantes de organizações internacionais sedeadas no país.


Nestas ocasiões o diplomata brasileiro transmitiu uma mensagem uniforme a todos os seus interlocutores.


De referir que esta mensagem, referida por Patriota, consta também da última declaração do Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Dezembro último, na qual salientava ainda que a importância da Consolidação da Paz e Estabilidade na Guiné-Bissau, não passa apenas pelo respeito a ordem constitucional ou ao processo eleitoral, mas sim pelas reformas judiciais, no sector da defesa e segurança, neste particular, com a cessação da interferência dos militares nos assuntos civis.


António Patriota foi ainda categórico em reafirmar a vontade da Comunidade Internacional em ver cumprido o calendário eleitoral, ou seja, que as eleições gerais tenham lugar no dia 16 de Março deste ano.


Advertência diplomática do Embaixador brasileiro ao serviço das Nações Unidas, António Patriota, no termo da sua visita de cinco dias a Bissau a convite do Escritório Integrado da ONU para a Consolidação da Paz no país, chefiado pelo Premio Nobel de Paz, o timorense José Ramos Horta.

2013 Cabo Verde repatriou 281 estrangeiros, na maioria guineenses

As fronteiras cabo-verdianas repatriaram, em 2013, 281 cidadãos estrangeiros, na maioria oriundos da Guiné-Bissau, em que 247 se justificaram pela falta de meios de subsistência e 19 por se carecer de visto de entrada, indicam dados oficiais.

Segundo dados da Direção de Estrangeiros e Fronteiras (DEF) de Cabo Verde, solicitados pela agência Lusa ao Ministério da Administração Interna, os cidadãos repatriados em 2013 são de 26 nacionalidades diferentes, com os oriundos da Guiné-Bissau a registarem 67 dos casos, seguida pelo Senegal (54), Nigéria (46), Guiné-Conacri (23) e Gâmbia (11).

Os dados, que pela primeira vez são apresentados por nacionalidades, indicam que foram igualmente considerados "inadmissíveis" cidadãos da Argélia e Serra Leoa (ambos com nove), Egito (oito), Mali, Síria e Togo (todos com sete), Costa do Marfim e Gana (ambos com seis) e Indonésia (quatro).

A lista de repatriados, detidos nas fronteiras portuárias e aeroportuárias cabo-verdianas, engloba ainda cidadãos da África do Sul, Alemanha, Angola, Bélgica, Benim, Camarões, China, Grécia, Libéria, Tunísia e Turquia, todos com três ou menos casos.

Segundo os dados, em 2011 foram considerados "inadmissíveis" 599 cidadãos estrangeiros, número que baixou em 2012 para 381 e, em 2013, para 281, nenhum deles de nacionalidade portuguesa.

Já este ano, pelo menos seis cidadãos de origem síria foram reconduzidos a Dacar, país de onde partiram de avião para Cabo Verde, cujas autoridades detetaram serem portadores de passaportes falsos.

Sobre a questão, a ministra da Administração Interna (MAI) de Cabo Verde, Marisa Morais, desdramatizou quinta-feira a detenção, nos últimos dias, de vários cidadãos estrangeiros, maioritariamente sírios, portadores de passaportes falsos, alegando ser "uma situação normal em qualquer parte" do mundo.

Marisa Morais, que falava aos jornalistas no final da apresentação oficial da campanha de entrega voluntária de armas de fogo, sublinhou que o número de casos de cidadãos considerados "inadmissíveis" está dentro dos parâmetros normais.

"São vários os casos que acontecem todos os dias nas fronteiras, tal como acontece nas fronteiras de todo o mundo. Temos regras. Temos uma lei que reflete as condições de entrada e saída de estrangeiros e, quando não se cumprem esses requisitos, são considerados inadmissíveis", sublinhou Marisa Morais.

"O facto de haver indivíduos que não conseguem entrar no país espelha o que o Governo tem estado a fazer para securizar as fronteiras. Há um investimento muito forte na segurança e na deteção de documentos falsos, o que permite uma rápida intervenção de cidadãos de todas as proveniências", sublinhou Marisa Morais.

A ministra cabo-verdiana sublinhou que a segurança nas fronteiras vai continuar a aumentar, com as medidas em curso para as aperfeiçoar e modernizar.

Presidente da LGDH considera que narco-tráfico afecta direitos humanos na Guiné Bissau

Em declarações à imprensa à margem da I Conferência Internacional Sobre Políticas de Drogas nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que terminou Quinta-feira na cidade da Praia, em Cabo Verde, Luís Vaz Martins defendeu que a situação vigente fica a dever-se à fragilidade das instituições, agravada pela situação política que o país vive devido à permanente interferência dos militares.

 

“As instituições são frágeis e há um problema de responsabilização, não só no que se refere a crimes relacionados com o narcotráfico como no que toca aos de motivação política, nomeadamente homicídios” pontuou aquele activista social.

Na interpretação de Luis Vaz Martins, essa realidade “tornou-se mais evidente desde o Golpe de Estado (ocorrido a 12 de Abril de 2012)”, mas a esperança, perspectiva, é que esses problemas se resolvam com o regresso do país à normalidade a partir das eleições previstas para 16 de Março do corrente ano.

O POVO NÃO MERECE

“Sabemos que o que se está a passar em relação ao narco-tráfico na Guiné-Bissau ocorre a um nível macro, mas entendemos que apelidar o país de narco-Estado não é a melhor forma de resolver o problema porque, ao fazê-lo, estamos a criar mais problemas que o próprio narcotráfico”, defendeu o presidente da LGDH.

Em jeito de chamada de atenção visando contrariar a estigmatização de que considera estar o seu país a ser vítima, Luís Vaz Martins entende que é necessária prudência na identificação e designação de certos fenómenos, uma vez que, na sua opinião, o povo guineense não merece o sofrimento porque está a passar. “Toda a sociedade guineense está a lutar para que a problemática da droga seja abordada sob outros ângulos, uma vez que o país, com as instituições que tem, passa por uma fase bastante delicada que está a ser aproveitada pelos barões da droga”, referiu.

Neste ponto, o presidente da LGDH voltou a invocar a questão da ausência de responsabilização daqueles que se dedicam ao narco-tráfico, promovida, na sua leitura, por pessoas que “assaltaram os poderes cimeiros da República e os órgãos de decisão para institucionalizarem o negócio criminoso da droga”.

“Acredito que esta é apenas uma fase que a Guiné-Bissau está a atravessar e que vai ultrapassar assim que se normalize a situação política, mas em circunstância alguma aceitamos o termo narco-Estado para designar a o nosso país”, enfatizou.

De qualquer forma, na opinião de Luís Vaz Martins, as implicações do fenómeno do narco-tráfico na vida dos cidadãos guineenses são evidentes e graves, afectando de forma negativa a observância dos direitos humanos naquele país.

“O tráfico de drogas tem contribuído negativamente para a afirmação da democracia e esteve presente no último Golpe de Estado” afirma peremptoriamente o activista dos Direitos Humanos, considerando que “quando, devido ao narco-tráfico, não consegue afirmar-se e criar condições de bem-estar, realizar a justiça em nome do povo e garantir a segurança dos cidadãos, essa criminalidade está a conduzir o Estado ao falhanço.

A OMNIPRESENÇA DOS MILITARES

Essa é a situação concreta que a Guiné-Bissau está a viver, diz o presidente da LGDH, que atribui as responsabilidades, não apenas aos autores do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 como, igualmente, aos militares que, no passado, estiveram na base de outros momentos de instabilidade política que o país viveu.

“Acreditamos que essa é a realidade porque a Guiné-Bissau fez um percurso muito complicado na sua ascensão à independência, tendo o seu território sido palco de uma luta de libertação muito renhida que não lhe permitiu preparar-se para uma boa transição”, defendeu Luís Vaz Martins, lembrando que tanto nessa fase como depois da independência e posteriormente, foram os militares que sempre dirigiram o país.

A omnipresença dos militares no poder na Guiné-Bissau é algo que não pode ser negado, segundo aquele activista dos Direitos Humanos, que destaca o longo período, de quase duas décadas de liderança, de Nino Vieira e, após o golpe que o depôs, a interferência permanente e activa dos homens dos quartéis, “que se assumem como donos da história”, na vida política do país.

“Por isso, pensamos que os militares têm uma forte quota de responsabilidade, se bem que tendo contado sempre com a cumplicidade de uma classe política pobre e sem argumentos que lhes permite ter uma posição muito nefasta de per- turbação da vida pública na Guiné- Bissau” afirma Luís Vaz Martins.

PROCESSO ANORMAL

O presidente da LGDH comentou igualmente, “com preocupação”, a morosidade e a desorganização que tem marcado o processo de recenseamento eleitoral de cidadãos guineenses que está a decorrer, nomeadamente em Cabo Verde, tendo em vista a constituição dos cadernos para as eleições de Março próximo.

Luís Vaz Martins enalteceu o forte interesse que os seus conterrâneos estão a manifestar em relação ao recenseamento e às consequentes eleições, afirmando esperar que essas expectativas não fiquem frustradas pelos constrangimentos que se vêm registando.

O esforço da representação consular da Guiné-Bissau em Cabo Verde no sentido de levar o recenseamento a outros pontos do arquipélago, apesar de só dispor de um kit, também foi destacado como “positivo” pelo presidente da LGDH, que receia, no entanto, que um número significativo de potenciais eleitores fique por recensear.

“Todo este processo, mesmo ao nível do território da Guiné-Bissau, está a funcionar com uma certa anormalidade porquanto se tinha previsto 21 dias para o recenseamento mas foi necessário, no entanto, alargar o prazo”, indicou Luís Vaz Martins, para quem o prazo suplementar pode não ser suficiente para recensear todos os 800 mil potenciais eleitores guineenses.

As consequências poderão vir a ser uma nova dilatação do prazo de recenseamento e o consequente adia- mento das eleições, na perspectiva do activista guineense, para quem

o principal resultado seria a perpetuação do regime militar vigente na Guiné-Bissau.

“É uma situação que nos preocupa imenso porque é urgente pôr um ponto final neste clima de ditadura militar que se tem vivido, marcado por perseguições, restrições às liberdades civis fundamentais, nomeada- mente de manifestação e expressão, espancamentos de cidadãos e, inclusivamente, assassinatos, além da inoperância absoluta do aparelho do Estado”, conclui Luís Vaz Martins.

Ramos-Horta diz que oficiais do SIE são «vítimas dos rumores que inventam»

Bissau - O Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse esta quinta-feira, 23 de Janeiro, que alguns «irmãos» da área da Segurança, nomeadamente do Serviço de Informação de Estado (SIE), lançam rumores que acreditam ser verdade acabando por se tornar vítimas dessas «invenções».

«O problema de alguns irmãos neste país, na área da Segurança, é que lançam rumores e depois acreditam neles, tornando-se vítimas dos rumores que inventam», disse José Ramos-Horta.


As declarações foram feitas em conferência de imprensa no final da visita de António Patriota, Representante Permanente do Brasil nas Nações Unidas e Presidente do Grupo Encarregue da Guiné-Bissau junto da Comissão das Nações Unidas para a Consolidação da Paz.

O Representante Especial de Ban Ki-moon na Guiné-Bissau confirmou que militares e elementos da Guarda Nacional armados se deslocaram a Buba e disseram que pretendiam revistar a sede da ONU, tendo como justificação a alegada presença de Carlos Gomes Júnior, o ex-Primeiro-ministro deposto a 12 de Abril.


«Como se Carlos Gomes Júnior viesse à Guiné-Bissau, e logo a Buba. Só cabe na cabeça de quem não tem nada para fazer imaginar estas coisas», enalteceu Ramos-Horta.


O responsável máximo da ONU em Bissau disse que os homens armados foram informados de que não poderiam revistar a sede da ONU, e adiantou que o Chefe do grupo contactou o seu Comandante, que de imediato ordenou a retirada dos homens armados do local.


O ex-Presidente timorense e Nobel da Paz confirmou que os homens estavam mesmo armados e que, depois da conversa com o Chefe máximo dos militares, garantiram não voltar a praticar um ato desta natureza.


Dias depois de ter acontecido, o assunto foi considerado um «tabu» entre o próprio Gabinete de imprensa da ONU em Bissau e o Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

General ameaça Carlos Gomes Júnior “Ele que venha e viva por conta e risco”

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Homens armados terão invadido uma delegação da ONU à procura do ex-primeiro-ministro, mas Dahaba Na Walna nega envolvimento das Forças Armadas. No entanto lança o aviso: “Ele que venha e viva por conta e risco”

Em entrevista ao portal de informação DW, o porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general Dahaba Na Walna, referindo-se ao possível regresso do ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior (foto), disse secamente: “Ele que venha e viva por conta e risco”. A afirmação do general está a ser entendida como uma ameaça velada ao ainda líder do PAIGC, afastado do poder pelo golpe de Estado de Abril de 2012.

Na mesma entrevista, o general golpista negou que as Forças Armadas tenham invadido as instalações das Nações Unidas na localidade de Buba, no sul da Guiné, em busca de Gomes Júnior, contrariando a versão posta a circular pela imprensa bissau-guineense. “Não foi autorizado pelo Estado-maior. Não me parece que seja possível que comandos regionais tomem decisão neste sentido”. No entanto, os relatos apontam para um grupo de homens armados que terá invadido de facto as instalações.

O general diz que o Estado-Maior já escreveu uma carta a Ramos-Horta, negando que tal tenha acontecido por ordem das chefias militares. “Não voltarei a me pronunciar sobre esta questão. Carlos Gomes Júnior pode voltar como qualquer cidadão. É cidadão deste país. Ninguém tem o direito de viver neste país mais do que Carlos Gomes Júnior. Ele que venha”, acrescentou ainda Dahaba Na Walna.

Segundo informações postas a circular pela imprensa local, o próprio representante do secretário-geral da ONU (e anterior presidente de Timor-Leste) teria sido revistado publicamente por agentes dos serviços de segurança.

Cidade Velha em Praia Cabo Verde, e Cacheu da Guiné-Bissau passam a ser cidades irmãs

Recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau chega a 68% do previsto após sete semanas

Há 555 mil eleitores registados na Guiné-Bissau, o que representa 68 por cento do total previsto, após sete semanas e alguns dias de recenseamento, anunciou o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).

O processo tem em vista as eleições gerais marcadas para 16 de março, as primeiras depois do golpe de Estado de abril de 2012.

Os dados, recolhidos na terça-feira e revelados na quarta numa reunião com parceiros internacionais, têm por base uma estimativa de 810 mil potenciais eleitores - o que significa que ainda haverá 262 mil por registar nos cadernos eleitorais.

Agência Lusa

Guiné-Bissau entre os que mais liberdades perderam desde 2009 - Freedom House

A Guiné-Bissau está entre os dez países que mais perderam em liberdades políticas e civis nos últimos cinco anos, revela hoje o relatório anual da Freedom House, hoje divulgado.

Intitulado 'Liberdade no Mundo 2014', o relatório conclui que no ano passado 54 países registaram declínios das suas liberdades, enquanto 40 tiveram ganhos.

No documento, cada país ou território é classificado com dois números de um a sete, o que avalia os seus direitos políticos e as suas liberdades civis, sendo que 'um' representa o mais livre e 'sete' o menos livre.

Agência Lusa

A maioria dos deputados do (PAIGC) retiram confiança política ao líder parlamentar

Guiné-Bissau: deputados do PAIGC retiram confiança política a líder


A maioria dos deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde principal força no Parlamento guineense, decidiram retirar a confiança política ao seu líder, Rui Diã de Sousa, por acusações de "maus procedimentos".

Em carta assinada pelo deputado Carlos Cassamá, em nome de 35 dos 67 parlamentares que compõem a bancada do PAIGC, é referido que foi retirada a confiança a Diã de Sousa e que na sexta-feira serão feitas eleições para a escolha de um novo líder.

Fonte do PAIGC ligada aos subscritores da carta explicou à Agencia Lusa que o líder parlamentar "tem vindo a ter maus procedimentos" no tratamento de assuntos de interesse do partido.

A fonte escusou-se a revelar mais pormenores sobre a acusação contra Rui Diã de Sousa.

Confrontando com a situação, Diã de Sousa, antigo ministro das Finanças guineense, disse estar tranquilo e aguardar a reação da direção superior do PAIGC sobre o assunto.

O político confirmou que teve lugar na quarta-feira uma reunião entre "alguns deputados" da bancada do PAIGC, sem a sua presença, por não ter sido convidado.

Para Rui Diã de Sousa, "não é um procedimento normal" à luz do regimento da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento guineense), nem dos estatutos do PAIGC, propor a substituição do líder parlamentar da forma como os 35 deputados pretendem.

Os subscritores da carta de retirada de confiança política a Rui Diã de Sousa são apoiantes da candidatura de Braima Camará ao cargo de presidente do PAIGC no oitavo congresso, ainda sem data, e em que se deverão perfilar os candidatos às eleições gerais de 16 de março.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Embaixador António Patriota visita Guiné-Bissau

O Embaixador Brasileiro António Patriota, igualmente Presidente da Comissão da Consolidação da Paz na Guiné-Bissau cumpre o 2ºdia de uma visita de trabalho de 4 dias.


O objectivo da missão é identificar e reavaliar a situação da Guiné-Bissau a partir de Abril de 2012.


Esta terça-feira, o Embaixador António Patriota reuniu-se com o Presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo.
O encontro durou pouco mais de uma hora e as questões colocadas ao Presidente de Transição foram o processo eleitoral, o isolamento internacional que o país vive desde o golpe de Abril de 2012, o fortalecimento da democracia, as perspectivas e prioridades do Presidente para esta transição.


No final do encontro, o Embaixador António Patriota não falou aos jornalistas.Mas o Representante especial do Secretário Geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta explicou aos jornalistas que o Presidente Serifo Nhamadjo manifestou ao Presidente da Comissão de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau as suas preocupações com as dificuldades políticas que o país atravessa, evocando as "dificuldades no seio de cada partido. Dificuldades no seio do PAIGC, PRS e tantos outros partidos."


José Ramos Horta disse que "não é caso de alarme, situação de dificuldades de entendimento dentro dum partido grande são normais. O importante é que os líderes se entendam".


Segundo contou o diplomata da ONU, José Ramos Horta, o Embaixador António Patriota disse que há razão para optimismo, justificando a tese de que a Guiné-Bissau "felizmente não atravessa guerras fratricidas, étnicas e religiosas como outros países".


Assegurou que é "um país com enormes potencialidades. Agora cabe à elite política sentar-se à mesa entender-se e resolver os problemas, concordar sobre uma visão, um programa para o futuro do país".


Na segunda-feira, o Representante Permanente do Brasil nas Nações Unidas, António Patriota, foi recebido pelo Ministro Guineense dos Negócios Estrangeiros, Fernando Delfim da Silva.
O chefe da diplomacia guineense explicou ao responsável pela consolidação da paz na Guiné-Bissau que "o país enfrenta um momento crítico. Há dificuldades do ponto de vista político e social e há riscos de ruptura que não quer dramatizar".


Delfim da Silva afirmou que é preciso que "o país do ponto de vista social e político se restabeleça e se normalize. Os riscos existem, cabe-nos a nós, com o apoio da Comunidade Internacional, prevenir e ultrapassar os riscos".


De acordo com agenda, o Embaixador António Patriota vai manter encontros com os Presidentes do Supremo Tribunal de Justiça, da Comissão Nacional de Eleições, Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e Sociedade Civil.

UNIOGBIS promove formação sobre «A Mulher na Defesa e Segurança»

Bissau - O Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, vai marcar presença como convidado no workshop sobre «A Mulher na Defesa e Segurança» que tem início esta quinta-feira, 23 de Janeiro, nas instalações da Escola Nacional de Administração (ENA).

Na iniciativa vão também estar presentes o ministro do Interior, António Suca Ntchama, bem como representantes do Estado-Maior General das Forças Armadas e das Forças de Segurança
O tema da formação, «Mulher na Defesa e Segurança», será apresentado esta quinta-feira, seguindo-se depois as apresentações dos indicadores do total dos efetivos e número de mulheres, bem como das oportunidades de certificação para Força de Segurança.


A formação conta com uma participação de 34 auditores, oriundos dos diferentes ramos da Defesa e Segurança da Guiné-Bissau.

Parceiros da Guiné-Bissau satisfeitos com esforços para realizar recenseamento eleitoral

Bissau, 22 jan. (Lusa) - Os parceiros internacionais da Guiné-Bissau manifestam "apreço" pelos esforços que estão ser feitos pelas autoridades de transição para a realização do recenseamento, com vista à realização de eleições gerais a 16 de março, anunciaram em comunicado.

"Os parceiros internacionais exprimem o seu apreço pelos esforços encetados por relevantes autoridades de transição, apoiadas pelos parceiros, no sentido da consecução de listas credíveis do eleitorado", refere-se no documento distribuído na terça-feira à noite.

O comunicado conjunto é assinado por José Ramos-Horta, que lidera o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

A mensagem surge na sequência de encontros a 14 e 17 de janeiro, respetivamente nas instalações da UNIOGBIS e da Embaixada da França, em Bissau.

Os parceiros "esperam que os obstáculos enfrentados no decurso do processo sejam resolvidos e as percalços ultrapassados de modo expedito, para que o sufrágio se realize, como previsto, a 16 de março de 2014".

Países e organizações estrangeiras reafirmam ainda que "as relevantes decisões do Conselho de Segurança [da ONU], nomeadamente a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau, devem ser tidas em linha de conta e que todas as partes envolvidas também devem cooperar, com o objetivo de realizar as eleições" na data marcada.

A menos de dois meses do escrutínio, o país está à espera que o parlamento altere a lei eleitoral e assim evite novo adiamento da votação, explicaram à agência Lusa fontes ligadas ao processo.

Segundo a lei, os cadernos eleitorais devem estar prontos 60 dias antes da votação, mas, após várias dificuldades, o recenseamento foi prolongado e ainda decorre, pelo que a solução para salvar a data das eleições passa por um encurtamento de prazos legais.

As alterações à lei já terão sido concertadas entre os principais representantes políticos, militares e da sociedade civil da Guiné-Bissau, numa reunião realizada a 04 de janeiro, na capital, mas a ratificação cabe à Assembleia Nacional Popular (ANP).

A sessão que deve prolongar o recenseamento até final de janeiro e validar novos prazos no processo eleitoral ainda não tem data marcada.

LFO/MB // VM

Lusa

Carta aberta da comunidade guineense em França sobre o recenseamento eleitoral

Recenseamento na diáspora : A comunidade guineense em França apanhado de surpresa !

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A comunidade guineense em França teve conhecimento oficioso, e, num curto espaço de tempo, no inicio de Janeiro de 2014, que se encontrava em França um emissário enviado pelo Governo de transição, para diretamente com as associações guineenses locais, proceder aos trabalhos de recenseamento de cidadãos de Guiné-Bissau residentes em França.

E também de nosso conhecimento que afinal, o referido emissário já se encontrava trabalhando no território Francês de forma independente, com as associações acima mencionadas (CAGF) desde inicio de dezembro de 2013, trabalhando neste dossier, com desconhecimento das autoridades guineenses locais ( A Embaixada).

A falta de informação prévia sobre esta matéria, é, o nosso ver, preocupante, na medida em que poderá por em causa o próprio recenseamento, cujo processo é de grande responsabilidade para todos nos guineense.

Preocupante ainda é que a referida Comissão de recenseamento escolheu a seu belo prazer alguns cidadãos guineenses sem expressão na Comunidade para integrar a referida Comissão, desrespeitando as outras associações, comissões, colectivos ou grupos de guineenses, que ao longo dos anos, tem demonstrando o seu empenho e dedicação, para a causa do Estado da Guiné-Bissau.

A comunidade guineense em França não pode deixar de, publicamente repudiar e denunciar este ato inqualificável, para que todas as comunidades guineenses na diáspora fiquem alertas, sobre ações desde género que possam vir a prejudicar o processo eleitoral.

Estas eleições constituem, pois, uma oportunidade soberana de minimizar os danos causados ao pais, e, tentar corrigir o serviço negativo prestado a Nação

A comunidade guineense em França e suas associações prometem trabalhar estreitamente com a EMBAIXADA e a Comissão de recenseamento, de forma transparente, dando o seu melhor para que as eleições para o dia 16 de Março do corrente ano sejam um sucesso.

Paris, 22 de janeiro de 2014

A comunidade guineense em França

Carta endereçada aos Senhores :

- Ministro da Administração Territorial

- Presidente da Comissão Eleitoral-

- Representante da ONU na Guiné-Bissau,

Senhor Ramos HORTA